This article presents the results of research in 2003 focusing on the relationship between health care professionals from a public clinic and HIV positive women, adopting a gender approach. Ten patients and seven attending professionals were interviewed on the following themes: gender representations; representations of HIV/AIDS in women; and accommodation and resistance strategies to internalized attitudes and values regarding the health professional/patient relationship. According to the results, health professionals attempted to adjust the treatment to the limited resources of both the institution and the patient, endeavoring to offer the most complete care possible. Their social imagery continues to portray the traditional role of woman/mother/wife, perceived as a victim. Meanwhile patients adopted a "fighting woman" image, reinforced by the "modern woman" ideology, produced in both public and private spheres, disguising the effects of the women's double workload. Contrary to the myth of passivity, patients took an active stance towards their treatment, negotiating with health professionals about their own needs and objective possibilities. Despite the material and symbolic limitations, the potential was identified for changes in health care in order to achieve full reproductive rights.
Este artigo tem como objetivo principal apresentar e analisar o instrumento de pesquisa designado como “cadernetas de saúde e trabalho”, com foco na produção de conhecimento sobre o trabalho de docentes de universidade pública. Trata-se de uma técnica de investigação de caráter qualitativo e participativo, adequada ao aprofundamento do estudo das relações entre a saúde e o trabalho, reavendo os locais de trabalho como lugares privilegiados de observações para o exercício de uma efetiva ação de defesa da saúde e a experiência do trabalho como matéria principal de análise. A qualidade especial das cadernetas como técnica de investigação refere-se ao papel protagonista atribuído ao trabalhador no processo de pesquisa, autor do diário e coparticipante do estudo. Participaram oito docentes pertencentes ao mesmo instituto de uma universidade federal de ensino superior (IFES), localizada no Rio de Janeiro, Brasil. Quanto à análise dos materiais empíricos, procedentes das anotações das cadernetas e de encontro com os trabalhadores, adotou-se a técnica de análise temática, chegando-se a quatro categorias principais de discussão, a saber: o tempo de trabalho e as múltiplas atividades de trabalho do professor; precarização das condições de trabalho em universidades; saúde docente entre limites e cadernetas sob o olhar dos seus autores. No que concerne aos resultados, sobressaiu o tema alusivo à sobrecarga de trabalho e pressão do tempo para cumprimento de metas. Ao fim, considerou-se que as cadernetas de saúde e trabalho mostraram-se como ferramenta de pesquisa com potencial para se gerar conhecimento em perspectiva coletiva.
The article discusses drug abuse and eating disorders from the critical gender and healthcare perspectives, postulating that subjective suffering can be expressed in the body through psychosomatic illnesses. From this perspective, craving for drugs or superfluous consumer goods, just as illness from self-imposed hunger in pursuit of an ideal of slimness, as in anorexia and bulimia, can be symptoms that expose the woman's suffering. A review in the fields of public health and feminist theories highlights the magnitude of the phenomena of medicalization and commodification of health in the psychiatrization of female discomfort. In the gender transition in capitalist societies, social demands for the performance of old and new women's roles accentuate feelings of inadequacy, expressed as the gender discomfort permeating drug abuse and eating disorders, analyzed as diseases of protest. The study proposes to reclaim the ideals of the Program for Comprehensive Women's Healthcare to deal with such challenges.
Resumo O objetivo do presente estudo foi problematizar aspectos do trabalho docente do ensino superior em relação a gênero, políticas de avaliação e saúde. Para tal, realizou-se uma pesquisa social de caráter qualitativo sob a vertente dos estudos participativos e do enfoque do feminismo materialista. A análise do material foi efetuada por meio da análise de conteúdo, na modalidade temática, e identificados quatro temas principais: conflitos entre trabalho docente e trabalho doméstico; trabalho docente, maternidade e culpa; políticas de avaliação do trabalho docente e relações de gênero; divisão sexual do trabalho e docência. Percebeu-se o quanto as demandas da esfera produtiva têm extrapolado o tempo da jornada de trabalho para a esfera reprodutiva e a vida privada das professoras, comprometendo a luta e a defesa pela saúde que podem levar a processos de sofrimento e adoecimento. O tema da divisão sexual do trabalho em universidades públicas desponta como importante questão que evidencia sobrecarga de trabalho e mal estar psíquico, especialmente em um momento em que o trabalho docente se torna crescentemente competitivo. Concluiu-se pela imperativa necessidade de investimentos em políticas públicas que garantam igualdade de gênero no trabalho do ensino superior.
Resumo O artigo analisa os sentidos que a ideia de controle do corpo e da vida adquire nos discursos acerca da decisão sobre o parto, a partir das falas de mulheres que realizaram cirurgia cesariana em maternidades privadas da região metropolitana do Rio de Janeiro e do município de São Paulo. A abordagem teórico-metodológica é da análise das práticas discursivas e produção de sentidos. Dor, integridade corporal, controle dos riscos, estética do parto e os tempos (social e reprodutivo) são acionados como elementos contidos no ideário de controle que circunda a cesárea como uma prática de nascimento. Esse controle seria exercido em redes de interações entre mulheres, familiares, profissionais, objetos tecnológicos médicos e não médicos e instituições.
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