Neste ensaio apresentamos algumas reflexões sobre publicidade e alimentação saudável no mundo contemporâneo onde o consumo exerce papel de grande relevância. Buscamos enfatizar dois aspectos, entre tantos outros ainda por serem explorados na literatura científica do campo alimentar-nutricional: a hegemonia do paradigma biomédico e a fragmentação da vida humana quando campanhas publicitárias anunciam alimentos associando-os à ideia de alimentação saudável. Consideramos que não podemos viver somente como naquela publicidade onde nossos desejos são acionados, sem limites, onde mundo é só de sonhos e o objetivo principal é vender mais e lucrar mais, ainda que para isso se tenha feito uso de estratégias de disseminação de algumas informações de cunho biomédico-nutricional. O encontro entre alimentação e saúde, ou seja, alimentação saudável, deve pressupor, no nosso entendimento, a valorização da ação do sujeito, inclusive por meio de informações qualificadas e contextualizadas na vida social de modo a que se possa desenhar projetos de felicidade. Um sujeito fortalecido em sua identidade, íntegro e total que, entre sonhos e concretudes, pode ousar a buscar o conhecer e o pensar sobre si mesmo no mundo, sobre sua alimentação e sua saúde.
Folia, mediações e megaeventos: breve estudo sobre as representações do Carnaval 2010 nos jornais cariocas Ricardo Ferreira Freitas Resumo:A proposta deste artigo é contribuir com a discussão sobre a vocação do Rio de Janeiro para abrigar megaeventos, levando especialmente em consideração o tratamento midiático desenvolvido nesses períodos sobre a violência urbana. Além da oportunidade de confraternização, esses eventos representam importante fonte de divisas e de negócios. Nos últimos tempos também têm sido utilizados para consolidar políticas públicas de segurança. Para compreender melhor esse quadro, recorremos a teóricos como Bauman e Maffesoli, atentos às questões da violência e dos ajuntamentos urbanos. A análise da cobertura do Carnaval de 2010 do Rio de Janeiro demonstra a tendência de priorizar a programação do megaevento no lugar dos assuntos abordados no cotidiano dos jornais. Essa estratégia parece reforçar a idéia de que a cidade está preparada para os megaeventos futuros. Palavras Chave:Carnaval, violência, mídia impressa, megaeventos. Abstract:The purpose of this paper is to contribute to the discussion on the vocation of Rio de Janeiro to host mega events, especially taking into account the media treatment of urban violence in these periods. Besides the opportunity of congregating, such events represent an important source of incomings and businesses. Recently they have also been used to strengthening public safety policies. To better understand this situation, we turn to theorists such as Bauman and Maffesoli, attentive to issues of violence and urban gatherings. The analysis of Rio de Janeiro's 2010 Carnival coverage shows a tendency to prioritize the scheduling of the mega event instead of the matters addressed in daily newspapers. This strategy seems to reinforce the idea that the city is prepared for future mega events. Keywords:Carnival, violence, print media, mega events.
Neste trabalho, discutimos a crescente privatização dos espaços públicos na cidade do Rio de Janeiro, a reboque dos últimos megaeventos realizados na metrópole, com especial destaque para a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016. Grandes empreendimentos privados como shopping centers, hotéis, condomínios de luxo e torres comerciais foram construídos, notadamente, na região da Barra da Tijuca. No Centro da cidade, projetos como o Porto Maravilha e o Lapa Legal tentaram valorizar determinadas localidades, antes vistas como degradadas, expulsando a população mais pobre desses lugares. A metrópole fluminense, cada vez mais, adquiriu características gentrificantes e segregadoras, resultado do desenvolvimento do capitalismo e das novas formas de produção da cidade, onde o espaço público, lugar de acesso universal e de cidadania e civilidade, tem sido loteado e substituído por territórios de caráter privado.
É nas grandes cidades que se dá a maior parte das produções midiáticas e, em geral, elas também são o cenário e o argumento dessas produções. Isso acontece no jornalismo, na publicidade e em toda a indústria do entretenimento. Daí a relevância de se considerarem diferentes argumentações teóricas que possam servir de reflexão a essas práticas comunicacionais. Neste artigo, nos apoiamos na herança teórica de Georg Simmel como importante alternativa para a compreensão da comunicação nas metrópoles. Palavras-chave: Cidade; comunicação; Simmel; indivíduo; dinheiro; conflito. ABSTRACT Most of the media productions takes place in the big cities. In general, the media themselves are the scenery and plot of these productions. This happens in journalism, in advertising as well as in the whole industry of entertainment. Therefore, the relevance of considering different theoretical arguments that may serve as a reflection on these communicational practices. In this article, we rely on George Simmel’s theoretical inheritance as an important alternative to the comprehension of communication in the metropolises. Keywords: City; communication; Simmel; individual; money; conflict.
Nesse artigo analisamos como as empresas de corrida desenvolveram suas atividades durante a pandemia em 2020. Com a maioria dos eventos cancelados no mundo inteiro para evitar aglomerações sociais, algumas maratonas internacionais ocorreram no período pandêmico usando aplicativos ou DVDs . Com o Coronavírus, a Maratona do Rio realiza a competição, explorando o branding de cidade nas medalhas do evento. Nesta pesquisa, são estudados os imaginários de pandemia, cartões postais, mercadorias visuais e paisagens virtuais. Entende-se que esse novo modelo estimula o consumo da cidade, mesmo em um momento de crise mundial. O quadro teórico está apoiado em autores das ciências da comunicação e das ciências sociais como Kavaratzis, Canevacci, Vainer, Augé, Perrota, Tiburtino e Kunsch.
Este artigo objetiva refletir sobre a visita turística ao Cemitério Montesacro, na cidade de Itagüí, na Colômbia, um dos locais indicados no roteiro do narcotour – denominação dada ao percurso que compreende a visita aos lugares que compõem a narrativa sobre a vida de Pablo Escobar e o Cartel de Medellín. O narcotour apresenta-se como experiência de cidade na plataforma Airbnb em Medellín e alimenta-se das produções midiáticas. Conclui-se que a imagem de Pablo Escobar, construída a partir das produções midiáticas, torna-o um produto de consumo simbólico de turistas em Medellín.
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