Resumo: No presente estudo, visamos lançar um olhar antropológico sobre o “ser mãe” do outro lado dos muros das prisões, o lado das visitantes, ou seja, das mulheres cujos filhos estão presos. As percepções e reflexões apresentadas são provenientes de uma pesquisa etnográfica sobre mães de jovens envolvidos com a “criminalidade”, realizada na cidade de Porto Velho-RO, entre os anos de 2014 e 2016. O estudo parte da problematização do estigma de “criminoso” atribuído ao filho e que passa a ser associado à identidade materna, evidenciando uma dupla pressão exercida sobre as ideias de cuidado de mãe: culpa e responsabilização tanto pelos atos, como pelo acompanhamento do filho encarcerado. Essa situação, comum com outras mães, favorece a formação de uma rede de cuidados, concomitante à experiência de se submeter aos procedimentos de segurança, marcada por questões de gênero, estigma e violência.
Este dossiê busca congregar pesquisas e reflexões em torno das diversidades sexuais e de gênero, com especial foco nos debates a respeito de outras possibilidades de desenvolvimento de investigações que problematizem o ponto de vista teórico-metodológico e ético constituído a partir da história colonial do Ocidente. Neste sentido, buscamos contribuições que dialogassem com os estudos feministas, LGBTs, com as leituras pós-coloniais, teoria queer e/ou tomem como ponto de discussão as epistemologias, metodologias e questões éticas que envolvam pesquisas com abordagem em diversidades sexuais e de gênero.
Para chegar até aqui, foi necessário "quebrar muitas estatísticas", como me disse, certa vez, um professor na graduação. Nessa trajetória de superação, tive uma constelação de pessoas iluminadas que me ajudaram e pelas quais tenho imensa gratidão.
Agradeço profundamente:Ao meu filho Antônio, que é minha fonte de amor e inspiração, e ao meu companheiro Renato, pelo companheirismo, dedicação e carinho Minha família: uma locomotiva de força; especialmente minha mãe Maria Lúcia, minha vó Feliz, meu pai Severino, meus irmãos Alaelson, Anderson e Alexandre, minhas irmãs Sônia e Silvana.A colaboração de cada uma das mães guerreiras que participaram da pesquisa, não tenho palavras para demonstrar minha gratidão pela recepção, trocas, cumplicidade e confiança.Minhas professoras e meus professores da graduação e do mestrado, principalmente Érica Renata de Souza, Karenina Andrade, Marcia Meireles de Assis, Ninno Amorim e Estevão Rafael Fernandes.Ao Alexandre Sobreiro pela escuta, trocas e por pelo ler e reler tantas vezes meus textos durante todo meu percurso acadêmico.
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