A prosa de guerra de Paul de Molènes traz os presságios dos campos de batalha como os da Revolução de 1848 e da guerra da Crimeia, mas, ao empunhar a espada ele não se despede da pena. A sublimidade da sua devoção religiosa aliada à força regular da disciplina militar formaram neste grande escritor um novo ideal forjado entre a pluma e a espada. Este trabalho examina os procedimentos formais da sua prosa destacando os aspectos da espiritualidade e da ficcionalização da coqueteria militar em alguns dos seus romances. Para Molènes, a escrita tal como a guerra se deve à vontade divina, não havendo distinção entre o ideal humano e o ideal divino. Toda a sua imaginação estava sob o feitiço das paixões pungentes, do espírito de liberdade e do sentimento religioso. Ele soube proclamar o heroísmo da era das revoluções como nenhum outro escritor soube fazê-lo, produzindo uma obra pessoal única na literatura.
Analisaremos a aula do dia 27 de abril de 1977 de R. Barthes, em que o autor, tomando a literatura sadiana, faz uma reflexão sobre a sujeira, sobretudo, como nós nos relacionamos com ela no viver junto. Nossa hipótese é que o sentido da sujeira tomado pelo autor constitui uma importante matéria sociopolítica, a ser trabalhada num modo de vida, para além das normalizações e classificações psicopatológicas das parafilias. Nosso método de trabalho será a análise sistemática do respectivo texto, fazendo-o trabalhar, indo nas suas entrelinhas, e, então, retomaremos pressupostos psicanalíticos e filosóficos que nos permitam fundamentar nossa hipótese. Nossos resultados prevêem que a proposição barthesiana sobre a relação entre sujeira, Xenitéia e Parresía é notoriamente focada em rupturas e subversões que se operam em relação a padrões de comportamentos sexuais, linguagens e estilos literários. Afiançamos também que o pensamento foucaultiano continua o projeto barthesiano em favor do uso das sexualidades dissidentes para a criação de novas formas de existência além do discurso normativo da sexualidade.
A heteronormatividade compulsória é um marcador social que produz exclusões e estigmatizações de sujeitos que fogem à norma heterossexual. Nesse cenário, a interpretação de certos dogmas da religião protestante emerge como discurso capaz de produzir sofrimento psíquico nesses sujeitos. Assim justifica-se debruçarmos sobre a presente tônica. Este trabalho pretende abordar discursos religiosos de comunidades protestantes em relação ao comportamento homossexual a partir da perspectiva de análise de conteúdo de Bardin. Para tanto recorremos a dois relatos jornalísticos veiculados na mídia brasileira, um de 2016 e outro de 2020. Nossos resultados preveem que o discurso religioso protestante é amiúde utilizado para corroborar a acusação, a condenação e o martírio da comunidade LGBTQIA+.
Por meio da análise de trechos de alguns contos e do exame da psicobiografia de Poe, aquela realizada pela psicanalista francesa Marie Bonaparte, constatar-se-á que os mecanismos que presidem a transformação dos pensamentos do poeta americano em imagens são semelhantes aos mecanismos de formação dos sonhos. Assim, a criação literária de Poe revela sob o modo fictício a satisfação dos seus desejos infantis, arcaicos e inconscientes. Essa trajetória abre caminho para se pensar tanto no caráter imagético dos seus textos ficcionais como também circunscreve a sua psicobiografia como um estudo que abre caminho para se pensar o estatuto do inconsciente no transvasamento do conteúdo de um pensamento em imagens visuais no trabalho de elaboração literária.
Por meio da análise de alguns contos e com base na psicobiografia de Poe, aquela realizada pela psicanalista francesa Marie Bonaparte, constatamos que os mecanismos que presidem à elaboração da obra literária do artista são semelhantes aos mecanismos do sonho. Assim, a criação literária de Poe revela sob o modo fictício a satisfação dos seus desejos infantis, arcaicos e inconscientes. Essa trajetória abre caminho para se pensar tanto no reconhecimento da presença da obra de Edgar Poe no painel das literaturas estrangeiras no Brasil, como também circunscrever a sua psicobiografia como um estudo que demonstra que as obras literárias dos homens revelam sua psicologia mais íntima e a sua própria maneira se insere dentre as mais importantes pesquisas já realizadas sobre o poeta americano. Palavras-chave: Criação; Edgar Poe; Literatura; Tradução.
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