O artigo tem como objetivo discutir a noção de representação política não eleitoral a partir de umaperspectiva comunicacional, com ênfase na processualidade e na discursividade do ato de representar(Saward, 2010). Analisamos o debate sobre qual o melhor modelo de escola para as pessoas surdasbuscando responder o que, quem e o quê se representa. A partir do mapeamento dos representativeclaims (demandas por representação) realizamos uma análise sistêmica dos proferimentos a) de umgrupo fechado de lideranças surdas do Facebook, b) de uma audiência pública do judiciário e c) do GT deEducação da Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Conclui-se que a definição dogrupo de representados e a defesa de determinado modelo de escola são fluidas e móveis, a dependerdas audiências, levando em conta a dimensão estratégica quanto a discursiva.
<em>O artigo tem como objetivo discutir a noção de representação política não eleitoral a partir de uma perspectiva comunicacional, com ênfase na processualidade e na discursividade do ato de representar (Saward, 2010). Analisamos o debate sobre qual o melhor modelo de escola para as pessoas surdas buscando responder </em>o que, quem e o quê<em> se representa. A partir do mapeamento dos </em>representative claims<em> (demandas por representação) realizamos uma análise sistêmica dos proferimentos a) de um grupo fechado de lideranças surdas do </em>Facebook<em>, b) de uma audiência pública do judiciário e c) do GT de Educação da Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Conclui-se que a definição do grupo de representados e a defesa de determinado modelo de escola são fluidas e móveis, a depender das audiências, levando em conta a dimensão tanto estratégica quanto discursiva.</em>
Discute-se a noção de representação política discursiva (Saward, 2010) e o uso de fontes de autoridade por lideranças do movimento social dos surdos para buscar legitimidade nos discursos sobre modelos educacionais. Realizou-se um mapeamento de claims em um grupo de lideranças no Facebook, em uma audiência pública e na Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Conclui-se que a principal fonte de autoridade está relacionada à coletivização de questões, seja na defesa do amplo interesse ou nas histórias narradas comuns aos surdos.
Este artigo tem por objetivo analisar criticamente a eficácia do direito fundamental à segurança pública no Brasil, de acordo com a Constituição Federal de 1988. Para isso, foi aplicada uma metodologia bibliográfica, abarcando livros, artigos acadêmicos e legislação pertinente à segurança pública. Optou-se ainda por um estudo descritivo-analítico dos dados obtidos, o qual permitiu identificar a real situação em que se encontra o direito à segurança em território nacional. Em primeiro lugar, foi realizado um mapeamento das legislações sobre segurança pública. Em seguida, foi feita a análise crítica desses editais especialmente com relação aos princípios embutidos na Constituição Federal, aqui entendidos como supremacia da lei. Paralelamente, a análise contemplou ainda a implementação dessas medidas de forma efetiva. Por fim, foram levantadas possíveis soluções para melhorar a situação atual, a partir dos princípios constitucionais de segurança. Com a análise efetuada, conclui-se que o direito à segurança pública no Brasil ainda possui graves deficiências quanto à sua eficácia, vez que, embora a Constituição Federal de 1988 tenha estabelecido diversos princípios sobre o tema, nem todos eles são cumpridos. Faz-se necessário, assim, a adoção de medidas protetivas a fim de garantir efetivamente a segurança dos cidadãos brasileiros.
Este artigo busca compreender como os corpos femininos que aparecem em imagens jornalísticas dos protestos da “Primavera Latina” podem ser compreendidos como repertórios de ação política. A partir da articulação entre a noção de repertório como performance (TILLY, 2008) e a teoria performativa de assembleia (BUTLER, 2016), realizou-se uma análise visual de fotografias publicadas em sites jornalísticos brasileiros sobre protestos de diferentes países latinos ocorridos em 2019. Identificamos três tipos de repertórios em comum: a) a configuração de quem é o povo a partir dos corpos na rua; b) a vulnerabilidade dos corpos femininos expressa em confrontos especialmente envolvendo autoridades policiais e c) a vulnerabilidade acionada como potência política, a partir de performances, corpos em luta, corpos mensagens, expressão da maternidade e símbolos.
O país tem experimentado muitas iniciativas estratégicas em direção ao desenvolvimento nacional. Do Plano SALTE aos PPAs, o Brasil vem a cada período de sua história econômica desenvolvendo projetos, programas e planos cujo objetivo concorre para o desenvolvimento econômico e social do país. Em meio à um contexto nacional de crise, são necessárias medidas estratégicas de longo prazo que ajudem a retomar o processo de crescimento da economia brasileira e promover de forma inclusiva e sustentada um processo de desenvolvimento socioeconômico. Considerando a atual conjuntura da economia, este estudo buscou apresentar as principais estratégias nacionais para a promoção do desenvolvimento econômico e social do Brasil: E-digital, Encti e Endes. Essas estratégias foram desenvolvidas levando em consideração os anseios sociais dos brasileiros, megatendências mundiais e a Agenda 2030 global definida em 2015 pela ONU. A partir de uma metodologia essencialmente teórico-bibliográfica, foi possível compreender que as estratégias nacionais delineadas para uma economia mais digitalizada, levam consideração com grande ponderação as iniciativas no campo da ciência, tecnologia e inovação (CT&I) como motores propulsores, proxies, para o processo de aumento de produtividade, complexidade econômica e alcance do desenvolvimento econômico e social inclusivo e sustentado. O futuro é incerto, porém, com uma diretriz estratégica definida os caminhos tornam-se menos tortuosos e o objetivo mais claro. Os primeiros passos foram e ainda serão dados na construção de um país que ainda precisa remover barreiras e vencer desafios para tornar-se desenvolvido. Mais investimentos em CT&I, com resultados concretos, talvez seja o caminho a ser perseguido.
Resumo O trabalho objetiva analisar os processos de representação política não eleitoral que emergem do debate sobre o melhor modelo de escola para pessoas surdas. Investigamos como fontes de autoridade são acionadas por surdos ou pessoas com deficiência, especialmente aquelas relacionadas à presença física (identidades adscritivas) e à autoafirmação das identidades (autoadscrição). As unidades de análise (claims) foram extraídas de três arenas: de um grupo de lideranças surdas do Facebook, de uma audiência pública do Judiciário e da Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Conclui-se que o corpo é uma fonte de autoridade tão importante quanto o discurso, que a língua de sinais revela uma dimensão de intraduzibilidade exposta pela presença e que os aspectos culturais das línguas de sinais promovem rupturas nas dinâmicas convencionais de representação.
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