Itágores Hoffman I Lopes S. Coutinho 3 INTRODUÇÃOA apresentação clínica de pacientes com carcinoma hepatocelular depende principalmente da extensão da doença. Particular interesse tem sido aplicado à possibilidade de identificar a doença assintomática em pacientes de alto risco, em especial aqueles portadores de cirrose ou hepatite crônica por vírus B, devido às vantagens da intervenção precoce antes do aparecimento de metástase 1 .O pulmão é o local mais comum de metástase do carcinoma hepatocelular. O envolvimento ósseo por metásta-se pode ocorrer em dois a 16% dos pacientes. O diagnósti-co precoce da doença primária pode oferecer a única real possibilidade para se estabelecer o tratamento efetivo e aumentar a sobrevida a longo prazo 1 . Tem sido incomum o primeiro sinal clínico do paciente ser devido à metástase óssea. 2 Apresentamos o caso de um paciente com carcinoma hepatocelular cuja manifestação clínica inicial foi relacionada com a metástase óssea. RELATO DO CASOPaciente do sexo masculino, 39 anos, foi atendido na Disciplina de Clínica Cirúrgica III (UFMA) apresentando dor no hipocôndrio direito há duas semanas, associada a perda de peso e aumento de volume abdominal. Neste perío-do apresentou alguns episódios de febre (38ºC). Os antecedentes pessoais revelou uma história de dor lombar há três meses, diagnosticada como hérnia de disco e em tratamento com antiinflamatório não hormonal. O paciente apresentava história de etilismo social.Ao exame físico, encontrava-se com sinais vitais normais, deambulação prejudicada, emagrecido e hipocorado (++/4). O abdome estava flácido e o fígado palpável a 10cm do rebordo costal direito. A coluna lombar estava dolorosa à palpação.Realizou exames laboratoriais que demonstraram: hematócrito 32%; hemoglobina 9g/dl; bilirrubina total 3,2mg/dl (direta 2,3mg/dl); fosfatase alcalina 450 U/l; AST 1.275 U/l; ALT 1.351 U/l. A tomografia computadorizada do abdome evidenciou fígado aumentado de volume com múl-tiplas massas heterogêneas, com componentes císticos e sólidos de dimensões variadas distribuídas difusamente no parênquima hepático com focos de calcificação em algumas lesões (Figura 1) e lesões osteolíticas com componentes de partes moles em L5 (Figura 2).Na internação, o paciente evoluiu com dor abdominal e sinais de choque hipovolêmico. Foi submetido a tratamento cirúrgico de urgência e se observaram hemoperitônio e rotura de lesão em lobo esquerdo do fígado. A hemostasia foi realizada por rafia da lesão e o material enviado para estudo anatomopatológico. À exploração da cavidade abdominal, não foram observadas outras alterações.
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