Resumo O projeto Geo-Escola disponibiliza material didático em CD-ROM a professores de educação básica de uma dada região, contendo informações geológicas, imagens e mapas. O projeto desenvolve-se em módulos-pilotos regionais: dois foram concluídos nas regiões paulistas de Jundiaí-Atibaia e São José do Rio Preto, e um está em andamento, em Campinas. A pesquisa inicia-se por uma consulta a docentes de Ciências e Geografia, dos níveis de ensino fundamental e médio, sobre temas de Geociências que mais os interessam. Priorizados os temas pelos docentes, estabelece-se interação que pode envolver aulas teórico-práticas e trabalhos de campo. Nos módulos concluídos os professores mostraram-se desejosos de aprimorar sua qualificação sobre dinâmica terrestre, ciclos da água e das rochas, com destaque para o reconhecimento de que o ensino de Geologia / Geociências deva exercer papel mais ativo para formar uma cultura de sustentabilidade, na medida em que inclui a compreensão de como funciona o planeta, sua história e de que modo, no tempo e no espaço, as relações da vida se estabelecem. Para educar um cidadão sensível e responsável, a educação básica deveria permitir que o indivíduo reconhecesse aspectos fundamentais da própria região onde vive. No contexto da moderna Ciência do Sistema Terra e, em especial, da Geologia, o uso didático do computador pode explorar sobretudo a linguagem visual, fortemente vinculada ao raciocínio geológico, mas requer incentivos em capacitação do professor. O computador pode ainda estimular o debate, a interpretação e a imaginação, valorizando procedimentos metodológicos típicos da Geologia, como múltiplas hipóteses explicativas, visualidade, raciocínios histórico e analógico. Muitos especialistas da comunidade nacional de Geologia estão bem capacitados a decodificar conceitos centrais a partir da grande massa de informações disponíveis. Ao se promover interação junto a professores, abrem-se promissoras oportunidades de difusão das Geociências.
O Projeto Geo-Escola visa disponibilizar dados geológicos, imagens e mapas, de uma dada região, em formato de material didático com suporte em computador, a professores de ensino fundamental e médio. Encontra-se em avaliação nesta etapa da pesquisa o primeiro módulo-piloto, planejado para instituições de ensino fundamental, públicas e particulares, da região entre Jundiaí e Atibaia (SP). Os trabalhos iniciaram-se por uma consulta aberta, formulada ao conjunto de escolas da região, buscando-se contatar os professores das disciplinas de Geografia e Ciências. Levantaram-se dados sobre a infra-estrutura de microcomputadores existente nas escolas. Mais de 85% das 49 escolas que responderam ao questionário dispõem de equipamentos de informática para apoio pedagógico e alguma forma de acesso à Internet. Os produtos despertaram grande interesse: os 108 professores que responderam à consulta utilizam recursos audiovisuais, interessam-se em aplicar temas geocientíficos nas disciplinas e valorizam a abordagem da dinâmica ambiental em suas aulas. Um exame comparativo dos Parâmetros Curriculares Nacionais das áreas de Geografia e Ciências com os conteúdos efetivamente ministrados na escola fundamental nessas disciplinas permite concluir que, independentemente da valorização oficial da abordagem da realidade local em Ciências e Geografia, historicamente os temas geocientíficos sofreram certo abandono. O Projeto Geo-Escola, inserido nesse contexto, ao disponibilizar via CD-ROM e Internet dados e ferramentas abertas, estimula o uso mais democrático dos equipamentos e programas e pode contribuir para a atribuição de novos papéis para professor e aluno: "professor-autor" e "aluno-autor", podendo ser reproduzido e adaptado a outras realidades regionais. Os resultados preliminares da consulta a 168 escolas do módulo Jundiaí-Atibaia sugerem que o projeto possa resultar em iniciativas similares em outras regiões.
A formulação de políticas públicas de sustentabilidade apoia-se de maneira decisiva na comunicação pública da Ciência. Aplicando o modelo da Advocacy Coalition Framework (ACF) os autores deste artigo buscam iluminar as disputas sobre a questão do aquecimento global antropogênico e a controvérsia existente. Distintas coalizões em torno do tema “mudança climática” participam decisivamente das disputas e do conflito. Contudo, existem manipulações polêmicas e irresponsáveis, além de desleais, formadas sobretudo por fake news, que fragilizam a postura dos cidadãos e impedem a formação de uma consciência crítica sobre esse e outros temas polêmicos. Conclui-se que certos discursos frágeis, respaldados em notícias falsas, geram prejuízos à sociedade, ao meio ambiente e à própria qualidade da democracia.
Since 2000, the Geo-School project has implemented successive modules, which have produced, applied and evaluated experimental teaching material, after careful selection of geological topics about some regions of the state of São Paulo (SP) in Brazil. For more than 20 years, technology has changed, and so has our access to it. In this sense, school-university cooperation allows school teachers to explore the cognitive benefits of the Earth Sciences, either by exercising geological reasoning and conceptualization, or to contextualize and improve learning. Looking to promote insights on multidisciplinary activities, the project identified significant methodological issues and the fact that the state government did not achieve gains in terms of innovation, despite heavy investments in equipment and software. This paper analyses successes and failures, errors and benefits of the project. The ongoing modules yield new approaches, thus enhancing the main contribution from the initiative: to explore Geosciences based on local reality to spark students’ and their community’s interest in it.
Introdução. Para ser reconhecido, um pesquisador deve divulgar adequadamente a ciência que produz. Objetivo. Este artigo aborda as características da escrita geocientífica, uma habilidade que requer esforço contínuo de aprimoramento. Metodologia. Diversas regras e orientações ajudam a desenvolver a habilidade de redação geocientífica. Um bom manuscrito é lido e corrigido muitas vezes pelo autor, e passa por ferramentas de detecção de plágios, erros em citações ou nas fontes originais; em casos graves, um artigo problemático pode ser retratado pelo periódico científico que o publicou. Resultados. Uma comunicação geocientífica pode ser analítica, expositiva ou argumentativa; narrativas são uma categoria à parte. Cinco passos ajudam a transformar ideias vagas em um texto claro e direto: (1) definir o tipo de texto pretendido; (2) definir objetivos, usando perguntas inspiradoras; (3) escrever o primeiro rascunho; (4) reforçar o trabalho com mais fontes e gerar novas versões do texto; (5) organizar as fontes. Conclusão. A introdução, o resumo e o título são redigidos ao final do processo, quando já estão evidentes tanto as limitações quanto a principal contribuição do trabalho para o público-leitor.
Este artigo resulta de pesquisa em andamento sobre formas alternativas de análise de cursos em ambientes virtuais de aprendizagem (AVAs), mais especificamente quanto às correlações entre ambientes, proposta pedagógica de ensino dos professores e objetivos dos cursos. Como objeto inicial de análise, parte-se de um curso de pós-graduação lato sensu que teve como característica singular o fato de cada professor responsável por cada disciplina, ficar livre para selecionar os recursos do AVA como bem quisesse, não havendo um design fixo a ser obedecido pelos professores. Por meio de um levantamento junto às doze disciplinas diferentes do AVA neste curso, discutem-se possíveis relações entre as configurações do ambiente e propostas pedagógicas de ensino dos professores. Como conclusão parcial nota-se que recursos capazes de promover aprendizado colaborativo (Fórum, Wiki) são negligenciados, enquanto a maior parte dos professores prioriza recursos que fazem do AVA um repositório de arquivos e links (recurso Materiais). Discute-se possibilidades de novas estratégias de preparação de professores que possam subverter esta situação e fazer do EAD algo mais do que a simples repetição congelada do ensino presencial.Palavras-chave: AVA, EAD, formação docente, ensino de geociências
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