ResumoEsta pesquisa descreve a validação transcultural e as qualidades psicométricas da versão revisada do Teste de Orientação da Vida (TOV-R). Esta escala avalia o construto de otimismo, em termos de expectativas em relação a eventos futuros. O TOV-R foi submetido a uma "backtranslation", estudo piloto e análise das propriedades psicométricas. Participaram desta pesquisa 396 estudantes universitários, que responderam ao TPV e ao Inventário de Depressão de Beck. Após 30 dias, uma sub-amostra aleatória de 48 sujeitos foi submetida a um reteste da escala. Os resultados mostraram uma correlação positiva significativa teste-reteste (r = 0,61) e uma consistência interna adequada (α = 0,68). O grau de otimismo foi preditivo de menor presença de sintomas depressivos (r = -0,42). Uma análise fatorial exploratória indicou a presença de um único fator composto por seis itens, que explicaram 39,78% da variância. Os resultados indicaram boas qualidades psicométricas de fidedignidade e validade para a versão brasileira do TOV-R. Abstract Transcultural validation of the Life Orientation Test (LOT-R). The transcultural validation of the Revised LifeOrientation Test (LOT-R) was implemented and the psychometric properties of this test were examined in the Brazilian context. This test evaluates the construct of dispositional optimism, in terms of outcome expectancies concerning future life events. The LOT-R was first submitted to a back translation and to a pilot study in order to make its transcultural adaptation. Then, a sample of 396 university students answered this test and the Beck Depression Inventory (BDI). A retest was implemented 30 days later in a randomly selected sub-sample of 48 students. Results showed a significant test-retest correlation (r = 0,61) and good internal consistency (α = 0,68). Degree of optimism was predictive of fewer degree of depressive symptoms (r = -0,42). Exploratory factorial analysis identified one factor explaining 39,78 % of variance. The results demonstrated good psychometric properties for the Brazilian version of the LOT.
Almir Del Prette AE RESUMO. As habilidades sociais são consideradas situacionais, mas há poucos estudos no Brasil relacionando-as a variáveis sociodemográficas, especialmente com crianças. Investigou-se a importância e freqüência das habilidades sociais em relação a variáveis sociodemográficas, com 257 estudantes, de 1ª a 4 ª série do ensino fundamental. Para avaliar habilidades sociais, utilizou-se o Sistema de Avaliação de Habilidades Sociais (SSRS) e, para o nível socioeconômico, o Critério Brasil. Participaram, como informantes, 185 pais e 12 professoras. Os resultados mostraram um efeito significativo do sexo, idade e indicadores socioeconômicos. Os melhores escores foram das meninas nas auto-avaliações e avaliação das professoras. A idade se correlacionou negativamente com auto-avaliação das habilidades sociais. Quanto maior a escolaridade dos pais e seu nível socioeconômico, maior o escore das habilidades sociais; quanto menor a importância atribuída pelos pais às habilidades sociais, menores os escores das crianças. O nível de habilidades sociais das crianças variou, portanto, em função de características sociodemográficas e sociais.
Investigou-se as características sócio-demográficas da ocorrência de comportamentos problemáticos e suas relações com as habilidades sociais e dificuldades acadêmicas, em uma amostra de 257 estudantes de 1ª a 4ª séries do ensino fundamental de uma cidade de médio porte de Minas Gerais, utilizando-se a escala Social Skills Rating System (SSRS). Participaram ainda da pesquisa 185 pais e 12 professores destes estudantes. Os resultados mostraram que 6,65% dos estudantes apresentavam muitos comportamentos problemáticos e 9,37% apresentavam poucos, na classificação dos professores. A ocorrência de comportamentos problemáticos foi mais elevada em crianças do sexo masculino, de nível sócio-econômico mais baixo e com desempenho acadêmico mais deficitário. A freqüência de comportamentos problemáticos foi menor em crianças que apresentaram um nível mais adequado e elaborado de habilidades sociais. Os resultados levantados na presente pesquisa confirmam dados da literatura da área e indicam a necessidade de se desenvolver intervenções junto a esta população-alvo.
Esta pesquisa avaliou características da competência acadêmica em sua relação com o repertório de habilidades sociais e com variáveis sociodemográficas de uma amostra de 257 crianças de 1ª a 4ª séries do Ensino Fundamental. Foi aplicada a escala SSRS (Social Skills Rating System) a 185 crianças, seus pais e 12 professores. O questionário Critério Brasil foi usado para avaliação sócio-econômica. Os resultados mostraram que 7,9% dos estudantes apresentavam muita dificuldade de aprendizagem. As meninas obtiveram escores mais elevados do que os meninos em competência acadêmica. As crianças de escola particular apresentaram melhores índices do que as de escolas públicas. Uma melhor competência foi observada em crianças de nível socioeconômico mais elevado. Quanto maior era o nível das habilidades sociais das crianças, melhor era a competência acadêmica e menor o número de reprovações. Estes resultados confirmam os dados da literatura e sugerem a necessidade de intervenções visando promover as habilidades sociais em contexto escolar. Palavras-chave: competência acadêmica; habilidades sociais; crianças; ensino fundamental; variáveis sociodemográficas.
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