Da formação inicial de pedagogos à atuação na docência do ensino fundamental: os cenários que emergem da percepção de egressas de uma IES privadaFrom the initial training of pedagogues to the teaching of elementary school: the scenarios that emerge from the perception ofgressions of a private HEI
A gestão, em sua forma mais ampla, envolve um contexto dialético marcado pelos fins burocráticos e por sua natureza político-pedagógica. É possível reconhecer na gestão diferentes concepções de administração, que se relacionam com aspectos como poder e participação dos sujeitos. Neste sentido, o trabalho objetiva analisar as concepções de gestão presentes nos documentos oficiais do Sistema Estadual de Educação do Estado da Bahia. A metodologia foi a pesquisa documental, de abordagem qualitativa, a partir dos fundamentos teórico-metodológicos de Cellard (2008); Chizzotti (1998); e Gomes (2015). Os documentos normativos analisados foram as leis que regulamentam o Conselho Estadual de Educação, o Colegiado Escolar, o Estatuto de Magistério Público da Bahia e o Plano Estadual de Educação, correspondentes ao período de 1990 a 2015. E a análise se fundamentou em teóricos como Sander (1995; 2007) e Azevedo (2011; 2018), articulando as discussões a respeito das concepções de gestão educacional e sua relação com as políticas educacionais. Os resultados alcançados apontam para os limites da efetivação de uma gestão participativa e situa a necessidade da constante luta e articulação da comunidade escolar e dos profissionais de educação por uma educação democrática, bem como assinala a importância da definição teórica nas produções científicas e acadêmicas para disseminação do saber sistematizado sobre este tema.
RESUMO: No século XXI incorpora-se ao discurso da gestão escolar a necessidade de regulamentação da função do gestor. A pesquisa documental aqui realizada contou com a análise de documentos oficiais do município de Feira de Santana, Bahia, entre os anos de 1990 e 2015, usando o Ciclo de Políticas como abordagem de análise. Os resultados evidenciaram que o modelo de gestão predominante emerge das inter-relações entre escola, poder local, contexto nacional e produção de documentos oficiais. A eleição de diretores, como forma de provimento da função gestora, revelou indícios para a compreensão do modelo de gestão democrática em Feira de Santana, influenciado pela participação dos movimentos docentes e da população local.
A origem dos CME no Brasil tem relação direta com acontecimentos políticos e sociais de caráter mundial, nacional e local, o que exige considerar as relações existentes entre contexto nacional e local. O presente artigo problematizou a criação do Conselho Municipal de Educação, apresentando as relações existentes entre os contextos nacional e local. Para tanto, objetivou 1) contextualizar o surgimento do CME no contexto brasileiro, 2)analisar a criação do Conselho Municipal de Educação de Feira de Santana até o ano de 1996, apresentando as relações políticas estabelecidas no contexto nacional e local. A discussão teórica amparou-se em Ball e Mainardes ( 2011) Castro (2016). Saviani (1988, 2008, 2010), Souza ( 2006, 2013). A opção teórico-metodológica de pesquisa teve inspiração na abordagem do ciclo de políticas.Como estratégias metodológicas foram feitas a análise de documentos oficiais do município de Feira de Santana, a saber Leis Municipais n. 037/90, n.1 477/1991 e n.1 547/1992, Mensagem n. 011/96 do Executivo feirense encaminhada à Câmara de Vereadores, Atas da Câmara de Vereadores do ano de 1989; e a entrevista com um vereador de mandato no ano 1991. Os resultados revelam que o processo de criação do CME em Feira de Santana se iniciou com mobilização popular, encabeçada pelo movimento de professores da educação básica, enfatizando a necessidade de sistematização de espaços coletivos e democráticos na educação municipal, no final dos anos de 1980. Os textos oficiais elaborados no início da criação e organização do CME de Feira de Santana, Lei Municipais n. 037/90 n. 1.477/91 e 1.547/92 revelam tensões, debates, escuta do contraditório e culminam com a construção hibrida que ora revela a tendência de participação e democracia ora a tendência de centralizadora no âmbito da Educação. A descontinuidade administrativa, ocasionada pela forma de gerir e a priorização de outras ações dos novos gestores públicos, além da falta de mobilização docente para a continuidade dos debates acerca do CME e mudança de gestores em Feira de Santana foram aspectos que influenciaram a não continuidade das ações voltadas para a criação e implementação do CME em Feira de Santana até os anos de 1996.
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