A atenção básica é classificada como a principal forma de acesso do usuário ao Sistema Único de Saúde, proporcionando ações coletivas e individuais, visando à promoção e proteção à saúde, bem como o diagnóstico precoce, adesão ao tratamento e reabilitação. Objetiva-se realizar uma revisão de literatura acerca da presença da população feminina no serviço de atenção básica, proveniente de queixas relacionadas à saúde mental. Trata-se de um levantamento bibliográfico, realizado no período de 2011 a 2018, nas bases de dados Lilacs, Scielo e Medline. Utilizou-se os descritores: assistência à saúde, transtornos mentais e saúde da mulher. Como critérios de inclusão adotou-se: artigos publicados no período de 2011 a 2018, que possua consistência metodológica e que abragem a temática, excluindo os que não atendessem aos critérios citados. Foram encontrados na pré-análise 146 artigos e, após a leitura dos títulos e resumos excluídos os que não atenderam a temática proposta, sendo selecionado 20 artigos e destes, somente 16 atenderam aos critérios de inclusão. Foi realizada uma análise temática de conteúdo, proposta por Bardin,sendo identificadas três categorias, violência moral, sexual e doméstica, Transtornos mentais mais prevalentes e Uso de álcool e outras drogas. A violência psicológica possui a maior prevalência, seguido pela violência física, possuindo como fatores determinantes o baixo nível de escolaridade, a situação conjugal, histórico materno de violência por parceiro íntimo e uso de drogas, e por fim, a violência sexual, tida como o terceiro tipo mais predominante, associada à renda familiar, predispondo o desenvolvimento dos transtornos mentais comuns, além do uso abusivo de psicofármacos, estresse, ansiedade e problemas conjugais. Neste sentido, entende-se que as mulheres em sofrimento mental possuem inúmeras razões que desencadeiam seu estado de saúde, estando à violência e o abuso no consumo de álcool e outras drogas, dentre os fatores mais relacionados à etiologia dos transtornos mentais.