Objective: to verify the association between sociodemographic conditions and the involvement of pregnant women with drugs. Methods: a cross-sectional study was carried out with 268 pregnant women in a public maternity hospital, through an interview. For the bivariate analysis Fisher's Exact Test and odds ratio with 95% confidence interval were used. Results: statistically significant associations were observed between the use of psychoactive substances by pregnant women and schooling (p=0.017), race (p=0.020) and housing condition (p=0.014). Conclusion: it was evidenced that different factors contribute to the occurrence of vulnerability to health among pregnant women, mainly resulting from the integration of individual and social aspects. Descriptors: Drug Users; Pregnant Women; Social Vulnerability.Objetivo: verificar a associação entre as condições sociodemográficas e o envolvimento de gestantes com drogas. Métodos: estudo transversal realizado com 268 gestantes em uma maternidade pública, por meio de entrevista. Para a análise bivariada utilizou-se o Teste Exato de Fisher e odds ratio com intervalo de confiança de 95%. Resultados: foram observadas associações estatisticamente significantes entre o uso de substâncias psicoativas pelas gestantes e a escolaridade (p=0,017), raça (p=0,020) e condição de moradia (p=0,014). Conclusão: evidenciou-se que diferentes fatores contribuem para a ocorrência de vulnerabilidade à saúde entre gestantes, sobretudo resultante da integração de aspectos individuais e sociais.
Artigo IntroduçãoO Sistema Único de Saúde (SUS), oriundo das lutas democráticas e populares inseridas no projeto da Reforma Sanitária Brasileira, configura-se em uma rede de ações e serviços para promoção, proteção e recuperação da saúde, garantida através do acesso universal e equâni-me de suas ações. No entanto, a realidade atual interpõe ao SUS questões múltiplas referentes ao subfinanciamento da saúde, desarticulação dos espaços de gestão, clientelismo e fisiologismo, prejudicando a tessitura do modelo de atenção integral (PAIM, 2009).No âmbito da Saúde Mental, campo da reabilitação psicossocial dos usuários dos serviços substitutivos, nota-se que os discursos cotidianos dos profissionais de saúde costumam circular na incompreensão do SUS como seguridade, desvalorização profissional, rotatividade e terceirização no serviço público, inadequação do perfil e compromisso com o serviço público, desarticulação entre a Atenção Primária à Saúde e os serviços substitutivos, fragilização do controle social 1 e inaptidão das instâncias micropolíticas e macrossociais em reorientar a formação acadêmica e pós-graduada segundo as necessidades contemporâneas, conforme as mutações técnico-científicas de nossa época.Este trabalho convoca à saída dos nossos territórios discursivos, habitats de territórios semióticos, acrescentando outras possíveis vegetações: pode o saber filosófico contribuir para as discussões imanentes, possibilitando a produção de caminhos que proponham a resolução de questões em saúde? Quais são os efeitos resultantes da tranversalização de disciplinas habitualmente tidas como estrangeiras entre si? A construção desse diálogo pressupõe o abandono do modelo explicativo de causalidade linear, estabelecendo linhas de fuga dos paradigmas hegemônicos.Não se trata de articular filosofia com a saúde, contabilizando semelhanças e diferenças segundo uma perspectiva arborescente, mas estabelecer possibilidades de práxis em saúde a partir de pontos de tangenciamento e ruptura, ofertados pelos diferentes modos de semiotização, de forma a ressaltar a dimensão de construção conceitual. Nesse sentido, acreditamos que este trabalho esboça dispositivos capazes de multiplicar os olhares sobre a saúde. Para tanto, torna-se relevante suscitar a discussão das questões atuais concernentes ao atravessamento das disciplinas, fabricando horizontes conceituais a partir dos entrelaçamentos ético e estético de Gilles Deleuze, Félix Guattari e Michel Foucault. Implicações e imbricações da construção de conceitos em saúdeObserva-se que a atividade da filosofia não é refletir, uma vez não ser necessário ser filósofo para refletir sobre algum tema. Também não é comunicação, porque não objetiva criar consensos ou contemplação, restrição de quem vê objetos preexistentes. A atividade filosófica se faz com a criação dos conceitos. Portanto, o filósofo é aquele que detém o conceito em potência. Considerando-se 142/1990142/ (BRASIL, 1990b, que versa sobre a participação popular na gestão do SUS através dos conselhos e das conferências de s...
RESUMOAs mídias influenciam os sentidos entre profissionais e usuários, que podem coadunar com práticas assistenciais que reiteram o modelo manicomial. Por meio da análise de entrevistas realizadas com profissionais da Atenção Primária à Saúde, utilizando-se como material de apoio as notícias sobre o programa Crack, é Possível Vencer publicadas em jornais impressos, observou-se a emergência de uma formação discursiva Jurídico-Moral 'Humanizadora', sistema simbólico compartilhado pelos profissionais que rejeita em sua superfície a intervenção policial e carcerária para substituí-la pela violência sanitária, sustentando a internação compulsória diante da falência do convencimento. PALAVRAS-CHAVE
RESUMO O estudo objetivou investigar os enquadramentos noticiosos sobre o programa Crack, é Possível Vencer publicados nos principais veículos de comunicação da mídia impressa baiana entre dezembro de 2011 e dezembro de 2014. Buscou-se analisar as disputas entre os diferentes projetos na política de drogas no Brasil, entendendo que tais disputas de poder são atravessadas pela midiatização. Considerando-se que os enquadramentos da mídia são modos de interpretação socialmente compartilhados, a análise das notícias identificou os quadros Jurídico-Moral, Político-Econômico, Política de Saúde e Biomédico. Observou-se a predominância do quadro Jurídico-Moral, que define o crack como problema de justiça e segurança, expresso por meio da culpabilização dos usuários pelos males sociais. Embora minoritário, o quadro Política de Saúde desponta como importante contraponto, evidenciando tensões que conformam o campo. Espera-se, com a pesquisa, subsidiar investigações que se dediquem a analisar os modos de apropriação dos discursos da mídia sobre o crack pelos profissionais responsáveis pelo cuidado.
RESUMO Este artigo aborda os lugares que os agentes comunitários ocupam na produção de saúde mental, através de conceitos como sociedade de controle, sujeito da experiência e clínica peripatética. Propõe-se uma leitura de orientação cartográfica sobre a interface entre saúde mental e Agentes Comunitários de Saúde. Retomam-se os percursos da Reforma Psiquiátrica com o Programa de Agentes Comunitários de Saúde e a Estratégia Saúde da Família. Finaliza com a discussão sobre os lugares paradoxais ocupados entre o poder sanitário e o universo sociocultural do território nas práticas dos agentes, de modo a problematizar a observação de Lancetti, de que tais profissionais surfam no controle.
Através da inquirição filosófica, objetiva-se estabelecer contornos nítidos entre definições precedentes ao Behaviorismo Radical, através de incursões conceituais nesse campo do saber. Evidenciam-se os pressupostos filosóficos que alicerçam o campo conceitual da filosofia da ciência do comportamento.
Este trabalho identifica o conceito de fracasso escolar a partir de Latour, Deleuze, Guattari e Despret. O trabalho foi desenvolvido em um processo de leitura e diálogo intertextual dos autores propostos.
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