ResumoIntrodução: O envelhecimento da voz caracteriza-se por alterações decorrentes do envelhecimento do corpo, interferindo na entonação vocal reveladora de estados da alma e do corpo. Investigar a qualidade vocal de mulheres na pós-menopausa por meio dos parâmetros objetivos torna-se importante para fomentar as pesquisas nessa área, bem como auxiliar na melhoria da qualidade de vida desse grupo. Objetivo: Verificar os valores dos parâmetros acústicos das vozes de mulheres no período de pós-menopausa. Método: Realizou-se estudo de caráter quantitativo e corte transversal com 23 mulheres em período de pós-menopausa, utilizando o software Praat 5.2.0. Os parâmetros considerados foram frequência fundamental, jitter, shimmer, proporção harmônico ruído e análise espectrográfica. A amostra foi composta por mulheres matriculadas numa Universidade Aberta da Terceira Idade em Salvador-BA. A análise dos dados foi descritiva, por porcentagem simples, e usou-se o teste t para verificar a relação entre aumento de idade e piora vocal. Resultados: Apresentaram valores da frequência fundamental abaixo de 150Hz 13% da amostra, e 34% entre 150 e 217Hz, demonstrando agravamento da voz. Observou-se significância estatística para piora desse parâmetro relacionado ao aumento da idade (p=0,02471). Houve diferença quanto aos parâmetros jitter e shimmer de acordo com o aumento da idade, porém sem significância estatística. Esses parâmetros acústicos estão relacionados a alterações no padrão vibratório das pregas vocais (ciclo vibratório). Os valores da proporção harmônico-ruído foram acima de 15.000 para todas as mulheres, mas também foram observados valores diminuídos com o aumento da idade, sem significância estatística. Conclusão: As alterações nos parâmetros acústicos observadas demonstram que as mulheres na pós-menopausa apresentaram mudanças no padrão vocal, o que pode levar à diminuição da qualidade de vida. Diante disso, necessita-se de um olhar mais atento quanto à necessidade da atuação fonoaudiológica nesse grupo. INTRODUÇÃOCada vez mais, os idosos estão inseridos no mundo moderno. As mudanças sociais e econômicas influenciam diretamente a vida dessa população, e a expressão comunicativa de cada indivíduo é fator importante para adequação à nova realidade. Acompanhar esse desenvolvimento e tentar se inserir no contexto sócio-relacional, tendo voz ativa e coragem para isso, é um dos grandes desafios, o que faz com que esse novo modelo de vida sirva de estímulo e desafio para os idosos melhorarem sua qualidade de vida. Nesse contexto, a voz tem destaque fundamental como instrumento de comunicação, integração e indicador da qualidade de vida, o que propicia caminhos de equilíbrio psicossocial fundamentais para o idoso, permitindo que exerça sua individualidade, autonomia e cidadania. 1 O desenvolvimento da voz "acompanha e representa o desenvolvimento do indivíduo, tanto do ponto de vista físico, como psicológico e social".2 O envelhecimento da voz, chamado de presbifonia, caracteriza-se por alterações no processo vocal decorr...
O objetivo deste estudo foi verificar a efetividade da fonoterapia em pacientes com paralisia facial decorrente da manipulação do VII nervo encefálico realizada durante o tratamento cirúrgico para neoplasia de glândula parótida, assim como, identificar e promover intervenção fonoaudiológica das alterações de sucção, mastigação e deglutição. Trata-se de uma pesquisa qualitativa com análise descritiva. A avaliação constou da análise da face em repouso e em movimento, documentação fotográfica, uso do Paquímetro Digital para quantificação da paralisia facial, além da avaliação das funções estomatognáticas. A fonoterapia foi definida com base nos achados da avaliação e seguiu a necessidade de cada indivíduo. Nos resultados da avaliação pós-fonoterapia em repouso houve melhora em todos os aspectos avaliados nos quatro pacientes. Na avaliação em movimento três pacientes apresentaram movimentação mais clara da pele com aumento do número e profundidade das rugas. No registro fotográfico todos os pacientes obtiveram melhora significante nos movimentos avaliados, sendo possível observar um aumento nas linhas de expressões e maior simetria entre as hemifaces. Os valores da incompetência dos movimentos, mensurados pós-fonoterapia, demonstraram melhora significante em todos os pontos medidos. A fonoterapia proposta para os casos de paralisia facial pós-parotidectomia foi eficiente na melhora da mímica facial, sobretudo para as alterações das funções estomatognáticas. É importante salientar a necessidade de novas pesquisas envolvendo um número maior de participantes para garantir a fidedignidade dos achados.
RESUMO Objetivo Descrever o perfil vocal de indivíduos 46,XX com hiperplasia adrenal congênita, acompanhados no Ambulatório de Genética da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Método Trata-se de um estudo descritivo e exploratório, com corte transversal. A amostra foi de conveniência e participaram do estudo 28 voluntários, 14 diagnosticados com hiperplasia adrenal congênita, acompanhados pela equipe multiprofissional do Ambulatório de Genética da UFBA, e 14 indivíduos 46,XX sem alterações vocais e ausência de patologia de cunho endócrino e/ou genético. A coleta das vozes foi realizada individualmente, em um ambiente silencioso, com as participantes devidamente sentadas. Realizaram-se análises perceptivo-auditiva (CAPE-V) e acústica. Resultados Em relação ao julgamento qualitativo do pitch, verificou-se que oito (61,54%) pacientes do grupo com hiperplasia adrenal congênita apresentaram um padrão vocal agravado e 8 (61,54%) do grupo sem a doença apresentaram um padrão vocal agudizado. Houve diferença estatisticamente significante entre os grupos apenas para as medidas da análise perceptivo-auditiva (CAPE-V) grau geral (p = 0,01), rugosidade (p = 0,00) e pitch (p = 0,01). Os demais parâmetros investigados na análise acústica não diferiram significativamente (p > 0,05). Conclusão O presente estudo demonstrou que indivíduos 46,XX com hiperplasia adrenal congênita, mesmo submetidos à terapêutica hormonal, apresentam qualidade vocal rugosa, pitch agravado e voz desviada.
Introdução: Os meningiomas estão entre as neoplasias intracranianas primárias mais frequentes e, entre as deficiências neurológicas causadas, estão as alterações fonoaudiológicas, principalmente os déficits de deglutição e comunicação. Com isso, estudos que identifiquem precocemente as alterações fonoaudiológicas são necessários para uma adequada intervenção terapêutica. Este estudo tem como objetivo descrever os aspectos fonoaudiológicos em pacientes diagnosticados com meningioma antes e após o tratamento cirúrgico. Relato dos casos: Participaram da pesquisa seis indivíduos diagnosticados com meningioma internados em um hospital geral de Salvador - BA. Os participantes foram submetidos à avaliação fonoaudiológica antes e após a ressecção do tumor, com aplicação do Protocolo de avaliação clínica fonoaudiológica à beira leito. No momento pré-cirúrgico, as alterações fonoaudiológicas ocorreram em um número pequeno de casos, estando relacionadas principalmente a déficits leves de motricidade orofacial e disfagia de leve a moderada. Já no período pós-operatório, as alterações fonoaudiológicas foram frequentes, principalmente quanto à deglutição, com involução da Escala funcional de ingestão por via oral e necessidade de terapia fonoaudiológica em todos os casos. Conclusão: Conclui-se que o meningioma pode acarretar diferentes alterações fonoaudiológicas, principalmente quanto à deglutição, sendo mais frequente no momento pós-cirúrgico em razão da manipulação dos vasos e nervos, e mais preocupante em regiões cranianas posteriores.
<strong><span style="font-size: 11pt; font-family: 'Times New Roman', serif; color: #222222; background-image: initial; background-attachment: initial; background-size: initial; background-origin: initial; background-clip: initial; background-position: initial; background-repeat: initial;" lang="EN-US">Introdução:</span></strong><span style="font-size: 11pt; font-family: 'Times New Roman', serif; color: #222222; background-image: initial; background-attachment: initial; background-size: initial; background-origin: initial; background-clip: initial; background-position: initial; background-repeat: initial;" lang="EN-US"> A principal meta no tratamento da asma é o controle dos sintomas. Comorbidades tais como refluxo gastroesofágico, disfagia e obesidade dificultam ou impedem o controle adequado da doença. A ausência de controle da asma concorre para frequência elevada de exacerbações, visitas a emergências e mortes por asfixia. </span><strong><span style="font-size: 11pt; font-family: 'Times New Roman', serif;" lang="EN-US">Objetivo: </span></strong><span style="font-size: 11.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt; font-family: ";Times New Roman";,";serif";; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-language: EN-US; mso-bidi-language: EN-US;" lang="EN-US">investigar as queixas de deglutição em pacientes com asma grave e a relação com o controle da doença. <strong>Método:</strong> foram selecionados pacientes admitidos no Programa de Controle da Asma na Bahia (ProAR), com asma grave (GINA 2002), de ambos os sexos, com idade entre 18 e 55 anos. Todos os participantes responderam a: i) questionário sociodemográfico, ii) questionário de queixas de deglutição <em>Eating Assessment Tool (</em><span style="background-image: initial; background-attachment: initial; background-size: initial; background-origin: initial; background-clip: initial; background-position: initial; background-repeat: initial;">EAT10), cujos escores variam de 0 a 40, com ponto de corte em 3. Escores acima significam presença de queixa de disfagia e iii) </span>questionário para controle da asma <em>Asthma Control Questionnaire </em><span style="color: #545454; background-image: initial; background-attachment: initial; background-size: initial; background-origin: initial; background-clip: initial; background-position: initial; background-repeat: initial;">(</span>ACQ6), cujos escores variam de 0 a 36, com ponto de corte em 1,5. Escores acima significam ausência de controle da asma. <strong>Resultados: </strong>28 (93,3%) eram do sexo feminino, com média de idade de 41,8 anos </span><span style="font-size: 11.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt; font-family: Symbol; mso-ascii-font-family: ";Times New Roman";; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-font-family: ";Times New Roman";; mso-bidi-font-family: ";Times New Roman";; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-language: EN-US; mso-bidi-language: EN-US; mso-char-type: symbol; mso-symbol-font-family: Symbol;" lang="EN-US">±</span><span style="font-size: 11.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt; font-family: ";Times New Roman";,";serif";; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-language: EN-US; mso-bidi-language: EN-US;" lang="EN-US"> 10,9. A média dos escores do questionário EAT10 foi 6,8 </span><span style="font-size: 11.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt; font-family: Symbol; mso-ascii-font-family: ";Times New Roman";; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-font-family: ";Times New Roman";; mso-bidi-font-family: ";Times New Roman";; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-language: EN-US; mso-bidi-language: EN-US; mso-char-type: symbol; mso-symbol-font-family: Symbol;" lang="EN-US">±</span><span style="font-size: 11.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt; font-family: ";Times New Roman";,";serif";; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-language: EN-US; mso-bidi-language: EN-US;" lang="EN-US"> 8,3 e do questionário ACQ6 1,8 </span><span style="font-size: 11.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt; font-family: Symbol; mso-ascii-font-family: ";Times New Roman";; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-font-family: ";Times New Roman";; mso-bidi-font-family: ";Times New Roman";; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-language: EN-US; mso-bidi-language: EN-US; mso-char-type: symbol; mso-symbol-font-family: Symbol;" lang="EN-US">±</span><span style="font-size: 11.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt; font-family: ";Times New Roman";,";serif";; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-language: EN-US; mso-bidi-language: EN-US;" lang="EN-US"> 1,1. 17 (56,7%) indivíduos apresentaram queixas de disfagia (EAT10 > 3). A razão de prevalência de disfagia em asmáticos com asma controlada e não controlada foi de 1,4. <strong>Conclusão: </strong>Disfagia foi frequentemente relatada por pacientes asmáticos graves e associou-se a ausência de controle da asma. </span><span style="font-size: 12.0pt; font-family: ";Times New Roman";,";serif";; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-language: EN-US; mso-bidi-language: EN-US;"> </span>
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