RESUMO: Nesse artigo apresentamos a experiência da construção, na escola, de um espaço para o afeto. Em tal espaço, através da atividade artística, torna-se possível trabalhar perdas, cultivar segredos, sonhos e desejos. Espaço-lugar que permite a construção de um olhar sensível para as histórias de cada um e para a memó-ria coletiva. A dinâmica envolvida na proposta expressa uma dimensão do ensino de arte na atualidade, como espaço de atuação entre a objetividade e a subjetividade no trabalho com os alunos. Nesta sintonia, durante as aulas de arte que configuraram a experiência aqui analisada, alinhávamos histórias dos participantes com os fios da experiência estética, cruzando referências das culturas africana e indígena com a tradição das bordadeiras, que tecem a sua história de vida com fios e panos. Na composição de todos esses elementos, criamos na escola um lugar de acolhimento das individualidades, das subjetividades de cada um de nós, verdadeiros tesouros segredados. SECRETS OF THE HEART: SCHOOL AS A SPACE FOR THE SENSITIVE LOOKABSTRACT: This paper describes an experiment to build a space for affect within school. Through artistic activities, such space permits to deal with losses and share secrets, dreams, and desires. This locus thus allows the construction of a sensible look on each one's story and on collective memories. The dynamics within our proposal expresses a dimension of the current view on art education as an acting space combining objective and subjective aspects of our work with students. This interplay in the art classes focused here allowed to weave participants' stories into the threads of the aesthetic experience, interlacing references of African and Native cultures with the tradition of local embroiderers, who weave their stories with threads and cloths. The composition of all these elements created a shelter for individualities, for each one's subjectivity, for our hidden treasures, in our school.
O artigo apresenta e analisa o trabalho biogr áfico desenvolvido com um grupo de jovens que começava sua jornada no curso de Mestrado em Pedagogia do Teatro da Universidade de Rostock (norte da Alemanha). Inspirado na proposta de “ateliê biográfico de projeto”, o trabalho procurou amplificar possibilidades nos modos de falar de si, utilizando-se de diferentes linguagens e materialidades expressivas. Pressupondo a dimensão estética, poética, dos processos de produção de narrativas autobiográficas, o convite à imaginação criadora mobilizou, no campo da sensibilidade, a compreensão e a escrita de si.
Apresentamos neste texto a reflexão sobre aspectos à formação continuada de professores generalistas daEducação Infantil para o ensino de Arte na Rede Pública de Belo Horizonte. Para tanto, teceremos algumasconsiderações sobre a oferta do curso de aperfeiçoamento Educação Infantil, Infâncias e Arte, em 2013 e2014, para professores de 11 secretarias municipais da capital e Região Metropolitana. A possibilidade daoferta surgiu a partir da parceria do Ministério da Educação e Cultura (MEC), do Fundo Nacional deDesenvolvimento da Educação (FNDE) e da Universidade Federal de Minas Gerais. O primeiro aspecto dizrespeito ao objetivo do curso de desafiar, provocar, instigar o pensamento estético, a sensibilidade, a buscade novos significados e a construção de novas relações, estruturado a partir do conceito “saberes daexperiência” (Larrosa, 2002). Buscamos uma ênfase na experiência estética, deixando claro aosprofessores que participariam de um curso que o princípio fundador do aprender/ensinar Arte passava pelocampo da experiência de criação as quatro linguagens: Plástico Visual, Dança, Música, Teatro. Era precisocontribuir para a formação estética docente pensando a experiência como um lugar de aberturas.Experiências que permitissem aos professores olharem para a Arte possibilitando ver as coisas existentesde modos diferentes, possibilitando a construção de diferenças interpretativas para dar ao mundosignificados. Um corpo entendido como território do sensível, aquele que nos permite ser, ocupar espaços,fazer parte do mundo, construir sentidos, aprender, comunicar, dialogar e interagir numa totalidadeintegrada, sintetizada no que chamamos de corporeidade. Optamos neste artigo trazer experiências vividaspor professoras, no contexto da disciplina Plástica Visual do Curso de Formação de professores. Dentro daproposta geral do curso, o tópico Linguagem Plástica Visual teve como objetivo de possibilitar asprofessoras de investir os seus processos de criação a partir da Arte Contemporânea. Para dar forma esentido a essa experiência, adotamos como caminho metodológico o “ateliê biográfico de projeto,” inspiradoem Christine Delory- Momberger (2006). A experimentação com diversos materiais expressivos abriuespaço para as narrativas de histórias de vida e formação estética que se configuraram comoatravessamentos numa dimensão estética e formativa.Palavras chaves: Arte; Docência; Corporeidade; Narrativas estéticas autobiográficas.
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