Desde o ano de 1998, o dia 27 de novembro vem sendo comemorado no Brasil como o "Dia Nacional de Combate ao Câncer", momento em que campanhas de conscientização sobre a necessidade de prevenção desta doença são levadas à população. No último ano, 2006, chamou a atenção o fato de o tema escolhido ser a informação: "Câncer: a informação pode salvar vidas". Objeto de inúme-ros estudos científicos no Brasil e no mundo, o câncer de mama feminina foi o segundo tipo de câncer mais incidente sobre a população brasileira -49 mil novos casos em 2006. Objeto também de inúmeras ocorrências na mídia massiva, ainda percebemos, entretanto, a necessidade de relacionar o conhecimento sobre prevenção e diagnóstico precoce com a redução nas taxas de mortalidade e incidência da doença. Gratifica-nos imensamente, portanto, que este tema de saúde, o câncer em geral, e o câncer de mama em particular, venha sendo pensado também sob o viés da "informação".A pedra fundamental da Comunicação da Saúde é considerado o Stanford Heart Disease Prevention Program, dirigido pelo cardiologista Jack Farquahar e pelo professor de comunicação Nathan Maccoby, em 1971, programa que, baseando-se na aplicação da Teoria do Aprendizado Social, da Teoria do Marketing Social e da Teoria da Difusão de Inovações, utilizou mensagens de prevenção de doenças do coração na mídia massiva. Este programa não apenas mudou comportamentos de risco dos indivíduos, mas também criou normas na comunidade para promover a saúde do coração, normas que significaram uma revolução no estilo de vida daquela comunidade e levaram a números decrescentes nas taxas de mortalidade. Desde então, diversos outros programas bem sucedidos seguiram o mesmo modelo, sedimentando um campo em franco desenvolvimento -a Comunicação da Saúde.Ao se pensar na saúde, passou a se levar em conta aspectos mais globais, como alimentação, moradia, segurança, educação, nível sócio-econômico, ecossistema, justiça social, igualdade e paz. Na agenda contemporâ-nea dos temas de saúde, vêm fazendo parte a promoção e fomento da adoção e manutenção de estilos de vida saudáveis por parte da população. Sendo assim, a idéia presente hoje que sintetiza o conceito de saúde adotado pela Organização Mundial da Saúde, é de que a saúde é um estado de bem-estar positivo -associado à adoção de atitudes, potencialidades e qualidades e não à mera ausência de enfermidades, o que reforçou mais ainda a relevância dos programas comunicacionais, tendo a saú-de encontrado na comunicação um componente fundamental e indispensável dentro desta sua nova visão.Beltrán (2001)
Contribuir para o explorar de novas ideias e possibilidades, através de metodologias que possam inspirar, instigar a criatividade e estimular o pensamento inovador de estudantes do curso de Medicina, é um dos objetivos do programa “Little Hearts Changing Lives” (LHCL). Projetos de extensão com esta característica proporciona, ainda, potencial para o desenvolvimento de competências como empatia e comunicação, essenciais para a formação do médico humanista. A metodologia que compõe o programa LHCL oferece estratégias para que os discentes sejam envolvidos em atividades criativas de aprendizagem. Desta forma, relatamos a experiência extramuros de discentes do quarto período do curso de Medicina da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em que o conhecimento adquirido na disciplina de Fisiologia Cardiovascular fora aplicado à comunidade escolar com o intuito de incentivar a mudança de comportamento acerca de hábitos de vida saudáveis.
Sistemas de Representação que podem promover Empowerment em comportamentos de saúde Systems Representation Systems that can promote health Empowerment in behaviorArtigo recebido em 26/06/2012 Artigo aprovado em 20/09/2012 ResumoEste estudo investiga as tendências na comunicação primária e na comunicação secundária do câncer de mama. Para tanto, utilizou-se um esquema interpretativo, fornecido pela teoria do aprendizado social e pela Semiótica, considerando-se que a Comunicação empreendeu um esforço para legitimar um espaço de encontro com a Saúde, de modo a afirmar uma área de aplicação de teorias, princípios e técnicas comunicacionais com o objetivo preciso de difundir e compartilhar informação, conhecimentos e práticas que contribuam para melhorar os sistemas de saúde e o bem-estar das populações.Palavras-Chave: Semiótica; comportamento; informações. ResumenEste estudio investiga las tendencias en la comunicación primera y en la comunicación segunda del cáncer de seno. Nosotros utilizamos un esquema de interpretación que ha sido fornecido por el Teoría del Aprendizaje Social y Semiótica, considerando que la comunicación ha emprendido un esfuerzo para legitimar un espacio de citas con la salud, afirmando una parte de aplicación de teorías, principios y técnicas comunicacionales, con el objeto de difundir y compartir información, conocimientos y prácticas que contribuyan para perfeccionar los sistemas de salud y bienestar de las populaciones.
Resumo: A Comunicação da Saúde vem consolidando-se como uma especialidade da sub-área da Comunicação Científica e desenvolve-se a partir de idéias disseminadas por médicos europeus ainda no início do século XIX, as quais ganham embasamento epistemológico principalmente nas últimas três décadas, quando novos paradigmas surgidos na comunicação e na saúde passam a perceber a necessidade da união das duas áreas, considerando os pressupostos de novas definições conceituais que passaram a considerar principalmente a promoção e a prevenção da saúde. Neste estudo, nos valemos principalmente da análise de documentos, resgatados através de duas fontes principais: livros, jornais, newsletters e revistas especializados na área e Internet, caracterizando nossa pesquisa como bibliográfica e documental, segundo as técnicas e os instrumentos de observação, encarando este material bibliográfico e documental como um veículo de observações feitas por outros pesquisadores; e monográfica, quanto ao método, já que pretende analisar verticalmente, ou seja, em profundidade, a questão do surgimento e da consolidação da Comunicação da Saúde.Palavras-chave: Comunicação da saúde; Especialidade; Promoção; Prevenção.Abstract: Health communication comes consolidating itself as a specialty of the sub-area of scientific communication and develops ideas disseminated by European doctors even in the early 19th century, which earn epistemological know-how especially in the last three decades, when new paradigms emerged in communication and health began to realize the need for the union of the two areas, considering the assumptions of new conceptual definitions to consider mainly the promotion and health prevention. In this study, we mainly document analysis worth, rescued by two main sources: books, newspapers, newsletters and magazines specialized in area and Internet, featuring our bibliographic and documentary research, according to the techniques and observation instruments, viewing this documentary and bibliographic material as a vehicle of comments made by other researchers; and Mon., regarding the method, since analyzes vertically, that is, in depth, the question of the emergence and the consolidation of Health Communication.Keywords: Health communication; Specialty; Promotion; Prevention.
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