A audição é a capacidade de perceber os sons, as vibrações periódicas de ar. A ausência da audição, no entanto, não impede a formação do desenvolvimento cognitivo do sujeito surdo, que se dá através de interações sociais, ou por imitação dos sinais de um adulto. O objetivo deste artigo é realizar uma pesquisa bibliográfica narrativa sobre as bases biológicas da surdez, mostrando as dificuldades dos surdos quanto ao acesso a saúde e a educação. Realizamos uma busca nas bases de dados científicas com as palavras chaves desta pesquisa com as palavras-chave: surdez, equidade, acessibilidade, língua brasileira de sinais e educação. Os dados analisados sugerem que a saúde precisa ser informatizada no processo de triagem auditiva neonatal, para que sejam distribuídas as ações e verbas futuras para a melhoria da qualidade de vida desta população. Estes dados só terão sentido se após a conclusão da triagem, sejam iniciados os processos de reabilitação auditiva e o desenvolvimento da língua de sinais. Todos os serviços de saúde e educação devem permitir o acesso à informação sobre a qualidade da saúde do paciente ou aluno surdo promovendo/possibilitando o desenvolvimento de atividades de vida diária em função da língua escolhida como meio de comunicação, seja, de sinais, orais ou português escrito.
As vivências junto aos alunos no setor de Educação Infantil no Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES), com crianças de 2 a 5 anos, tornaram perceptíveis o quanto a música, embora não ouvida, estava presente nos alunos como em qualquer pessoa ouvinte. Surgiu assim o interesse de trabalhar a dança e a música, em especial, as cantigas de roda com os alunos surdos. O objetivo desta pesquisa foi o de produzir material didático audiovisual que auxilie o professor no processo de ensino das cantigas de roda para alunos surdos. Para isso, foram produzidos 5 vídeos de 5 cantigas de roda, todas foram traduzidas para Libras e, foram adaptadas histórias ilustradas para explicar, dentro de um contexto, o significado das músicas, ensinando novos sinais. Os vídeos foram aplicados nas crianças de 4 a 5 anos do INES. Como resultado, observou-se que os alunos conseguiram expressar o conteúdo apresentado através da teatralização e do uso de sinais, bem como conseguiram transformar as brincadeiras, criando novas regras e demonstrando criatividade e imaginação. Os vídeos foram disponibilizados, de forma gratuita e de livre acesso, em um canal do Youtube intitulado FolcloLibras.
O pensamento computacional engloba habilidades necessárias para se trabalhar a resolução de problemas e, no campo educacional, abrange discussões sobre como seria possível aprimorarmos práticas pedagógicas relacionadas à inclusão de pessoas com deficiência e altas habilidades ou superdotação. Esta é uma pesquisa com relatos de experiências do grupo de pesquisa “Tecnologias Computacionais no ensino e aprendizagem na ótica da Diversidade, Inclusão e Inovação”, reunidos no período da pandemia. Foi realizado o levantamento dos artigos existentes nas bases de dados Web of Science e Google Acadêmico para discussão de propostas relacionadas a novas formas de pensar em metodologias de ensino, envolvendo o pensamento computacional e a inclusão. Como resultado propomos novos rumos de análise que favoreçam práticas pedagógicas inclusivas, e apontamos para a reformulação dos pilares do pensamento computacional, a partir de necessidades específicas de ensino, sugerindo um passo a passo de trabalho para todos aqueles interessados em fomentar uma educação efetivamente mais inclusiva. Concluímos, então, que o pensamento computacional inclusivo é aplicável na educação formal ou informal e, é necessário para o desenvolvimento holístico dos sujeitos, diante das demandas do século XXI.
Este é um estudo de caso atravessado por uma cartografia aqui apresentada como campo de forças e relações que nos faz refletir. Portanto, trata-se muito mais de agenciamentos sociais e científicos que transformaram modos de pensar do que propriamente de proposições a respeito de métodos adequados de como ensinar o Português para os surdos. Arriscaríamos dizer que este foi um trabalho auto formativo, que foi se desdobrando ao longo do tempo, mostrando-nos que precisamos dar continuidade ao processo de cartografar e “desemaranhar” as múltiplas linhas que enredam a teia histórica que separa surdos de ouvintes. Concluímos que as pessoas surdas também necessitam de metodologias diferenciadas que devem ser usadas por professores nas aulas, respeitando a sua singularidade linguística. Nem todos os surdos partem do mesmo ponto no ato de aprender e não dispõem dos mesmos recursos para isso. A análise desses registros nos permitiu observar a criação do ato de pensar. Sendo assim, este trabalho teve, também, a intenção de produzir cartografias possíveis desses processos através de registros manifestos do ato de pensar e, a partir disso, a construção das reflexões sobre o aprender que transcende o que se faz materialmente na sala de aula.
O objetivo desta pesquisa é desenvolver um processo de Infobetização para profissionais da educação voltados para o uso de Tecnologias Assistivas, por meio de um curso de formação continuada em serviço para professores e profissionais da educação que trabalham com pessoas com deficiência. Trata-se de uma pesquisa intervencionista, com abordagem qualitativo-quantitativa, do tipo pesquisa-ação. Para realizar a pesquisa-ação, foi criado o projeto político do curso de formação em serviço em Tecnologia Assistiva com ênfase em Educação Especial numa Perspectiva Inclusiva. Todos os objetos de aprendizagem estão vinculados à unidade, que chamamos de caixa surpresa. Entende-se que a aplicação das Tecnologias Assistivas por profissionais da educação em sala de aula nas propostas pedagógicas, potencializou os processos de ensino e aprendizagem do público-alvo de alunos da Educação Especial. Conclui-se que o curso atendeu às expectativas e gerou impactos relevantes para a comunidade acadêmica, com a construção do ambiente virtual de aprendizagem inclusivo.
Resumo: As informações chegam maciçamente na sociedade por meio de textos que podem ser falados, escritos, imagéticos e musicais, dentre tantas outras possibilidades. No entanto, preocupa-nos o acesso que os indivíduos com impedimentos auditivos têm às informações em uma sociedade em que a língua majoritária é a língua portuguesa oral e os registros acontecem, prioritariamente, por meio dessa língua oral na modalidade escrita. Refletindo sobre o potencial da escola como ambiente possível de estímulo à aquisição de língua e inserção em práticas sociais, destacamos o letramento visual e o pensamento computacional como importantes ferramentas na escolarização de discentes com impedimento auditivo. Este artigo tem como objetivo considerar o processo de desenvolvimento linguístico e escolar de discentes com impedimentos auditivos, destacando a proposta bilíngue como fator importante desse processo, aliado ao uso de estratégias e materiais didáticos acessíveis. A metodologia utilizada foi a pesquisa exploratória de cunho bibliográfico narrativo, a partir da qual buscamos estudos nas bases científicas e registros acadêmicos sobre o tema. Como resultado, identificamos que as pessoas com impedimento auditivo têm um potencial visual que deve ser estimulado na aprendizagem dos conteúdos. Quanto aos materiais bilíngues para o ensino da pessoa com impedimento auditivo, é imprescindível considerar o uso de imagens em contextos significativos. Por meio desta investigação concluímos que o tempo da imagem é o tempo da palavra, pois exige do professor bilíngue a maneira apropriada de criar diferentes materiais para os discentes, fomentando e apresentando conceitos de maneira que sejam internalizados e externalizados de forma eficaz e com autonomia. Palavras-chave: Educação inclusiva. Acessibilidade. Letramento visual.
Este trabalho tem como objetivo analisar os recursos disponibilizados pelo Museu do Amanhã para acessibilidade de pessoas com deficiência visual: o piso podotátil e o audioguia. O estudo consiste em uma pesquisa de campo realizada no Museu do Amanhã e de levantamento bibliográfico sobre o tema e conteúdos relacionados. Para análise da acessibilidade no local e dos instrumentos oferecidos, foram considerados os seguintes itens: o nível de informação dado pelo audioguia e pelo piso podotátil para que a pessoa com deficiência visual possa se localizar e se locomover por todo o espaço com segurança; a audiodescrição das exposições; a utilização do piso para locais corretos e a presença de obstáculos durante o percurso. Os resultados indicam que o Museu do Amanhã ainda necessita realizar alterações no audioguia e no piso podotátil, para que a pessoa com deficiência visual tenha acesso a todas as exposições, assim como os demais visitantes do Museu.
As parasitoses intestinais estão entre os principais problemas de saúde pública nos países em desenvolvimento, sendo sua ocorrência relacionada à falta de saneamento básico e educação sanitária. Na escola, a dificuldade da abordagem desses temas aliada à falta de recursos didáticos apropriados, têm proporcionado problemas na compreensão e assimilação dos conteúdos associados. O objetivo desse trabalho foi criar e aplicar um jogo sobre Ancilostomíase, a fim de construir noções de educação sanitária e higiene pessoal, contribuindo assim para o ensino-aprendizagem em Parasitologia de alunos surdos e deficientes auditivos. Foi elaborado um jogo de tabuleiro baseado no personagem criado por Monteiro Lobato, o Jeca Tatu, doente com ancilostomíase ou amarelão. O jogo foi aplicado no Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES) na cidade do Rio de Janeiro. Os resultados dessa pesquisa indicaram que esta atividade lúdica pode ser utilizada como uma estratégia facilitadora na construção do conhecimento e na conscientização de hábitos de higiene pessoal de alunos surdos e/ou deficientes auditivos, contribuindo para o processo ensino-aprendizagem em educação e saúde.
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