Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Linguística da UFRJ (Bolsista CNPq). Mestre em Linguística (Bolsista CNPq) pela UFRJ com dissertação sobre o processamento e representação sintática da voz média no PB. É Bacharel em Letras (Português-Francês) também pela UFRJ. Atualmente, pesquisa o processamento de relações lógico-inferenciais na leitura como tema de tese de doutorado. É membro integrante do Laboratório de Psicolinguística Experimental (LAPEX Áreas de interesse: processamento de linguagem; linguagem audiovisual; relação entre organização do trabalho e cultura. Seu
Decisão lexical e rastreamento ocular na leitura de vocábulos com prefixos, raízes e sufixos com letras transpostasLexical decision and eye tracking in the reading of words with prefixes, roots, and suffixes with transposed letters A l i n e S a g u i e M a r c u s M a i a S a b r i n a S a n t o sUniversidade Federal do Rio de Janeiro -UFRJ -Rio de Janeiro -Rio de Janeiro -BrasilResumo: O presente trabalho pretende contribuir para avançar o debate entre os modelos holísticos e decomposicionais de processamento morfológico, investigando o impacto da transposição de letras no processamento de vocábulos. O foco da pesquisa foi o de avaliar se há diferenças no processamento, dependendo da posição da transposição das letras, entres os morfemas que compõem os vocábulos, i.e., no prefixo, na raiz ou no sufixo. Com esse objetivo realizou-se experimento clássico de decisão lexical e experimento de decisão lexical monitorado por rastreador ocular. Os resultados do primeiro experimento teriam indicado apenas efeito de recência do sufixo na decisão lexical, enquanto que os resultados on-line do experimento de rastreamento ocular permitiram diferenciar os tempos de fixação nas regiões de prefixos, raízes e sufixos (Raiz > Sufixo > Prefixo), aduzindo evidências em favor de decomposição morfológica prévia ao acesso lexical. Palavras-chave:Processamento morfológico; decisão lexical; rastreamento ocular. Abstract:The present work intends to contribute to advance the debate between the holistic and decompositional models of morphological processing, investigating the impact of the transposition of letters in the processing of words. The focus of the research was to evaluate if there are differences in processing, depending on the position of the transposed letters, among the morphemes that make up the words, i.e. in the prefix, in the root or in the suffix. For this purpose, a classic lexical decision experiment and a lexical decision experiment monitored by an eye-tracker were performed. The results of the first experiment would indicate only a suffix recency effect in the lexical decision, whereas the online results of the eye-tracking experiment allowed to differentiate the average fixation times in the regions of prefixes, roots and suffixes (Root> Suffix> Prefix), adding evidence in favor of morphological decomposition prior to lexical access.
Este trabalho apresenta um relato de experiência resultante da realização de uma oficina teórico-prática de transposição de linguagem baseada no trabalho como princípio educativo e na formação politécnica dos atores envolvidos nas atividades. A oficina realizada em ambiente remoto foi aplicada em duas ações e a dois grupos distintos ao longo do primeiro semestre de 2020. As atividades da oficina foram centradas na produção de narrativas em formato de storyboards cujo objetivo era o aprendizado de aspectos gramaticais de língua portuguesa por meio da leitura crítica de uma obra literária. A noção de trabalho se refere basicamente ao desenvolvimento de uma produção intelectual que considere questões do universo contemporâneo. Ao buscar uma formação politécnica, em que o princípio educativo reside no trabalho, delineia-se a necessidade de apropriação da fundamentação teórica e dos meios tecnológicos na realização das atividades concernentes à oficina (Saviani, 2003, 2007; Maia, 2020). Assim, a aplicação da oficina proporcionou a formação teórico-prática relativamente aos fundamentos das ferramentas tecnológicas utilizadas para a comunicação remota e aos aspectos linguísticos e literários abordados.
Este trabalho investigou o processamento de sentenças com relações de inferência de causa interoracionais, comparando dois grupos de diferentes níveis de formação escolar, a saber, Ensino Fundamental (EF) e Ensino Superior (ES). Por meio de técnica de rastreamento ocular, contrastaram-se dados experimentais da leitura de sentenças com relações de causa direta (e.g. A aluna recebeu os parabéns porque/já que ela obteve sucesso no exame do ENEM), e de causa indireta (e.g. A aluna escreve textos bons porque/já que ela obteve sucesso no exame do ENEM.) avaliando também a influência dos conectivos (já que e porque) utilizados para articular as orações. As perguntas de pesquisa foram: se e de que modo a experiência em leitura influencia no processamento de sentenças que estabelecem coerência de causa por mecanismos inferenciais distintos. As hipóteses levantadas foram as de que: i) as relações de causa indireta apresentam maior custo de processamento do que as relações de causa direta, pois requerem geração de inferências a partir do conhecimento de mundo do leitor; ii) as propriedades gramaticais dos conectivos levam a maior, ou menor, facilitação do processamento da sentença; iii) há correlação entre baixa habilidade em leitura e dificuldades de parseamento. Esse trabalho buscou construir um diálogo entre a Psicolinguística e a Educação Básica, fornecendo dados experimentais que possam vir a contribuir para o desenvolvimento de materiais e de práticas pedagógicas de ensino-aprendizagem da leitura.
Resumo: Este trabalho apresenta dois experimentos que avaliam o processamento de verbos atuantes na alternância de valência, i.e., que podem ser representados tanto de forma transitiva quanto intransitiva. Foram comparadas orações com verbos causativos (e.g., cortar) e incoativos (e.g., abrir) em ambiente sintático intransitivo. A previsão foi a de os verbos causativos seriam mais difíceis de serem processados se representados com sujeito afetado, devido à composicionalidade morfológica exigir um constituinte compatível com traço de agentividade. O estudo se insere no quadro da teoria da Morfologia Distribuída (HALE e MARANTZ, 1993;MARANTZ, 1997), propondo que certos verbos podem atuar em duas valências porque seus morfemas categorizadores assumem diferentes valores (CAUSE e BECOME- HARLEY, 1995HARLEY, , 2006MARANTZ, 1997; MAIA et al. 2015). A estrutura voz média (e.g., Essa pia limpa fácil) também foi testada com verbos causativos se revelando a mais difícil de ser processada ao ser comparada com orações com verbos incoativos (e.g., A porteira abriu fácil) e causativos com sujeito agentivo (e.g., A tesoura corta fácil). Os resultados mostraram que verbos causativos e incoativos não geram dificuldade de processamento em contexto intransitivo desde que o argumento em posição de sujeito esteja de acordo com as propriedades exigidas pela morfologia do verbo. Palavras-chave: Causativos. Incoativos. Voz média. Estrutura argumental. Processamento. IntroduçãoA alternância de valência se refere à possibilidade que certos verbos têm de atuarem tanto na forma transitiva quanto em estrutura intransitiva. Esse fenômeno pode ser observado nas sentenças de (1) -(2):
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