RESUMO -Frutos deCampomanesia phaea (Myrtaceae) são muito procurados pela população rural para preparo de sucos, sorvetes e bebidas alcoólicas. Para avaliar as características físicas, o potencial nutricional e o seu aproveitamento na indústria de alimentos, frutos nos seus diversos estádios de amadurecimento foram coletados em abril de 2003 no Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo Caraguatatuba-SP. Os dados do diâmetro longitudinal (DL) e transversal (DT) e a relação entre eles mostram que os frutos têm forma levemente achatada (DL/DT < 1); a polpa mostrou-se suculenta, com sabor acre e odor cítrico, com alto teor de umidade (88,80%) e pH igual a 2,91. Foram detectados elevados teores de fibras alimentares (4,00%), quando comparado a outras espécies popularmente conhecidas, da mesma família botânica. Foram obtidos valores baixos de proteína (0,44%), carboidratos totais (5,00%), lipídios (1,53%) e valores razoáveis de ácido ascórbico (33,37 mg 100 g -1 ). Entre os elementos inorgânicos determinados (13) ). Embora a composição química dos frutos mostrou ser semelhante à de outras espécies da família Myrtacease, o consumo in natura deste fruto é prejudicado pelo baixo teor de carboidratos e elevada acidez. Palavras-chave: Myrtaceae; cambuci; frutos; características físicas; composição química; polpa. PHYSICAL AND CHEMICAL CHARACTERISTICS OF CAMBUCIZEIRO'S FRUITS (Campomanesia phaea)ABSTRACT -Fruits of Campomanesia phaea (Myrtaceae) are used by rural population to make juice, ice cream and in alcoholic drinks to accentuate the flavor. To evaluate the physical characteristics, the nutritional potential and the use in food industry, fruits samples in several ripe steps were collected in April 2003 in Serra do Mar State Park, Núcleo Caraguatatuba, SP. The data of longitudinal (DL) and traverse (DT) diameter and the relationship among them showed that the fruits present oval and flattened shape (DL/DT <1); the pulp was succulent, with pungent flavor and citric scent, with high level of humidity (88, 80%) and pH 2, 91, high levels of alimentary fibers were detected (4, 00%), when compared to other species of the same botanical family. Low contents of protein (0, 44%), total carbohydrates (5, 00%), lipids (1, 53%) and reasonable level of ascorbic acid (33,37 mg 100 g -1 ) were presented. Among the inorganic elements (13) the nutrients sodium (171, 50 mg kg ) can be pointed out. Although the chemical composition is similar to others species from the Myrtaceae family the in natura intake of this fruit is difficult due to the low level of carbohydrates and high acid content.
RESUMOFrutos de C. adamantium (Myrtaceae), coletados em diferentes estádios de amadurecimento na Floresta Estadual de Assis -São Paulo -, foram avaliados quanto à composição nutricional, perfil de óleo volátil e presença de elementos inorgânicos. O fruto apresentou alto teor de água (75,9%), baixo pH (4,3) e elevada acidez (1,2 g em ácido cítrico). Além disso, destacou-se como excelente fonte de vitamina C (234 mg 100 g -1 ). No óleo volátil, foi possível identificar 40 componentes que corresponderam a 93,3% dos compostos presentes. Como componentes majoritários do óleo, destacaram-se o α-pineno (10,6%), limoneno (10,1%) e o β-(z)-ocimeno (9,2%). Entre os minerais (16), os principais constituintes foram o K (1304 mg kg -1 ), Ca, P e Mg na concentração compreendida entre 165 e 175 mg kg -1 e, como micro elementos, o Fe (11,3 mg kg -1 ) e o Al (15,9 mg kg -1 ). O valor energético do fruto (66,3 kcal 100 g -1 ) deveu-se quase que exclusivamente aos carboidratos totais (11,6%). Palavras-chave: Myrtaceae, gabiroba, composição centesimal, valor calórico, óleo essencial.collected in different stages of maturation at Assis State Forest, São Paulo, were evaluated for nutritional composition, volatile oil profile and presence of inorganic elements. The fruit showed a high level of moisture (75.9%), low pH (4.3) and high acidity (1.2 g in citric acid). It is a significant source of vitamin C (234 mg 100 g -1 ). In the volatile oil, 40 compounds were identified corresponding to 93.3% of the oil contents. The major components were α-pinene (10.6%), limonene (10.1%) and the β-(z)-ocimene (9.2%). Among the inorganic elements the nutrients exceed: K (1304 mg kg -1 ), Ca, P, and Mg from 165 to 175 mg kg -1 concentration and the microelements Fe (11.3 mg kg -1 ) and Al (15.9 mg kg -1 ). The caloric value (66.3 kcal 100 g -1 ) was due almost exclusively to the total carbohydrates (11.6%). Keywords: Myrtaceae, gabiroba, centensimal composition, caloric value, essential oil. -INTRODUÇÃOOs frutos de C. adamantium, popularmente conhecidos como "gabiroba" ou "gabiroba-do-mato", apresentam formato redondo, de coloração que varia do verde escuro ao verde claro e amarelo, e exalam aroma cítrico, agradável ao olfato. Essa espécie pertence à família Myrtaceae, composta por mais de 100 gêneros e 3.600 espécies. A planta se desenvolve de forma arbustiva, atingindo até 2 m de altura, muito ramificada e com ramos delgados. Suas folhas são simples, opostas, ovais ou elípticas, membranáceas ou cartáceas, com base aguda à obtusa, apresentando ápice agudo com cerca de 4 cm de comprimento e 2 cm de largura [14].A planta floresce nos meses de setembro a novembro, com flores brancas, solitárias, axilares ou terminais. Os frutos amadurecem de novembro a dezembro, sendo comestíveis e consumidos por várias espécies de pássaros e mamíferos [8,25].Citações da literatura indicam a ocorrência da espécie em campos de cerrado, no Centro -Oeste e no Sudeste do Brasil e, em alguns casos, chegando a ultrapassar os limites do País para alcançar as terras do Urugua...
Estudou-se a composição química de amêndoas do fruto da sapucaia (Lecythis pisonis Camb), provenientes da Estação Experimental de Santa Rita do Passa Quatro (SP), do Instituto Florestal de São Paulo. As análises químicas foram realizadas segundo as "Normas Analíticas do Instituto Adolfo Lutz (1985). Os resultados obtidos mostraram altos teores lipídicos (63,5 g/100g), protéicos (19,9 g/l00g), vitamina C (17,1 mg/100g) e valor calórico de 684 Kcal/100g. A fração oleosa apresentou um perfil de ácido graxos e índice de iodo (113,5), equivalente ao do óleo de milho comestível, destacando-se o ácido linoléico (48,6 % p/p) considerado como ácido graxo essencial e participante nos processos de inibição de germinação de sementes. O perfil de ácidos graxos do óleo das amêndoas de sapucaia, os teores de lipídios e de proteína foram semelhantes aos das amêndoas de castanhas-do-Pará (Bertholletia excelsa), espécie da mesma família da sapucaia, cultivada na Amazônia. Para a determinação dos nutrientes, as amostras foram tratadas por via úmida (H2SO4 e H2O2), através da radiação de microondas por sistema aberto de digestão e quantificadas por Espectrometria de Emissão Atômica com Plasma de Argônio Induzido (ICP-AES). A espécie revelou teores elevados para Na (49,8 mg/g); K (46,4 mg/g); B (64,5 mg/g); Mn (91,0 ųg/g); Fe (14,2 ųg/g) e Al (4,91 ųg/g). Entretanto, o nível de Pb encontrado (0,96 ųg/g), está acima do limite máximo permitido pela legislação brasileira (0,5 ųg/g), evidenciando uma possível toxicidade da amostra e contaminação antrópica do local amostrado.
Sementes de Archontophoenix alexandrae extraídas de frutos coletados no Parque Estadual da Cantareira, São Paulo, foram analisadas quanto à composição química, ao perfil de ácidos graxos do óleo e aos teores de minerais, visando avaliar o seu potencial alimentício. Detectaram-se alto teor de fibras alimentares (38,80% p/p) e umidade (47,72% p/p). Na fração oleosa, apesar do baixo conteúdo de óleo encontrado (2,74% p/p), predominaram os ácidos palmítico (19,80% p/p), entre os saturados, e oléico (42% p/p) e linoléico (13% p/p), quanto aos insaturados. A presença, no óleo, de alfa-tocoferol (vitamina E) equivalente a 4,0 mg 100 g-1 e de delta-tocoferol (1,8 mg 100 g-1) confere ao óleo certa estabilidade oxidativa. Embora contendo minerais como K, P, S, Ca, Fe, Zn, Se e Cu, lipídios e fibras alimentares, a presença do elemento Pb (2,74 mg kg-1) inviabiliza o consumo dessas sementes como alimento da avifauna e sinaliza contaminação antrópica no local de coleta.
Corn o objetivo de caracterizar físico-quirnicarnente e avaliar possível contaminação por elernentos inorgânicos em solos sob influência da duplicação da rodovia Ferilão Dias, Parque Estadual da Cantareira, SP, amostras coletadas ern 11 pontos diferentes nos horizontes A (0-20 cm) e B (20-40 cm), foram submetidas à digestão ácida (HNO, cone.) assistida por radiação de microondas em sistema fechado. As concentrações parciais cios metais analisados (18) foram determinadas por espectrometria de emissão ótica com fonte ele plasma de argônio indutivo (ICP-OES). Observou-se grande variabilidade nos teores cios elementos, sendo que as maiores concentrações foram encontradas para Ca, Mg, AI, Fe, Zn e Ba. O solo, com altos teores de argila (64%) e ele areia (22%), "apresentou íons ele cu e Ni2-, acima dos limites estabelecidos pela Companhia de Tecnologia ele Saneamento Ambiental - CETESB, implicando ern uma possível fitotoxiciclacle. Um cios solos mostrou-se menos ácido (pH = 5,7) e com maior teor de siltc (21%), cm comparação com os demais, inlluenciando na retenção dos elementos K. Mg, AI, Ca, Ti, Fe, Zn e Ba.
Frutos de Platymiscium floribundum Vog. - Fabaceae (sacambu) foram colhidos no Parque Estadual Alberto Löfgren, na cidade de São Paulo, em agosto e novembro de 2004, correspondendo a diferentes condições climáticas e de amadurecimento. As sementes foram analisadas com o objetivo de se avaliar os teores de lipídios, ácidos graxos e tocoferóis, em duas épocas de colheita. Os lipídios foram extraídos com éter etílico por soxhlet. A identificação e quantificação dos ácidos graxos e tocoferóis foram feitas por cromatografia a gás (CG), com detetor de ionização de chama e cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE), com detetor de fluorescência, respectivamente. Obteve-se maior teor de lipídios (23,6 g 100 g -1 ) no estádio de maturação fisiológica das sementes. Não se observou diferenças relevantes no perfil de ácidos graxos nas duas épocas de colheita; no entanto, os teores de alfa e gama tocoferóis, expressos mg 100 g -1 , apresentaram mudanças consideráveis com o amadurecimento das sementes, havendo um aumento na concentração de 27,7 para 42,8 alfa (α) tocoferóis e de 68,9 para 88,1 gama (γ) tocoferóis, o mesmo não ocorrendo com beta (β) e delta (δ) tocoferóis, que permaneceram praticamente inalterados com o amadurecimento das sementes.
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