Este artigo objetiva compreender, a partir do princípio da gestão colaborativa, o processo de desenvolvimento e de gestão do trabalho das equipes que atuam no planejamento e produção de cursos a distância. A proposta de investigação se fundamenta nos princípios conceituais do materialismo histórico dialético, que busca as causas mediatas e imediatas do fenômeno investigado, com o intuito de compreender as representações historicamente intrínsecas, conciliada com a matriz dialógica de Bakhtin, buscando a mediação entre o individual e o social. Neste estudo traremos as concepções da equipe de criação e desenvolvimento de materiais sobre a vivência do trabalho colaborativo. A equipe é constituída por profissionais da área de Design Educacional, de Hipermídia e de Vídeo. A relação de mediação da tomada de decisão coletiva e individual foi pontuada como a essência desta gestão, a partir da fala dos sujeitos entrevistados. Os resultados revelam que a tomada de decisão no âmbito individual e no coletivo pode ser potencializada a partir do trabalho em rede, compartilhado. Não é um trabalho fácil, pois há negações e aproximações de concepções, conflitos e convergências, expectativas e avanços. É neste processo que vivenciamos, experimentamos e vivificamos o coletivo que concebemos e acreditamos.
O artigo analisa um sistema de gestão pedagógica desenvolvido em uma instituição pública de ensino superior durante a implantação dos primeiros cursos de licenciatura a distância. Os pressupostos teóricos embasam-se no referencial da gestão dos sistemas educacionais. O sistema foi construído a partir da perspectiva de trabalho colaborativo e se ancora na tríade formação, produção de materiais e pesquisa e avaliação. A metodologia de pesquisa é a qualitativa e o método é o da auto-observação. Na análise, ficou evidenciado que as principais dificuldades para a implantação de cursos a distância são: a história da EaD, a cultura do presencial, o modelo pouco flexível de organização institucional, as políticas públicas e a burocracia. Na organização das equipes, há a percepção de que a gestão pedagógica reproduz em parte o modelo vivenciado no presencial no que se refere à parceria entre os centros formadores de professores. Evidenciou-se que a construção coletiva do trabalho demanda tempo e abertura por parte das equipes. É possível concluir que o trabalho integrado de formação, de produção de materiais e de pesquisa e avaliação contribue para uma atuação mais orgânica na educação a distância, quebrando os paradigmas fordistas encontrados nas experiências com esta modalidade de ensino.
Neste artigo apresenta-se uma análise das estratégias utilizadas em uma disciplina de pós-graduação, realizada na modalidade a distância, com uso de ambientes virtuais de aprendizagem. São apresentados e analisados os resultados de uma das estratégias utilizadas na disciplina: os seminários virtuais, realizados por convidados e pelos alunos como mediadores do processo. Conclui-se que no trabalho com ambientes virtuais, em distintos níveis e modalidades de ensino, tais ambientes devem ser integrados aos processos de ensino e de aprendizagem, tanto como recursos pedagógicos, quanto como objetos de estudo e reflexão com vistas a identificar suas contribuições a esses processos e a estimular nos professores e nos seus alunos o usoativo, interativo, inteligente e crítico desta tecnologia.
O Projeto de Lei “Escola Sem Partido” vem ganhando força e se multiplicando no Brasil com o discurso de combate à “doutrinação ideológica” que julga acontecer nas escolas e defende a neutralidade no ensino em defesa das famílias e dos educandos. Neste cenário o trabalho docente é o principal foco de crítica e seu trabalho pedagógico curricular o mais atingido pelas restrições propostas. Este artigo buscou discorrer sobre como o Movimento “Escola sem partido” se torna uma estratégia de controle do trabalho docente, afetando diretamente na autonomia do professor e, consequentemente, no tolhimento das possibilidades de debates e aprofundamentos teóricos junto aos educandos. Também debate sobre a responsabilidade política e ética do professor e da escola na formação de sujeitos com pensamento crítico, autônomos, capazes de compreender fatos políticos e científicos contemporâneos em análise aos fatos históricos dispostos nos livros, nas memórias e nos discursos.Palavras-chave: Escola sem Partido. Autonomia Docente. Políticas Educacionais. The teaching under the draft law “School without Party”ABSTRACTThe draft law “School without party” has been gaining strength and multiplying in Brazil with the discourse against “ideological indoctrination” that it believes to happen in schools and defends neutrality in teaching in defense of families and learners. In this scenario teaching is the main focus of criticism and its curricular pedagogical work is the most affected by the proposed restrictions. This article discuss how the Movement “School without a party” becomes a strategy of control of the teaching work, directly affecting the teacher’s autonomy and, consequently, the possibility of debates and theoretical deepening with the students. Also discusses the political and ethical responsibility of the teacher and the school in the formation of subjects with critical thinking, autonomous, able to understand contemporary political and scientific facts in analysis to the historical facts prepared in the books, in the memories and in the speeches.Keywords: School without Party. Teacher Autonomy. Educational Policies. La docencia frente el proyecto de ley “Escuela sin Partido”RESUMENEl Proyecto de Ley “Escuela Sin Partido” viene ganando fuerza y multiplicándose en Brasil con el discurso de combate al “doctrina ideológica” que juzga suceder en las escuelas y defiende la neutralidad en la enseñanza en defensa de las familias y de los educandos. En este escenario el trabajo docente es el principal foco de crítica y su trabajo pedagógico curricular lo más alcanzado por las restricciones propuestas por esto proyecto. Este artículo buscó discurrir sobre cómo el Movimiento “Escuela Sin Partido” se vuelve una estrategia de control del trabajo docente, afectando directamente en la autonomía del profesor y, consecuentemente, en el tolhimento de las posibilidades de debates y profundizaciones teóricas junto a los estudiantes. También debate sobre la responsabilidad política y ética del profesor y de la escuela en la formación de sujetos con pensamiento crítico, autónomos, capaces de comprender hechos políticos y científicos contemporáneos en análisis a los hechos históricos dispuestos en los libros, en las memorias y en los discursos.Palabras clave: Escuela sin Partido. Autonomía Docente. Políticas Educativas.
This research aims to propose a digital curation process for Digital Educational Resources platforms. Since, from the critical perspective of technology, we understand that technologies are non-neutral processes, marked by the conceptions and intentionalities of the subjects and institutions that conceive them. Through complex processes of development, validation and evaluation, technological products and contents carry values. Thus, we question ourselves specifically about the processes of evaluation and validation of the contents made available on educational platforms, claiming ways to guarantee a greater participation of the subjects in the decisions about the development of these technologies. To this end, the investigation is based on the theoretical references of critical technology theory and in works in the field of educational technology on digital curation. As a methodological procedure, it was divided into three research phases: (I) a review of the literature regarding the concepts and applications of digital curation; (II) research and analysis of the publication and evaluation of Digital Educational Resources on Digital platforms and a (III) prospective research with teachers of Brazilian basic education. The study results in a proposal for digital curation created in a collective process and houses curation flows and criteria, for all the necessary steps in its process, considering the internal and external factors present in the Digital platforms, I understand the political scenario that governs society and the most varied contexts of users of these platforms.
Este artigo analisa um dos aspectos do contexto educacional vivenciado durante o distanciamento social causado pela pandemia de Covid-19: a profusão de termos gerados para denominar as ações empreendidas para dar continuidade ao ano letivo na Educação Básica. O objetivo é compreender essas terminologias e refletir sobre as implicações dessas caracterizações para o campo da tecnologia educacional a partir da perspectiva crítica. Foi realizado um estudo documental, de caráter exploratório, abarcando legislações estaduais e os documentos oficiais das Secretarias Estaduais de Educação brasileiras. Os resultados apontam uma diversidade de termos novos sem definições conceituais ou legais e uma ausência quase total da terminologia “Educação a Distância’’.
A Revista e-Curriculum tem um histórico de publicações sobre currículo e tecnologias desde sua edição inicial, no ano de 2005. A partir de 2011, ela incorporou a publicação de dossiês temáticos com foco em variados aspectos do currículo, entre os quais sua integração com as tecnologias. Assim, os dossiês relacionados a currículo e tecnologias tratam da natureza epistemológica, política e experiencial do tema, aglutinando publicações de autores de distintas instituições brasileiras e internacionais, propiciando a multiplicidade de vozes e olhares sobre diferentes ângulos.
O contexto escolar é constantemente pressionado pelas demandas sociais, delimitado pelas políticas e pelas percepções sociais acerca da função da escola na sociedade atual. Dentre as principais demandas, a integração de tecnologias nas práticas e nos currículos aparecem com grande ênfase nas políticas e nas discussões. No entanto, é no chão da escola, que as expectativas e as próprias Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC) são reconfiguradas e recontextualizadas. Este artigo é um recorte de uma pesquisa maior e nele temos por objetivo, analisar como os professores ressignificam as possibilidades das TDIC no currículo a partir da cultura da escola. A partir das falas de professores e gestores de quatro escolas públicas do estado de Santa Catarina, emergiram as seguintes categorias de análise: (i) Infraestrutura local e seus impactos na integração de TDIC ao currículo da escola; (ii) Políticas da gestão da escola para a integração das TDIC; (iii) Experiências do coletivo da escola com integração de TDIC; (iv) Potencialidades pedagógicas das TDIC vislumbradas pelo coletivo da escola para seu contexto. As diferenças significativas que cada escola apresentou em seus contextos, especialmente na relação da gestão de infraestrutura, refletem em como elas ressignificam o uso das TDIC e as integram ao currículo.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.