OBJETIVO: Comparar os resultados clínicos pós-operatórios de pacientes submetidos à cirurgia oncológica no Hospital de Câncer de Mato Grosso antes e após a implantação do protocolo ACERTO. MÉTODOS: Foram prospectivamente observados 271 pacientes durante dois períodos: o primeiro, entre abril e maio de 2010 (n=101) formado por pacientes submetidos a condutas convencionais (Fase 1) e o segundo, entre setembro a outubro de 2010 (n=171), formado por pacientes submetidos a um novo protocolo de condutas peri-operatórias estabelecidas pelo projeto ACERTO (Fase 2). As variáveis observadas foram: tempo de jejum pré-operatório, reintrodução da dieta no período pós-operatório, volume de hidratação e tempo de internação. RESULTADOS: Na comparação entre os dois períodos, na Fase 2 houve uma queda de aproximadamente 50% do tempo de jejum pré-operatório (14,7 [4-48] horas vs 7,2 [1-48] horas, p<0,001), houve redução de aproximadamente 35% do volume de fluidos intravenosos no pós-operatório imediato (p<0,001), de 47% no 1º PO (p<0,001) e de 28% no 2º PO (p=0,04), sendo a redução global de 23% (p<0,001). Não houve diferença no tempo de internação pós-operatória entre as duas fases (3,9 [0-51] vs. 3,2 [0-15] dias; p=0.52). Entretanto, nos pacientes cujo tempo de jejum pré-operatório foi de até 5 horas houve redução de um dia de internação (3.8 [0-51] vs 2.5 [0-15] dias, p=0,03). CONCLUSÃO: A adoção das medidas do projeto ACERTO é factível e segura em doentes oncológicos. Após a implantação do protocolo ACERTO reduziu-se o volume de fluidos intravenosos e quando o jejum pré-operatório foi reduzido o tempo de internação foi menor.
Introdução: a gastrostomia tem sido ainda indicada como procedimento de exceção no tratamento paliativo do câncer avançado de cabeça e pescoço e tubo digestivo alto no Serviço de Tratamento Paliativo do Hospital de Câncer de Pernambuco. Método: retrospectivo com análise de prontuário e entrevista com familiares e pacientes após a cirurgia. Resultado: analisamos as gastrostomias realizadas durante o período deste último ano em pacientes do Serviço de Tratamento Paliativo, particularmente os portadores de doença avançada do tubo digestivo alto e de tumores de Cabeça e Pescoço, sendo a maioria destes com estado de desnutrição significativa. A mortalidade relacionada a cirurgia alcançou 20% dos casos. A morbidade foi de 100% dos casos, principalmente com problemas de deiscência e infecção da ferida cirúrgica. Mais de 40% dos entrevistados mostraram-se insatisfeitos com a realização da gastrostomia como procedimento para melhorar a condição clínica do paciente. Conclusões: A percepção de contribuir mal para o tratamento paliativo que tem o objetivo de melhorar a qualidade de vida de pacientes que não tem mais como aumentar o tempo de vida, nos leva a repensar critérios de indicação de gastrostomias para todos os pacientes com disfagia completa e sem acesso a sonda naso enteral.
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