Relações lógico-inferenciais no uso dos conectivos porque e já que: um estudo comparativo entre Ensino Fundamental e Ensino Superior

Abstract

Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Linguística da UFRJ (Bolsista CNPq). Mestre em Linguística (Bolsista CNPq) pela UFRJ com dissertação sobre o processamento e representação sintática da voz média no PB. É Bacharel em Letras (Português-Francês) também pela UFRJ. Atualmente, pesquisa o processamento de relações lógico-inferenciais na leitura como tema de tese de doutorado. É membro integrante do Laboratório de Psicolinguística Experimental (LAPEX Áreas de interesse: processamento de linguagem; linguagem audiovisual; relação entre organização do trabalho e cultura. Seu

Processamento De Inferências De Causa Na Leitura De Sentenças

“…As sentenças exemplificadas em (1) e (2) exibem relações de causa que se instanciam por meio das chamadas inferências necessárias, consideradas indispensáveis para a compreensão por estabelecerem a coerência entre significados (SINGER, BROOKE, 2012). Porém, há uma distinção entre a inferência derivada em (1) para a derivada em (2).…”

“…Enquanto em (1), a relação de causa é estabelecida a partir dos significados expressos explicitamente pelos constituintes das orações ([receber os parabéns] [obter sucesso no exame]), em (2), estabelecer a coerência de causa depende da geração de inferências a partir de informações implícitas, relacionadas ao conhecimento de mundo do leitor e/ou à situação pragmática de enunciação. Em (2), há a necessidade de acessar o conhecimento de mundo para que a coerência de causa se efetue, caracterizando também uma inferência de ligaçãobridging inference (cf., SINGER, BROOKE, 2012). Segundo Singer e Brooke (2012), no caso de relações de causalidade, a coerência requer uma inferência de ligação em que o primeiro evento tenha causado o segundo.…”