O artigo focaliza as representações sociais de profissionais da área da saúde sobre a introdução de práticas médicas complementares e alternativas na rede básica do município de Campinas (SP). A partir de uma perspectiva metodológica essencialmente qualitativa, o artigo analisa as condições, os problemas e os obstáculos na implementação dessas práticas nos serviços de saúde. O sucesso desta inclusão foi encontrado em quatro razões fundamentais: a disposição da clientela, que apoia e solicita este tipo de serviço; a visão de saúde dos médicos sanitaristas, que mostram uma abertura para este tipo de projeto; o amplo apoio proveniente de profissionais de saúde não médicos, que pretendem valorizar e ampliar a sua prática; e, finalmente, a própria perspectiva das medicinas alternativas e complementares, que se encontra em plena sintonia com a ênfase na saúde proposta pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Apesar do sucesso na implantação dessas práticas na rede básica, dois aspectos negativos foram detectados: o planejamento insuficiente e uma visão simplificadora que converte as racionalidades alternativas em meras técnicas que seguem os mesmos princípios mecanicistas da medicina alopática e o mesmo entendimento reificado de doença.
A segurança do paciente tem sido, atualmente, assunto recorrente na pauta de discussões internacionais, em virtude da grande necessidade de as instituições de saúde passarem a realizar processos mais seguros para uma redução significativa de danos evitáveis à saúde. Em relação ao uso de fitoterápicos, em várias partes do mundo, há um aumento significante em seu uso. Porém, a administração concomitante de medicamentos convencionais e fitoterápicos pode alterar os níveis de respostas a determinados receptores, aumentando as chances de Interação Medicamentosa. As Interações Medicamentosas entre medicamentos alopáticos e fitoterápicos podem causar alterações relevantes nas concentrações plasmáticas dos medicamentos e, consequentemente, mudanças em seus perfis de eficácia e/ou segurança. Este artigo apresenta interações medicamentosas potenciais, envolvendo plantas medicinais e fitoterápicos encontradas na literatura, visando a subsidiar a indicação segura dos mesmos pelos profissionais de saúde. Para que haja utilização coerente da fitoterapia como tratamento complementar, a mesma deve ser indicada por um profissional de saúde com especialização em fitoterapia, a fim de proporcionar uma assistência mais segura e com qualidade, visando a um cuidado integral ao paciente. Palavras-chave: Fitoterapia. Interação de medicamentos. Segurança do paciente.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
334 Leonard St
Brooklyn, NY 11211
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.