Os autores tecem considerações sobre a militância no campo da saúde, em especial na defesa do Sistema Único de Saúde (SUS), enquanto uma política pública universal. Após apontar algumas estratégias desta militância, o texto discute o centralismo e o caráter identitário dessas práticas. Destacam e problematizam quatro formas de centralismo: do "bem comum" em suas representações; o procedimento como oferta de tecnologias de saúde; do usuário e as concepções sobre suas necessidades/demandas; e da proteção inadvertida da vida. Propõem, como alternativa, uma nova militância no SUS, como prática intensiva e produzida no encontro, na dimensão relacional, entre gestores, trabalhadores e usuários.
A formação de apoiadores institucionais vem sendo um importante método/dispositivo da Política Nacional de Humanização (PNH) na intensificação de ações voltadas ao fortalecimento do SUS. Considerando algumas experiências no território paraense, o texto apresenta reflexões sobre este cenário, levando em conta os processos de formação que vêm sendo implementados no território, analisando alguns de seus desafios e repercussões. Partindo do referencial teórico e metodológico da PNH, mediante sua proposta de inclusão como método de intervenção nos modos de gerir e cuidar, também são levantadas algumas questões sobre a maneira como a formação de apoiadores opera no sentido de fomentar a militância pelo SUS e, consequentemente, a produção do comum por meio da mobilização e transformação dos sujeitos.
Dedico este trabalho a todos os que se atrevem a viajar pelas múltiplas linhas do cotidiano, fazendo do pensamento uma prática de liberdade.
Seguimos juntos!
VIII ix
AGRADECIMENTOSEssa é a parte que sempre considero a mais delicada, pois seria imperdoável me esquecer de alguém aqui.Então, ao invés de simplesmente agradecer, gostaria de dizer algumas palavras para algumas pessoas que, mesmo interessadas ou não neste trabalho, fazem parte dele porque disseram sim ao exercício de fazer parte da minha vida.À minha família, sempre agradeço por tudo. Agradeço pela aposta em me acompanhar nas minhas idas e vindas pelos mais variados territórios que habito, pelo apoio às minhas decisões, pela crença nos meus projetos e pela paciência com as minhas dúvidas.Agradeço muito ao meu orientador, Prof. Dr. Sergio Resende Carvalho, um grande companheiro de viagens pelo SUS, pois entende esse meu 'jeito acadêmico' de escrever sobre a minha experiência no SUS. Obrigado sempre por insistir, por dizer que dá certo, por ser parceiro na escuta do meu modo de pensar.Agradeço à Banca presente na minha defesa de doutorado pelas interlocuções constantes não apenas por ocasião da tese, mas sim por todo o percurso de aprendizado que contribuiu para a construção de um pensamento -
O presente artigo tem por objetivo apresentar reflexões sobre o cotidiano como cenário onde acontecem as práticas do trabalho em saúde, com suas tensões, ambiguidades e contradições. A partir da referencia a duas obras culturais, pretende-se estabelecer um diálogo entre alguns conceitos e as práticas na mobilidade dos territórios que os autores habitam e experimentam: apoio institucional, Educação Permanente em Saúde, da ‘ponta’ dos serviços de saúde mental, da gestão, da universidade. Busca-se construir e defender o cotidiano como plano que comporta a imanência do paradoxo da repetição e da invenção. Ao final, problematizam-se aspectos atuais da macro e da micropolítica que têm sinalizado para um preocupante cenário de fortes conotações fortemente conservadoras.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.