A economia mundial está globalízada e, em conseqüência, a concorrência é mais intensa quantitativa e qualitativamente. O tempo é um fator que não pode ser desperdiçado num contexto em que os velhos paradigmas empresariais são rapidamente questionados e deixados de lado, substituídos por novas maneiras de enxergar o mundo empresariaL Períodos longos de espera na linha de produção e retrabalho são expressões proibidas num ambiente em que eliminar todo desperdício possível é a ordem dominante.Ainda que a palavra "globalização" esteja talvez um tanto desgastada pelo seu intenso emprego e que evitar desperdício é (ou já deveria estar sendo) uma atitude pra~ ticada nos meios produtivos. o livro A mentalidade enxu· ta nas empresas é essencial para lembrar aos administradores que a racionalização de recursos via redefínição de processos produtivos deve ser uma linha de ação sempre perseguida, não importando a moda administrativa do momento. 79
São Paulo: Escuta, t995, 188 p.por Rodolfo Verano lozzl, aluno do CEAG da EAESP/FGV. U ma forma de democracia para a era do conhecimento: o lhr:ro de Pierre Lévy e MíchelAuthier revela-nos uma maneira original de aquisição e reconhecimento de saberes que poderá agir sobre o nosso atual sistema de ensino e formação, além de ajudar os governos na promoção de políticas públi-cas para combater os males sociais e, conseqüente-mente, resgatar a massa de desfavorecidos que se estende mundo afora.Tomando por base o software já existente de árvo-res de conhecimentos, suas proposições parecem um tanto ambiciosas, talvez de difícil aplicação, não por problemas técnicos ou de ordem prática, todos devidamente esclarecidos no decorrer da leitura, mas sim pelo seu caráter renovador no campo dos conhecimentos e das relações sociais, indo de encontro com instituições há muito estabelecidas. No entanto, o sistema proposto não necessita ser uma iniciativa vinda de cima para baixo; caberá a todos, individualmente ou coletivamente, a responsabilidade por essa iniciativa de transformá-lo de uma possibilidade em algo concreto.Do prefácio extraímos explicações importantes acerca de identidades, pertinências, diplomas e o que é definido como o verdadeiro público. Esse público, ou "coletivo" (escola, empresa, associação de bairro, 72clube etc.), é identificado pelo sistema de árvores de conhecimentos. O tamanho e a qualidade de um coletivo pode ser mapeado num determinado momento, constituindo a soma de todos os indivíduos que abrange, resultado da agregação ou desaparecimento dos saberes que estes possuem.Na primeira parte do livro, os autores, a fim de facilitar a fixação dos conceitos, utilizam fábulas para ilustrar o sistema aplicado em algumas situações do cotidiano, fornecendo um panorama do que pode ser um dia a sociedade vista sob o prisma de uma nova forma de aquisição e reconhecimento de saberes. Na primeira narrativa, denominada "O Brasão de Amandine", já é possível ter uma boa idéia dos benefícios do sistema. Nele, todos podem contribuir com os conhecimentos possuídos: um dos conceitos sustenlados é que não existe saber que não possa ser transmitido; ninguém é conhecedor do saber absoluto, assim como não existem pessoas desprovidas de saber. Os coletivos podem então construir suas árvo-res, reunindo e sistematizando as competências que lhe são pertinentes para a identificação daquelas que estão à disposição da coletividade: a án,ore constitui o coletivo numa comunidade de saber. A viabilidade da disposição das competências se dá através da adoção de um sistema de sinais(símbolos) que identifica cada uma delas e que são definidos como" patentes", pertencentes ao coletivo. Outro ponto defendido no livro é que o saber não comporta classificação quanto ao seu conteúdo como condição para ser depositado numa árvore como patente. De fato, um sistema que desponta com um potencial para auxiliar no combate à exclusão educacional e social deve facilitar o acesso das pessoas às novas possibilidades de relações sociais. Assim, mesmo uma p...
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