Resumo
A implantação do Programa Academia da Saúde é uma das estratégias para a efetivação da Política Nacional de Promoção daEste é um artigo publicado em acesso aberto (Open Access) sob a licença Creative Commons Attribution, que permite uso, distribuição e reprodução em qualquer meio, sem restrições, desde que o trabalho original seja corretamente citado.
Características pessoais, humanas e interdisciplinares de formação dos profissionais de saúde podem influenciar na escolha pela área específica de atuação e nos processos de trabalho em equipes multidisciplinares. Este artigo tem o objetivo de descrever o perfil sociodemográfico dos médicos que atuam na Estratégia de Saúde da Família (ESF) na Região Metropolitana do Recife (RMR). Para tanto, procedeu-se um estudo descritivo, com amostra de 76 médicos vinculados a dez municípios da RMR. Verificou-se certo equilíbrio na representatividade entre os gêneros na amostra (47,4% do gênero feminino) e alta concentração de profissionais com idade acima de 40 anos (76,3%). Em relação à formação profissional, 86,6% dos médicos entrevistados tem título de pós-graduação e 56,6% relataram ter renda superior a 12 salários mínimos. A maior parte das características sociodemográficas dos indivíduos pesquisados assemelha-se às encontradas em outros estudos, com médicos de outras regiões do país.
A inserção do profissional de Educação Física (PEF) no Sistema Único de Saúde (SUS) evidencia-se nas políticas e programas que possibilitam e demandam sua atuação. Nesse contexto, o presente estudo visou discutir aspectos relativos à formação, perfil e competências para a intervenção do PEF no âmbito do SUS, em especial no Programa Academia da Saúde (PAS), considerando a contribuição de diversos autores brasileiros quanto ao ensino ou à prática em Educação Física. Esta revisão da literatura analisou estudos produzidos no Brasil entre 1997 e 2013, investigando características de formação profissional, perfil e competências para atuação na área da saúde. A literatura revisada neste artigo apontou importantes avanços na formação em saúde, visando a integralidade e a superação do modelo biomédico. Entretanto, estudos realizados sobre a intervenção do PEF no SUS têm demonstrado divergências entre o perfil necessário e a formação no ensino superior. A atuação do PEF no SUS, e, especificamente no PAS, demanda o domínio de conteúdos teóricos, técnicas e vivências no campo da saúde coletiva, bem como a integração das instituições formadoras com os serviços de saúde, sobretudo por meio de canais permanentes de retroalimentação e discussão de problemas, avanços e necessidades.
Objetivo: Descrever os gastos com internações hospitalares por doenças relacionadas à inatividade física (DRIF) no Brasil em 2018. Métodos: Estudo descritivo, de corte transversal, cuja fonte de dados foi o Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde. Resultados: As internações por DRIF geraram um gasto de R$1.436.896.691,00 para o SUS, representando 10,49% do gasto com todas as internações. As doenças do aparelho circulatório provocaram um gasto de R$1.104.707.722,68; as internações por câncer de mama e de colón promoveram gastos de R$139.028.192,79 e R$100.418.450,53, respectivamente, e as internações por diabetes mellitus demandaram R$92.679.325,08 dos cofres públicos. Conclusão: Os gastos com internações por doenças relacionadas à inatividade física denotam a necessidade de (re)orientação das políticas públicas, sobretudo as de promoção da saúde, pois o aumento da prática de atividade física pode contribuir para a redução dos gastos com internações e permitir a realocação de recursos para outras ações em saúde.
Resumo O objetivo deste artigo foi avaliar o impacto do Programa Academia da Saúde sobre a mortalidade por Hipertensão Arterial Sistêmica no estado de Pernambuco, Brasil. Este estudo quase-experimental configura-se como uma avaliação de impacto de políticas públicas, desenvolvida através da aplicação do método do Pareamento por Escore de Propensão, nos anos de 2010 e 2017. Utilizou-se dados socioeconômicos, demográficos e epidemiológicos dos 89 municípios que implantaram o programa (tratados) e de outros 52 que não implantaram (controles). Os dados são oriundos do Departamento de Informática do SUS, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e outras bases. O impacto do programa foi estimado através de um modelo logit, com o uso do algoritmo de pareamento Kernel. Os municípios tratados tiveram uma diminuição global de 12,8% na taxa de mortalidade por hipertensão, de 12,5% entre as pessoas de cor parda e de 13,1% em maiores de 80 anos. O teste de balanceamento atesta a robustez do modelo para explicar o impacto do programa sobre a mortalidade. A implementação do programa se mostrou efetiva para diminuir a taxa de mortalidade nos municípios tratados, indicando que o mesmo parece estar contribuindo para controlar o avanço das doenças crônicas não transmissíveis.
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