PC foram avaliadas em 22 itens da escala de auto-cuidado do teste funcional PEDI. A metodologia Rasch transformou os escores em incrementos de dificuldade intervalar de 0 a 100 (logit). O índice de correlação Spearman rank comparou a ordem dos logits nos dois grupos. Resultados: Onze itens apresentaram diferença significativa nos valores logit dos dois grupos. Destes, sete itens apresentaram dificuldade relativa superior no grupo de crianças com PC e quatro itens apresentaram dificuldade relativa maior no grupo de crianças normais. Foi observada ainda relação significativa na ordem dos 22 itens nas duas escalas intervalares.Conclusão: Resultados sugerem que o desenvolvimento de atividades funcionais de auto-cuidado pode ser influenciado pela presença de PC. Tais resultados podem subsidiar estratégias de avaliação e intervenção para crianças com distúrbios neuromotores. A paralisia cerebral, também denominada encefalopatia crônica não progressiva da infância, é consequência de uma lesão estática, ocorrida no perío-do pré, peri ou pós-natal que afeta o sistema nervoso central em fase de maturação estrutural e funcional. É uma disfunção predominantemente sensoriomotora, envolvendo distúrbios no tônus muscular, postura e movimentação voluntária 1 . Estes distúrbi-os se caracterizam pela falta de controle sobre os movimentos, por modificações adaptativas do comprimento muscular e em alguns casos, chegando a resultar em deformidades ósseas 2 . Esta doença ocorre no período em que a criança apresenta ritmo acelerado de desenvolvimento, podendo comprometer PALAVRAS
, Sérgio Teixeira da Fonseca 9RESUMO -Objetivo: Comparar o desenvolvimento da função motora de crianças nascidas pré-termo com crianças nascidas a termo, aos 8 e 12 meses de idade. Investigar a relação entre a qualidade motora aos 8 meses e a habilidade motora aos 12 meses. Método: Trinta e duas crianças participaram deste estudo: 16 nascidas pré-termo (grupo de risco) e 16 nascidas a termo (grupo controle). A movimentação espontânea das crianças foi avaliada aos 8 meses e as habilidades e independência em mobilidade foram avaliadas aos 12 meses de idade (idades corrigidas para grupo pré-termo), utilizando-se testes infantis padronizados (AIMS e PEDI, respectivamente). Os dados foram analisados através dos textes t de Student para grupos independentes (comparação entre grupos) e de correlação de Pearson (comparação intra grupo). Resultados: Não foi evidenciada diferença significativa na comparação de crianças nascidas a termo com as pré-termo nem aos 8 nem aos 12 meses de idade. No grupo controle, foi observada relação significativa (r=0,67; p=0,004) entre movimentação aos 8 meses e habilidade de mobilidade aos 12 meses. No grupo de risco, houve relação significativa entre habilidade e independência em mobilidade aos 12 meses de idade corrigida (r=0,80; p=0,0001). Conclusão: Na ausência de outros distúrbios e com correção da idade em pré-termos, o desenvolvimento motor pode ser semelhante ao de crianças nascidas a termo. A forma pela qual as crianças nascidas pré-termo adquirem suas habilidades funcionais parece ocorrer de modo diferente da observada em crianças a termo. PALAVRAS-CHAVE: prematuro, desenvolvimento infantil, atividade motora. Study of motor function at 8 and 12 months of age in preterm and at term children ABSTRACT -Objective:To compare the development of motor function in children born preterm with those born at term, at 8 and 12 months of age. To investigate the relation of motor function quality at the age of 8 months with motor ability at 12 months. Method: Thirty-two children participated in this study: 16 were born preterm (risk group) and 16 were born at term (control group). The spontaneous movements of the children were assessed at 8 months and their mobility skills and independence were assessed at 12 months (corrected ages for the preterm group), using standardized developmental tests (AIMS and PEDI, respectively). Data were analysed using independent t-tests (between-group comparison) and Pearson correlation coefficients (within-group comparison). Results: There was no significant difference in motor function, between those born preterm with those born at term, either at 8 or at 12 months of age. In the control group, there was significant association (r=0.67; p=0.004) between movement at 8 months and mobility skills at 12 months. In the risk group, there was significant relationship between skills and independence in mobility, at 12 months corrected age (r=0.80; p=0.0001). Conclusion: Preterm born children, without other disorders and with age correction, might show a similar motor de...
INTRODUÇÃO E OBJETIVOS: Estudos que relacionam parâmetros de performance muscular com risco de lesão e desempenho em diferentes esportes têm sido freqüentemente reportados na literatura. Entretanto, há carência de dados que caracterizem a performance muscular em atletas profissionais do futebol brasileiro. Portanto, o objetivo deste estudo foi realizar uma análise descritiva dos parâmetros relacionados à performance muscular dessa população. MÉTODOS: A amostra consistiu de 117 atletas pertencentes a clubes de elite do futebol mineiro. Para avaliação da performance muscular foi utilizado um dinamômetro isocinético e os testes consistiram de contrações concêntricas máximas das musculaturas avaliadas. No quadril, as musculaturas adutora e abdutora foram avaliadas nas velocidades 30º/s, 60º/s e 120º/s. No joelho, foram avaliados os músculos flexores e extensores a 60º/s, 180º/s e 300º/s. No tornozelo, os músculos dorsoflexores, flexores plantares, inversores e eversores foram avaliados nas velocidades 30º/s, 60º/s e 180º/s. Para análise dos dados foram utilizados estatística descritiva e testes t pareados para avaliar diferenças entre pernas. RESULTADOS: Os resultados deste estudo caracterizam o perfil de atletas profissionais do futebol relativo à capacidade de produção de torque, trabalho máximo e potência média. Além disso, foram observadas diferenças significativas entre pernas em algumas variáveis. CONCLUSÃO: Os dados normativos estabelecidos podem ser utilizados como valores de referência na prevenção, treinamento e reabilitação dos atletas, além de servirem de referência para futuros estudos que tenham como objetivo relacionar os parâmetros de performance muscular à incidência de lesões no futebol.
Nine children with spastic hemiplegic cerebral palsy underwent 24 sessions of wrist muscles strengthening in the extended wrist range aided by electrostimulation. Isometric strength of flexors and extensors was registered in three wrist positions (30 degrees of flexion, neutral, and 30 degrees of extension) to infer on angle-torque curves. Passive stiffness of wrist flexors and wrist flexion angle during manual tasks and hand function were also documented. Significant strength gains were observed at 30 degrees of wrist extension for flexors (p= 0.029) and extensors (p= 0.024). No gains were observed at 30 degrees of flexion. The difference in extensor strength between the three test positions changed after intervention (p< 0.034), suggesting a shift in the angle-torque curve. No changes were observed in passive stiffness (p= 0.506), wrist angle (p< 0.586), or hand function (p= 0.525). Strength training in specific joint ranges may alter angle-torque relationships. For functional gains to be observed, however, a more aggressive intervention and contextualized task training would probably be needed.
Background and Purpose. The atypical walking pattern in children with spastic cerebral palsy is assumed to involve kinematic and morphological adaptations that allow them to move. The purpose of this study was to explore how the requirements of the task and the energy-generating and energy-conserving capabilities of children with cerebral palsy relate to kinematic and mechanical energy patterns of walking. Subjects. Six children with hemiplegic cerebral palsy and a matched group of typically developing children participated in the study. Methods. Kinematic data were collected at 5 different walking speeds. Vertical stiffness, mechanical energy parameters, and landing angle were measured during the stance phase. Results. The affected side of the children with cerebral palsy showed greater vertical stiffness, a greater ratio of kinetic forward energy to potential energy, and a smaller landing angle when compared with those of the nonaffected lower extremity and with those of typically developing children. Discussion and Conclusion. Previous research has shown that children with cerebral palsy assumed a gait similar to an inverted pendulum on the nonaffected limb and a pogo stick on the affected limb. Our results indicate that asymmetries between lower extremities and differences from typically developing children in the landing angle of the lower extremity, vertical lower-extremity stiffness, and kinetic and potential energy profiles support the claim that walking patterns in children with spastic hemiplegic cerebral palsy emerge as a function of the resources available to them.
© Revista Brasileira de FisioterapiaAnalysis of the profile, areas of action and abilities of Brazilian Sports Physical Therapists working with soccer and volleyball Análise do perfil, funções e habilidades do fisioterapeuta com atuação na área esportiva nas modalidades de futebol e voleibol no Brasil Abstract Objective: To analyze the profile of Brazilian physical therapists working with soccer and volleyball professional teams, by verifying their level of education (graduate or undergraduate), as well as their role and insertion within the interdisciplinary team. Methods:Structured questionnaires were administered to forty-nine physical therapists working at soccer, volleyball clubs and Brazilian national teams. These questionnaires provided data on social demographic, characteristics of the work environment and organization of clinical practice and its domains. Results: From the 49 participants in this study only five were female. Mean age of all participants was 32.2 years. The majority of the sports physical therapists had specialization degrees in different areas (78.2%), were hired through referral (78.2%), worked more than 8 hours a day or were exclusively dedicated to their clubs (80.0%) and earned seven to ten Brazilian minimal wages (58.2%). They reported to have participation in the domains of emergency care (87.3%), prevention (92.7%), functional rehabilitation (98.2%) and return to competition (100%). They had interdisciplinary relationships with physical educators during functional rehabilitation programs (70.9%) and with physicians in the decision process of return to activity after rehabilitation (74.5%) and on the veto of an athlete to take part in practices or matches (63.6%). Therapists also complained of threats to their professional autonomy, specially directed by the team's physician. Conclusion: There is still a need to invest in continuing education of sports physical therapists with the objective to improve their educational level and to strengthen their professional autonomy. ResumoObjetivo: Investigar o perfil do fisioterapeuta com atuação na área esportiva nas modalidades de futebol e voleibol no Brasil no que tange à sua formação, atuação e grau de autonomia dentro da equipe interdisciplinar. Métodos: Foram analisados questionários estruturados para levantamento de dados sociodemográficos, dados relativos ao ambiente de trabalho e à prática clínica e os seus domínios, referentes a 49 fisioterapeutas de clubes e seleções de futebol e voleibol. Resultados: Do total de entrevistados, apenas cinco fisioterapeutas eram do sexo feminino, e a idade média do grupo era de 32,2 anos. A maioria dos fisioterapeutas brasileiros que atuam no esporte possuem especialização em diversas áreas (78,2%), foram contratados por indicação (78,2%), trabalham mais de 8 horas/dia ou em regime de dedicação exclusiva (80,0%) e recebem de sete a dez ou mais salários mínimos (58,2%). Além disso, observou-se uma grande participação do fisioterapeuta nos domínios do atendimento emergencial (87,3%), prevenção (92,7%...
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