Objetivo: Descrever os gastos com internações hospitalares por doenças relacionadas à inatividade física (DRIF) no Brasil em 2018. Métodos: Estudo descritivo, de corte transversal, cuja fonte de dados foi o Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde. Resultados: As internações por DRIF geraram um gasto de R$1.436.896.691,00 para o SUS, representando 10,49% do gasto com todas as internações. As doenças do aparelho circulatório provocaram um gasto de R$1.104.707.722,68; as internações por câncer de mama e de colón promoveram gastos de R$139.028.192,79 e R$100.418.450,53, respectivamente, e as internações por diabetes mellitus demandaram R$92.679.325,08 dos cofres públicos. Conclusão: Os gastos com internações por doenças relacionadas à inatividade física denotam a necessidade de (re)orientação das políticas públicas, sobretudo as de promoção da saúde, pois o aumento da prática de atividade física pode contribuir para a redução dos gastos com internações e permitir a realocação de recursos para outras ações em saúde.
Objetivou-se analisar, por meio do padrão espacial e temporal, o efeito da pandemia de COVID-19 na detecção de casos novos de tuberculose no Brasil. Trata-se de um estudo ecológico, que adotou a taxa média de detecção de casos novos de tuberculose no período pré-pandemia (2016 a 2019) e pandêmico (2020). Na análise espacial foi calculada a variação percentual da detecção para regiões brasileiras e estados e a razão de risco entre as taxas de detecção suavizadas, por meio do método empírico bayesiano local, para os municípios. A análise de tendência temporal foi realizada por meio da Regressão de Joinpoint, sendo o mês de detecção a unidade de análise. Observou-se a redução da taxa de detecção de tuberculose em todas as regiões brasileiras e em 81,5% dos estados. Aproximadamente 60,0% dos municípios apresentaram estabilização ou decréscimo das taxas de detecção. A análise temporal revelou que todas as regiões apresentavam, desde 2016, tendência de aumento de detecção de casos e que, sobretudo no primeiro semestre de 2020, foi identificada forte tendência a redução das taxas. A mudança da organização dos serviços de saúde impostos pela pandemia pode ter influenciado a subnotificação de casos e consequente redução das taxas de detecção da tuberculose.
Objetivou-se analisar, por meio do padrão espacial e temporal, o efeito da pandemia de COVID-19 na detecção de casos novos de tuberculose no Brasil. Trata-se de um estudo ecológico, que adotou a taxa média de detecção de casos novos de tuberculose no período pré-pandemia (2016 a 2019) e pandêmico (2020). Na análise espacial foi calculada a variação percentual da detecção para regiões brasileiras e estados e a razão de risco entre as taxas de detecção suavizadas, por meio do método empírico bayesiano local, para os municípios. A análise de tendência temporal foi realizada por meio da Regressão de Joinpoint, sendo o mês de detecção a unidade de análise. Observou-se a redução da taxa de detecção de tuberculose em todas as regiões brasileiras e em 81,5% dos estados. Aproximadamente 60,0% dos municípios apresentaram estabilização ou decréscimo das taxas de detecção. A análise temporal revelou que todas as regiões apresentavam, desde 2016, tendência de aumento de detecção de casos e que, sobretudo no primeiro semestre de 2020, foi identificada forte tendência a redução das taxas. A mudança da organização dos serviços de saúde impostos pela pandemia pode ter influenciado a subnotificação de casos e consequente redução das taxas de detecção da tuberculose.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.