Este estudo analisa o conhecimento dos agentes comunitários de saúde no controle da tuberculose e a autopercepção do seu nível de conhecimento e de sua importância no enfrentamento da doença, no Município de Vitória, Espírito Santo, Brasil. Tratou-se de um estudo de corte transversal. Um questionário semi-estruturado, auto-aplicável e pré-testado foi preenchido por 105 agentes comunitários de saúde randomicamente selecionados. A comparação das proporções entre os grupos formados pela estratificação por tempo de serviço foi realizada usando-se o teste qui-quadrado com nível de significância de 5%. A idade média foi de 34,5 (± 9,7) anos. Atuavam há três anos ou menos 66 agentes comunitários de saúde (62,9%). Observou-se que um maior tempo de atividade está relacionado com um aumento do nível de compreensão em torno da doença, bem como das atividades efetivamente realizadas no controle da tuberculose. Contudo, de maneira geral, os conhecimentos e as ações do agente comunitário de saúde mostraram-se muito falhos. Entende-se que com melhorias na educação permanente desses profissionais seria possível uma maior contribuição deles para o aumento da detecção de novos casos na comunidade e para maior adesão dos pacientes ao tratamento.
Estudo retrospectivo de perfil dos casos de TBMR do Espírito Santo, entre 2000 e 2004. Identificou-se 61 pacientes com TBMR, sendo a amostra composta por 57 casos, que tiveram seus prontuários revisados para obtenção das variáveis estudadas. Estimou-se como prevalência para a TBMR combinada 0,87% (0,66 - 1,13; IC95%). O teste anti-HIV foi feito em 78,9% dos casos, sendo 11,1% positivos. Investigando co-morbidades, destacaram-se etilismo e tabagismo. Encontrou-se 11 casos de resistência primária (RI) e 46 de resistência adquirida (RA), com média de 2,3 ± 1,3 tratamentos anteriores. Em 35,1% dos casos houve relato de contato prévio conhecido com doente de tuberculose, enquanto em 67,9% não houve ou nega-se ter havido. Dez pacientes (17,5%) foram tratados com o esquema de 1ª linha, 18 (31,6%) com o de 2ª linha e 27 (47,4%) com o de 3ª linha. Dezoito (31,6%) tiveram tratamento auto-administrado, e 39 (68,4%) supervisionado. Quanto ao desfecho, houve cura em 33 casos (71,7%), abandono em 7 (15,2%) e óbito em 5 (10,9%), 1 caso de falência e 11 (19,3%) estão em tratamento. Dos 10 casos encerrados de RI, 80% (8/10) foram curados, contra 69,4% (25/36) dos casos de RA. Concluímos que a prevalência de TBMR é baixa no ES. A cura foi alcançada em 70% dos casos. As co-morbidades podem ser importante fator interveniente para um desfecho satisfatório do tratamento. Os resultados enfatizam a necessidade de busca, diagnóstico e realização de TSA para identificação da RI e a supervisão do tratamento de todos os casos de tuberculose.
Objective: To evaluate the incidence of Mycobacterium tuberculosis infection, using tuberculin skin test, among community health agents (CHAs) monitoring TB patients in the city of Cachoeiro de Itapemirim, Brazil. Methods: We included 30 CHAs acting in the Family Health Program and 30 of their family members residing in the same household. The tuberculin skin test results of each CHA were compared with those of the corresponding family member. Results: Of the 30 CHAs, 27 (90.0%) were female, compared with 23 (76.7%) of the 30 family members (p = 0.299). The mean age of the CHA group and of the family member group was, respectively, 36.8 and 39.7 years. No statistically significant difference was found between the groups regarding the level of education.Regarding M. tuberculosis exposure, the same number of participants in the two groups reported having known or had contact with a TB patient (17 individuals; 56.7%). There was a statistically significant difference regarding positive tuberculin skin test results (26.7% in the CHA group and 3.3% in the family member group; p = 0.011).Conclusions: M. tuberculosis infection was significantly higher among CHAs than among their family members, fueling the debate on the occupational risk involved in the activities of these professionals. grupos afirmou conhecer ou já ter tido algum contato com paciente com TB (17 indivíduos; 56,7%). Houve diferença estatisticamente significativa quanto ao resultado positivo da prova tuberculínica nos dois grupos (26,7% no grupo ACS e 3,3% no grupo de familiares; p = 0,011). Conclusões: A infecção por M. tuberculosis entre os ACS foi significativamente maior que entre seus familiares, e isso contribui para o debate em torno do risco ocupacional envolvido nas atividades destes profissionais.
RESUMORealizou-se um estudo ecológico com a análise da distribuição espacial dos 979 novos casos de tuberculose entre 2000 e 2005. Utilizou-se o Método Bayesiano Empírico Local para estimação do risco. O Índice de Moram Local foi calculado para avaliação das autocorrelações entre as incidências de bairros limítrofes. Observou-se que a tuberculose distribui-se heterogeneamente entre os bairros, sendo possível identificar regiões com alto risco de adoecimento. Palavras-chaves:Tuberculose. Prevenção. Distribuição espacial. Vigilância epidemiológica.Vigilância epidemiológica. ABSTRACTWe carried out an ecological study in which the spatial distribution of 979 new tuberculosis cases between 2000 and 2005 were analyzed. The risk was estimated using the local empirical Bayesian method. The local indicators of spatial association were calculated to evaluate autocorrelations of incidence between adjoining districts. We found that the tuberculosis cases were heterogeneously distributed between districts, and it was possible to identify regions in which there was a high risk of becoming ill. No Espírito Santo, a endemia apresenta uma incidência de 39,4 casos novos para cada 100 mil habitantes, tendo oito de seus municípios considerados prioritários para o Programa Nacional de Controle da Tuberculose (PNCT), dentre os quais o município de Vitória 9 . Por sua posição central no contexto político-econômico estadual, Vitória convive com grandes desigualdades sociais, o advento da AIDS e o envelhecimento populacional 13 . KeyEntendendo que o controle efetivo da endemia da TB fundamentam-se na interrupção da sua cadeia de transmissão na comunidade, os programas de controle da doença vêm atuando segundo duas perspectivas: a da atenção individualizada aos pacientes e seus contactantes e a vigilância em saúde dos agrupamentos populacionais 5 . Nesta segunda perspectiva do controle, tem-se buscado compreender a ocorrência da doença num nível ampliado, onde indivíduos e espaço social interagem na produção de locais que propiciam diferenciados riscos de adoecimento, alterando substancialmente a programação de suas ações bem como a sua operacionalização 4 .Recentemente, um estudo realizado na Cidade de Recife, PE, utilizou técnicas de geoprocessamento para definir, entre as variáveis estudadas, aquelas caracterizadoras de situações de risco que atuavam sobre determinados locais e capazes de definir a sua distribuição espacial. Neste mesmo trabalho, demonstrouse a necessidade de produção de dados básicos e consistentes a cerca dos casos da doença tanto para caracterizar a distribuição
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