Este trabalho tem o objetivo de compreender o contexto das mulheres indígenas Kaingang no Curso Interdisciplinar em Educação do Campo: Ciências da Natureza -Licenciatura da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), Campus Erechim, discutindo aspectos como as experiências educativas da participação feminina na construção do conhecimento científico e o empoderamento da mulher indígena com sua inserção na educação superior. A metodologia utilizada tem abordagem qualitativa de natureza interpretativa e a pesquisa, em relação aos procedimentos técnicos, é bibliográfica e documental. Os dados foram construídos com a utilização da Proposta Pedagógica do Curso (PPC), da observação das experiências e do Registro Acadêmico da UFFS. Os principais resultados evidenciam que as mulheres indígenas-Kaingangs possuem uma elevada representatividade no curso de Licenciatura em Educação do Campo na formação de professoras/es na área de Ciências da Natureza, percebendo, assim, que a inserção da mulher Kaingang na educação superior contribui para a construção da autonomia, para o empoderamento e a resistência dos povos indígenas. Tais resultados apontam para a importância da participação feminina indígena na construção do conhecimento científico e sua ressignificação, levando em consideração as dinâmicas sociais e culturais dos povos do/no campo.
A escola é um espaço de convivência e socialização, sendo uma instituição responsável por confrontar o diálogo entre conhecimentos sistematizados e aqueles que se desenvolvem no cotidiano popular, tendo por finalidade desenvolver um processo de ensino e aprendizagem capaz de formar cidadãos com competência para ler, compreender e expressar suas opiniões sobre diferentes assuntos, o que inclui os de ordem científica e tecnológica.
Este artigo tem o objetivo de analisar as percepções de um grupo de doutorandos de um programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciência e Tecnologia de uma Universidade Federal brasileira sobre as possibilidades pedagógicas da utilização do aplicativo de comunicação WhatsApp na educação/ensino de Ciências. A metodologia utilizada tem abordagem quantitativa de natureza exploratória. Os dados foram coletados/construídos, junto a vinte doutorandos, a partir da aplicação de um questionário online e analisados segundo as noções da análise de conteúdo. Os principais resultados apontam como possibilidades pedagógicas a utilização do WhatsApp como ambiente tecnológico para promoção de um ensino híbrido nas Ciências, permitindo o envio e compartilhamento de atividades/conteúdos, criação de grupos, comunicação instantânea entre professores/estudantes, criação de redes de interação, motivação e espaço para acompanhamento de atividades. Esses resultados contribuem para estimular o desenvolvimento de novos trabalhos, explorando, assim o ensino híbrido por meio da mídia e rede social WhatsApp nas Ciências para além da sala de aula, pois essa relação ainda é pouco explorada por pesquisadores.
Este artigo tem o objetivo de investigar as percepções de um grupo sobre as relações entre inclusão na educação de alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e orientação psicológica em aulas na modalidade online em tempos de pandemia pelo coronavírus (COVID-19). Participaram do estudo duas mães de alunos com TEA, uma psicóloga e duas professoras. A abordagem da pesquisa é qualitativa de natureza exploratória e em relação aos procedimentos é delineada como estudo de caso. Os dados foram coletados/construídos por meio de uma entrevista semiestruturada (mães e psicóloga) e a aplicação de um questionário (professores). Os principais resultados indicam que houve uma reinvenção das escolas e das práticas educativas dos professores na pandemia para promoção do ensino e da inclusão. Foram identificados desafios para inclusão de alunos com TEA por meio das aulas online. Os desafios referem-se a dificuldade de utilização pelos professores das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), a falta de mediação presencial dos professores na aprendizagem dos alunos com TEA, a falta de interesse desses alunos para acompanhar as atividades de maneira online e a dificuldade das famílias em se adaptar à nova rotina. Além disso, percebe-se que a participação da família e a atuação da equipe multiprofissional a partir de um trabalho integrado é primordial para concretização de processos inclusivos de alunos com TEA. Estes resultados contribuem para estimular a reflexão na pandemia e pós-pandemia da necessidade de qualificação do espaço escolar, das práticas educativas dos professores e da articulação entre a família-escola-orientação psicológica para atender as demandas dos alunos com TEA na educação.
ResumoEste artigo discute o papel das Salas de Recursos Multifuncionais (SRM) no ensino de ciências para alunos público-alvo da educação especial, na percepção dos professores, tendo por objetivo promover uma reflexão sobre a inclusão educacional, por meio do ensino de Ciências, bem como identificar os avanços e os retrocessos no trabalho desenvolvido pelos professores na prática educacional inclusiva. A abordagem metodológica foi qualitativa de cunho exploratório. Para a coleta de dados, foi realizada uma entrevista com os professores que atuam na classe comum do ensino regular com a disciplina de Ciências, nas séries finais do Ensino Fundamental, professores da SRM e equipe pedagógica, em uma escola da rede estadual de ensino do município de Ponta Grossa, Paraná, que oferta o programa de atendimento educacional especializado. Os resultados obtidos nesse estudo ressaltam a possibilidade de promover a inclusão educacional por meio do ensino de Ciências, tendo em vista a proximidade dos conteúdos com o cotidiano dos alunos. Entretanto, destaca-se a importância da proposta numa perspectiva coletiva e participativa, que promova de fato a Inclusão Educacional no ambiente escolar. Palavras-chave: Ensino de Ciências, Salas de Recursos Multifuncionais, InclusãoEducacional. AbstractThis scientific article discusses the role of the Multifunctional Resource Classrooms (MRC) in Science education for public-targeted students of special education, into the teachers' perception, having the goal of promoting a reflection on educational inclusion through science teaching, as well as identifying advances and setbacks in teachers' work on inclusive educational practice. The methodological approach was qualitative and exploratory. For data collection, an interview was conducted with the teachers who work in
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