RESUMOOs frutos do açaizeiro (Euterpe precatoria Mart.) procedentes de diferentes ecossistemas amazônicos foram processados para a obtenção de suco. O produto foi avaliado quanto à composição centesimal (umidade, cinzas, lipídeos, proteína, glicídios e fibra alimentar), minerais, ácidos graxos e antocianinas. Os frutos foram comparados quanto ao peso, constatando-se uma variação significativa de 1,1 a 2,0 g entre eles. Com relação ao suco, verificou-se baixa concentração de proteína e alto teor de energia devido, principalmente, à presença de lipídeos cuja concentração variou de 4,24 a 9,74%. Dentre os minerais, o potássio foi o mais abundante com teores na faixa de 73,78 a 376,69 mg 100 g-¹ (do suco), seguido do cálcio (15,99 a 57,85 mg 100g -¹). O ferro foi encontrado em concentrações minoritárias, na ordem de 0,43 a 1,2 mg 100g -¹. Com relação aos ingredientes funcionais, o suco de açaí apresentou concentrações importantes de fibra alimentar (2,37 a 7,8%), e antocianinas, variando de 128,4 mg 100 g-¹ , nos frutos de coloração verde, procedentes de Parintins, até 868,9 mg 100 g-¹ nas amostras de Manaquiri (base seca). Na fração lipídica, destacou-se ainda a presença do ácido graxo oleico (18:1), com porcentagem média de 68,2% no total de ácidos graxos, seguido do ácido palmítico (16:0) com 17,5%. Tais resultados reforçam o potencial do açaí como fonte de energia, lipídeos, fibra alimentar, antocianinas, ácido graxo monoinsaturado e minerais. O presente estudo irá contribuir para a ampliação da tabela de composição química de alimentos e, consequentemente, auxiliar nos programas de melhoramento genético, mercado e inclusão social. PALAVRAS-CHAVE: açaí (Euterpe precatoria Mart.), composição centesimal, minerais, ácidos graxos, antocianinas. Physicochemical characterization of acai juice of Euterpe precatoria Mart. from different amazonian ecosystems ABSTRACTThe fruit of açaí (Euterpe precatoria Mart.) from different Amazon ecosystems were processed to obtain the juice. The juice obtained from each ecosystem was evaluated for proximate composition (moisture, ash, lipids, protein, carbohydrates and dietary fiber), minerals, fatty acids and anthocyanins. The fruits prior to processing were compared in terms of weight, having noticed a significant variation from 1.1 to 2.0 g. Concerning to the juice, there was a low concentration of protein and high in energy, mainly due to the presence of lipids with a range from 4.24 to 9.74%. Among the minerals, potassium was the most abundant ranging from 73.78 to 376.69 mg 100 g-¹ (per of juice), followed by calcium (from 15.99 to 57.85 mg 100g -¹.). Iron presented minority concentrations from 0.43 to 1.2 mg 100g -¹. With regard to functional ingredients, the acai juice showed significant concentrations of dietary fiber (2.37 to 7.8%), anthocyanins, ranging from 128.4 mg 100 g-¹ in fruits of green color coming from Parintins to 868.9 mg 100 g-¹ in samples of Manaquiri (dry basis). The lipid fraction showed high quantities of oleic fatty acid (18:1), with average percentage of 6...
The percent composition, soluble and insoluble food fibers, oil fatty acids and minerals were determined in the mesocarp of fruits of three peach palm (Bactris gasipaes Kunth) populations grown in Central Amazonia, Brazil. Amino acids were also determined in one of the populations. The mean protein levels ranged from 1.8 to 2.7%, lipid levels ranged from 3.5 to 11.1%, the nitrogen free fraction ranged from 24.3 to 35%, food fiber ranged from 5.2% to 8.7%, and energy ranged from 179.1 to 207.4 kcal%. All essential, as well as non-essential, amino acids were present, with tryptophan and methionine presenting the lowest mean concentrations. The mono-unsaturated oleic acid predominated in the oil, ranging from 42.8 to 60.8%, and palmitic acid was the most abundant saturated fatty acid, ranging from 24.1 to 42.3%. Among the essential fatty acids, linoleic acid was the most abundant, with a maximum of 5.4% in Pampa-8. The most important mineral elements were potassium, selenium and chromium, respectively corresponding to 12%, 9% and 9% of daily recommended allowances. Considering the nutritional potential of the fruit, we suggest its more frequent incorporation into the diet of the Amazonian population.
Estudou-se a composição química de amêndoas do fruto da sapucaia (Lecythis pisonis Camb), provenientes da Estação Experimental de Santa Rita do Passa Quatro (SP), do Instituto Florestal de São Paulo. As análises químicas foram realizadas segundo as "Normas Analíticas do Instituto Adolfo Lutz (1985). Os resultados obtidos mostraram altos teores lipídicos (63,5 g/100g), protéicos (19,9 g/l00g), vitamina C (17,1 mg/100g) e valor calórico de 684 Kcal/100g. A fração oleosa apresentou um perfil de ácido graxos e índice de iodo (113,5), equivalente ao do óleo de milho comestível, destacando-se o ácido linoléico (48,6 % p/p) considerado como ácido graxo essencial e participante nos processos de inibição de germinação de sementes. O perfil de ácidos graxos do óleo das amêndoas de sapucaia, os teores de lipídios e de proteína foram semelhantes aos das amêndoas de castanhas-do-Pará (Bertholletia excelsa), espécie da mesma família da sapucaia, cultivada na Amazônia. Para a determinação dos nutrientes, as amostras foram tratadas por via úmida (H2SO4 e H2O2), através da radiação de microondas por sistema aberto de digestão e quantificadas por Espectrometria de Emissão Atômica com Plasma de Argônio Induzido (ICP-AES). A espécie revelou teores elevados para Na (49,8 mg/g); K (46,4 mg/g); B (64,5 mg/g); Mn (91,0 ųg/g); Fe (14,2 ųg/g) e Al (4,91 ųg/g). Entretanto, o nível de Pb encontrado (0,96 ųg/g), está acima do limite máximo permitido pela legislação brasileira (0,5 ųg/g), evidenciando uma possível toxicidade da amostra e contaminação antrópica do local amostrado.
Os óleos vegetais encapsulados podem ser extraídos a frio e ter como origem fontes não convencionais, reconhecidos por preservarem compostos bioativos característicos e, alguns deles, serem fontes de ácidos graxos essenciais. No entanto, são produtos geralmente onerosos e por este motivo, passíveis de adulteração com óleos de menor qualidade. O objetivo deste trabalho foi avaliar a identidade e a contaminação por hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPAs) de óleos encapsulados. Foram avaliadas catorze amostras, de diferentes tipos e marcas, comercializadas na cidade de São Paulo. Os ensaios realizados incluíram perfil de ácidos graxos e HPAs [benzo(a)antraceno, criseno, benzo(b)fluoranteno e benzo(a)pireno]. Duas amostras (14%) foram consideradas insatisfatórias quanto aos perfis de ácidos graxos, incluindo óleos de coco e borragem. Quanto aos HPAs, as concentrações para o benzo(a)pireno variaram de <LQ a 0,51 µg/kg e, para a soma dos 4 HPAs, de <LQ a 5,83 µg/kg. A avaliação e monitoramento destes óleos encapsulados deve ser constante, considerando o frequente consumo pela população e a possibilidade dos mesmos estarem adulterados.
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