Federal do Rio Grande do Sul vem realizando, nos últimos anos, estudos e mapeamentos das formas e feições do relevo, substrato litológico e solos na porção oeste do Rio Grande do Sul. A necessidade de enquadrar estes mapeamentos em escala regional apresentou diversos problemas associados à terminologia e representação das formas e feições geomorfológicas. Dessa forma se fez necessário estabelecer uma proposta de classificação geomorfológica da Bacia do Ibicuí. Como base teórica utilizou-se os conceitos de Ross (1992) e cartográfica mapas e discussões apresentados pelo RADAM-Brasil (1973),
RESUMO -(Florística e fitossociologia da vegetação de um campo sujeito à arenização no sudoeste do Estado do Rio Grande do Sul, Brasil). Extensas áreas de campo nativo do sudoeste do Rio Grande do Sul são suscetíveis ao processo de arenização, que ocorre em áreas de fragilidade pedológica, tendo influência de interferência antrópica e fatores abióticos. Com o objetivo de testar a variação da cobertura vegetal e a dinâmica da arenização no tempo e conforme a influência da distância da encosta, foi desenvolvido um estudo florístico e fitossociológico em áreas de campo nativo sob pastejo. Duas subáreas, diferentes quanto ao processo da arenização, foram selecionadas no município de São Francisco de Assis, RS. O levantamento florístico apontou a ocorrência de 102 espécies, distribuídas em 25 famílias. No estudo fitossociológico, 35 quadros permanentes de 0,25 m 2 em cada subárea foram dispostos em diferentes distâncias da encosta do morro. Foram registradas as coberturas das espécies vegetais, do mantilho e do solo exposto em três períodos. Dados sobre riqueza e diversidade de espécies e formas de vida foram avaliados por análise de variância, via testes de aleatorização, considerando o fator temporal e o espacial (distância da encosta). Houve maior redução da diversidade específica e da cobertura vegetal na subárea 1 (com menor cobertura vegetal) conforme a variação temporal. Na subárea 2 (com maior cobertura vegetal), o aumento do solo exposto e a conseqüente redução da cobertura vegetal tiveram maior influência da distância da encosta. A alteração da cobertura vegetal e a expansão da arenização observadas ao longo do tempo são resultado da influência conjunta da dinâmica pluviométrica, do tipo solo, da presença de encostas dos relevos tabulares com pouca vegetação e da contínua pressão de pastejo. Palavras-chave: areais, campo nativo, dinâmica vegetacional, diversidade, PampaABSTRACT -(Floristics and phytosociology of grassland vegetation subject to sandy desertification in southwestern Rio Grande do Sul State, Brazil). Extensive areas of native grassland in southwestern Rio Grande do Sul are susceptible to sandy desertification, which occurs in pedologically fragile areas influenced by anthropic interference and abiotic factors. A floristic and phytosociological study was carried out in grazed native grasslands to test vegetation cover variation and sandy desertification dynamics over time and according to the influence of slope distance. Two sub-areas that differed as to the sandy desertification process were selected in São Francisco de Assis municipality, Rio Grande do Sul. The floristic survey revealed the presence of 102 species, distributed in 25 families. For the phytosociological study, 35 permanent plots (0.25 m 2 each) in each sub-area were arranged at different distances from the hillside slope. Cover of plant species and litter, and bare soil were recorded for three periods. Richness, species diversity, and life forms were evaluated by analysis of variance using randomization tests, considering tempo...
International audienceLa législation définissant les zones de préservation permanente, liées aux ripisylves au Brésil, a subi de nombreux changements entre 1934 et 2012. Le nœud des discussions qui ont eu lieu porte sur la dualité préservation versus production agricole. En France c'est le code issu de la loi de 2003 (dénommée loi «urbanisme et habitat»), qui prévoit la protection de toutes les zones considérées comme naturelles. Il comprend les dispositions qui visent à protéger l'environnement, en particulier celles relatives à la conservation de la faune et de la flore, ainsi que la protection du paysage. Mais la réglementation qui impose une protection tout au long des cours d’eau en zone agricole, résulte de la PAC pour protéger les ressources en eau superficielles des polutions agricoles. Cet article a pour objectif principal de comparer le traitement des APP au Brésil et en France, afin de contribuer à la compréhension des APP et aux formes différentes que prend la gestion de ces zones dans les deux pays. Le but est plus largement au travers des APP, de déterminer les enjeux relatifs à la protection de l'environnement. Le travail est fondé sur l’analyse de documents. L'article présente le contexte historique des APP dans les deux pays concernés, à partir de la législation. Il présente également des exemples dapplications de la législation, apportant ainsi de nouveaux éléments à la discussion. En comparant les modèles de législation et leur application, les différents aspects de la législation environnementale et des besoins de gestion associés à la réalité de chaque pays sont mis en évidence, ainsi que les processus historiques de l'utilisation des terres et les évolutions des deux sociétés qui en sont la cause. Il apparaît qu’au Brésil, la protection de la biodiversité est prioritaire et s’impose sur de vastes surfaces par la création de corridors le long des ripisylves; en France, l’objectif est essentiellement de préserver la qualité de l’eau
Resumo: Para identificar o olhar dos geógrafos frente às transformações no país e suas implicações ambientais trata-se aqui inicialmente da base conceitual utilizada por esses para abordar a relação sociedade-natureza, em seguida, de como os geógrafos abordam esta relação e, finalmente, dos destaques dados por eles na pesquisa relacionada à degradação ambiental, que é resultado concreto das opções adotadas no modelo de desenvolvimento do país.Palavras-chave: Brasil; Geografia; Questão ambiental; Degradação ambiental; Paisagem. Construção dos geógrafos frente a natureza e a sociedadeA base conceitual que os geógrafos operam para tratar da relação sociedade-natureza tem se alterado no transcorrer do tempo e com o avanço da produção científica. Inicialmente, pode-se considerar que a preocupação dos geógrafos era a de tratar a relação homem-natureza. Esta perspectiva de análise diferenciava a Geografia de outras áreas do conhecimento, de um lado aquelas que analisavam as dinâmicas da natureza e, de outro lado as que se preocupavam com as dinâmicas sociais.No entanto, nesta abordagem da Geografia, baseada nos pressupostos de Descartes, era fundamental diferenciar o homem da natureza. A natureza era considerada como externa ao homem, analisada como sendo o conjunto dos elementos formadores da Terra (fogo, água, solo, ar). Por outro lado, o homem era visto como um ser biológico na relação com a natureza, podendo-se considerar como sendo uma forma de naturalização do homem (GONÇALVES, 2001). Assim, os geógrafos tinham dificuldades em construir um método que propunha analisar a unidade sociedade-natureza.Posteriormente, os geógrafos ao se aproximarem das abordagens desenvolvidas pelas ciências sociais (Antropologia, Ciência Política, Economia e a Sociologia) começaram a elaborar noções que enfatizam as relações sociais. Associando-se então a identidade social de um determinado grupo com os conceitos de lugar, território e região. Assim, a Geografia passa a ser aquela ciência que não necessariamente estudaria a relação entre os homens, mas sim, os lugares, como referenciaria Vidal de la Blache.Essa aproximação com os referenciais construídos pelas ciências sociais criou a possibilidade para os geógrafos de alterarem as bases para compreender a relação entre os homens e a natureza. O conceito de espaço geográfico é elaborado como sendo o resultado das maneiras de como os homens organizam sua vida e suas formas de produção. Nesta perspectiva, a natureza passa a ser vista como recurso à produção, o que aponta para uma limitação quanto à possibilidade analítica em relação às dinâmicas da natureza. Assim, analisando os referenciais teóricos-metodológicos e as práticas de pesquisa dos geógrafos, nesse momento da produção científica, frente à relação sociedade-natureza, observase duas abordagens diferentes, uma que considera a natureza como recurso e outra que considera a dinâmica da natureza como suporte da vida humana, com suas dinâmicas próprias (SANTOS, 1998). É na busca da ruptura desta dicotomia que os geógrafos experiment...
No abstract
Os processos de arenização encontrados no sudoeste do RS, Brasil, são um fenômeno único, localizado entre as unidades geomorfológicas da Escarpa do Planalto de Uruguaiana e a Depressão Periférica. Os areais se constituem como produto do intemperismo destas formações e que lhes confere uma condição geomorfológica particular. O presente trabalho tem por objetivo estabelecer relações entre a arenização, seu aproveitamento turístico enquanto patrimônio geomorfológico e os conflitos ambientais ocasionados pelo modelo econômico dominante. Dentre os areais que podem ser identificados na região, o do Cerro da Esquina possui condições de exploração turística, pois permite que parte da “memória da Terra” seja compreendida a partir da sua observação. O potencial dos areais enquanto patrimônio geomorfológico para o desenvolvimento do turismo pode ser avaliado a partir de diferentes aspectos: (i) a compreensão do próprio processo, ou seja, o que são os areais e como surgiram; (ii) a sua vinculação no contexto da bacia hidrográfica do arroio Inhacundá, dentro da qual, se passa por diferentes compartimentos, até chegar aos relevos testemunhos, associados às formações sedimentares (Botucatu e Guará), aos areais e às turfeiras nos fundos dos vales de seus tributários; e (iii) a beleza cênica do conjunto paisagístico da região. Nesta perspectiva, questiona-se a implantação da monocultura silvícola, a qual interfere no processo de conservação do patrimônio geomorfológico, reduzindo o potencial geoturístico apresentado pela região.
Na região da campanha gaúcha no sudoeste do Estado do Rio Grande do Sul existem áreas que demonstram fragilidade em relação às características climáticas e pedológicas. Os areais da região têm despertado especial atenção nas últimas décadas devido a questões históricas, socioeconômicas e ambientais. O processo de arenização origina-se da dinâmica de fenômenos naturais como precipitações e ventos. Dessa forma, a dinâmica da arenização poderia ser influenciada por uma tendência positiva no aumento das precipitações nesta região. O objetivo desse trabalho foi analisar as precipitações para diferentes escalas de tempo em Alegrete (RS) de 1928-2009 na identificação de possíveis evidências de modificações no seu comportamento. Foram utilizados dados pluviométricos de postos da Agência Nacional de Águas, disponibilizados pelo sistema hidroweb (http://hidroweb.ana.gov.br). Após organizar os dados (em escalas de tempo mensal, trimestral e anual), os mesmos foram analisados em relação a sua tendência linear ao longo do tempo. A aplicação do Teste de Mann-Kendall permitiu avaliar qualitativamente as tendências encontradas (positivas e negativas), no entanto, não puderam ser consideradas como evidências de modificação climática, mas sim, como comportamentos aleatórios normais inerentes à própria série de dados.
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