RESUMO JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A angústia diante do morrer e o maior tempo de permanência dos pacientes críticos nas unidades de terapia intensiva (UTI) são fatores que têm levado a necessidade da melhoria da comunicação entre todos os envolvidos no tratamento desses enfermos, o que justifica esse trabalho, que visa a abordagem desse tema. CONTEÚDO: Foi utilizada a experiência da autora e foram revisados, através da MedLine, do UptoDate, do Google e da Revista Brasileira de Terapia Intensiva, os artigos escritos, nos últimos cinco anos, abordando os temas morte, comunicação, UTI. CONCLUSÕES: A adequada comunicação entre o médico, o paciente, seus familiares e a equipe multiprofissional da UTI é um dos principais fatores que interferem na satisfação, tanto dos pacientes quanto dapacientes quanto daquanto daqueles que trabalham nessa unidade. Para a adequada informação o médico intensivista deve ter a conscimédico intensivista deve ter a consciência dos seus limites terapêuticos curativos e deve aprender a tratar do paciente durante o processo do morrer. Dessa forma sentir-se-á seguro para falar sobre a morte.
II Fórum do "Grupo de Estudos do Fim da Vida do Cone Sul": definições, recomendações e ações integradas para cuidados paliativos na unidade de terapia intensiva de adultos e pediátricaII Forum of the "End of Life Study Group of the Southern Cone of America": palliative care definitions, recommendations and integrated actions for intensive care and pediatric intensive care units INTRODUÇÃO Embora as unidades de terapia intensiva (UTIs) sejam destinadas a prestar atendimento a pacientes instáveis do ponto de vista clínico, mas com potencial de recuperação, muitos doentes morrem nessas unidades por falência de múltiplos órgãos. Por outro lado, alguns pacientes, vítimas de enfermidades crônico-degenerativas, são internados em UTI por apresentarem intercorrências agudas de suas patologias. Esses fatos geram dilemas éticos no que concerne ao adequado tratamento a ser fornecido ao paciente crítico com doença terminal e às políticas de alocação de recursos. Visando a otimização do tratamento dos doentes críticos terminais, foi desenvolvido no ano de 2009 por membros das Sociedades Argentina, Uruguaia e Brasileira de Medicina Intensiva, um algoritmo (Figura 1). (1) Apesar de que a maioria dos pacientes e de seus familiares afirme que a colaboração interdisciplinar é essencial para o adequado tratamento no final da vida, as decisões sobre esse tratamento são, na sua maioria, tomadas pelos médicos através de um modelo paternalista de relacionamento médico -paciente. Questões culturais influem na tomada dessas decisões. (2) Entretanto, cada vez mais tem sido estimulado o debate sobre o tema, com uma crescente importância à autonomia do paciente, tanto em âmbito legal (Código Civil, artigo 15), quanto ético (3) ou prático/cultural, (4,5) tornando dinâmicos os conceitos pré-estabelecidos. Corrobora com essa afirmação as mudanças ocorridas no Código de Ética Médica Brasilei-
Objective:To learn the perception of health professionals in an Intensive Care Unit towards palliative care. Method: This was a descriptive and qualitative study based on the converging care approach conducted at an intensive care unit in the South of Brazil. Semistructured interviews were used to investigate the understanding of the professionals about palliative care in this unit. The data were organized and analyzed using the discourse of the collective subject method with the help of Qualiquantisoft® software. Results: Participants included 37 professionals (12 nurses, 11nursing technicians, 5 physical therapists and 9 doctors). The key ideas extracted from the interviews were: care in the end stage of life that avoids futile measures; comfort care; lack of standardized care and lack of team training. Conclusion: The professionals perceived palliative care as appropriate in the last stages of life, with no need for futile treatment or as comfort measures. However, they are aware of the lack of standardization and lack of capacity building in this area, which leads them to conceive palliative care as terminal care, and measures are recommended to break with this stigma.
Resumo Este estudo investigou o conhecimento que 55 pacientes com doenças terminais tinham sobre seu diagnóstico, prognóstico e a possibilidade de registrar seus desejos no final de vida sob a forma de diretivas antecipadas de vontade. Dos sujeitos da pesquisa, apenas um as havia registrado, e três deles, após diálogo com a pesquisadora, manifestaram interesse em formalizá-las. Os demais declararam não ter tido oportunidade de conversar sobre o tema. As decisões sobre o final da vida do enfermo invariavelmente evidenciam a subestimação de diálogo esclarecedor entre médico e paciente. Os dados do estudo sugerem que as diretivas antecipadas, embora façam parte do respeito à autonomia de vontade dos pacientes com doenças terminais, estão longe de serem efetivadas na prática, o que leva à necessidade de melhorar a comunicação entre médicos e pacientes sobre o processo de terminalidade da vida.
RESUMO Objetivo Identificar preditores de óbito na Unidade de Terapia Intensiva e relacionar pacientes elegíveis para cuidados paliativos preferenciais. Método Coorte prospectivo que avaliou pacientes internados por mais de 24 horas, subdivididos em G1 (pacientes que morreram) e G2 (pacientes com alta hospitalar). Para a identificação dos fatores preditores para o desfecho óbito, foi feita ao médico intensivista a “pergunta-surpresa” e foram coletados dados clínico-demográficos dos pacientes. Os dados foram analisados por estatística descritiva/inferencial (significante p<0,05). Resultados Foram avaliados 170 pacientes. A resposta negativa à “pergunta-surpresa” foi relacionada ao desfecho óbito. Houve maior possibilidade de óbito (p<0,05) entre os pacientes mais velhos, mais frágeis, com menor funcionalidade, com insuficiências cardíaca e/ou renal crônicas ou insulto neurológico agudo não traumático, com falência multiorgânica por mais de 5 dias, internados por mais tempo. Conclusão Preditores de óbito foram relacionados à avaliação subjetiva do médico, à condição clínica do paciente, às doenças de base, à gravidade da doença aguda e à evolução da doença crítica. Sugere-se que pacientes com dois ou mais critérios preditores recebam cuidados paliativos preferenciais.
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