OBJETIVOS: calcular alguns indicadores de processo para a assistência pré-natal prestada às gestantes em serviços públicos de Salvador, Bahia. MÉTODOS: estudo quantitativo desenvolvido em Salvador, a partir de registros do atendimento pré-natal das unidades de saúde que aderiram ao Programa de Humanização no Pré-natal e Nascimento (PHPN), mantinham cadastramento de gestantes e produziam informações regulares para o SISPRENATAL no ano de 2002. Os dados foram obtidos através da Coordenadoria de Regulação e Avaliação (CRA) da Secretaria Municipal de Saúde e teve como base o ano de 2002. Os dados foram processados através de software estatístico e apresentados em freqüências simples. RESULTADOS: a partir dos indicadores investigados, identificou-se uma cobertura de assistência pré-natal nas unidades de saúde de 14,2%, correspondendo a 6044 gestantes atendidas nessas unidades. Deste total, 37,8% foram inscritas no PHPN. Dentre as gestantes inscritas no PHPN, 33,5% receberam a dose imunizante ou a dose de reforço da vacina antitetânica, e 17,6% foram submetidas ao teste anti-HIV. CONCLUSÕES: durante o ano de 2002, a assistência pré-natal em Salvador, prestada no âmbito do PHPN, apresentou baixa cobertura de consultas pré-natais nas unidades de saúde, assim como, baixa cobertura de vacinação antitetânica e de teste anti-HIV. Apesar do PHPN ter por finalidade a redução da mortalidade materna e neonatal, suas medidas não abrangeram a maior causa de morte materna em Salvador: o aborto.
A discriminação racial pode influenciar o funcionamento dos serviços de saúde e as relações entre profissionais e usuários(as) e pode ser reproduzida, imperceptivelmente, através do modo como as pessoas do entorno são tratadas. Este estudo teve como objetivo descrever a percepção de mulheres acerca da discriminação racial nas práticas de cuidado em saúde reprodutiva. Trata-se de um estudo exploratório-descritivo, com abordagem qualitativa. As informações foram coletadas numa Unidade Básica de Saúde de Salvador-BA, em 2010, por meio de entrevista semiestruturada, realizada com 25 mulheres. Para análise dos discursos utilizou-se a técnica de análise temática. A análise revelou situações de discriminação vivenciadas/presenciadas pelas mulheres nos serviços de saúde reprodutiva e o reconhecimento da discriminação relacionada à raça/cor e à classe social. Apesar de haver percepção da discriminação racial, as mulheres apresentaram dificuldade em reconhecer que sofriam tais práticas, evidenciando a naturalização das desigualdades raciais no cuidado em saúde reprodutiva.
Objetivo: analisar as boas práticas adotadas na atenção à mulher e ao recém-nascido, em uma maternidade pública baiana, apoiada pela Rede Cegonha. Método: estudo descritivo com abordagem quantitativa, do tipo retrospectivo, a partir de dados secundários. A pesquisa documental foi realizada em prontuários de 337 mulheres, em setembro de 2015. O projeto obteve a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da organização hospitalar, com o parecer consubstanciado nº 1.185.928/2015. Resultados: as mulheres do estudo predominaram entre 20 a 35 anos, a maioria negra e parda, com ensino médio e primípara. Identificou-se o uso das seguintes boas práticas: presença de acompanhante (79,2%), métodos não farmacológicos para o alívio da dor (23,1%), contato pele a pele imediato (51,6%) e amamentação na sala de parto (38%). A maioria dos partos (95,3%) foi assistida por médicos. Conclusão: dentre as boas práticas analisadas, apenas a presença de acompanhante e o contato pele e pele ocorreu com a maioria das mulheres. As demais apresentaram baixa adesão. É preciso empenho da organização e da equipe para que as boas práticas sejam efetivamente adotadas.ABSTRACTObjective: to analyze good practices adopted in caring for the woman and the newborn in a public hospital from Bahia supported by Brazilian Rede Cegonha. Method: it is a descriptive and retrospective study with a quantitative approach, based on secondary data. The documental research used the medical records of 337 women, on September 2015. The study was approved by the Research Ethics Committee of the hospital (registered as number 1185928 / 2015). Results: the predominant women in the study were 20 to 35 years old, afrodecendents, with high school education and in the first parturition. It was identified the use of the following good practices: the presence of companion (79,2%), non-pharmacological methods of pain relief (23,1%), immediate skin-to-skin contact (51,6%) and breastfeeding in the delivery room (38%). Most of parturition (95,3%) were assisted by doctors. Conclusion: among the good practices analyzed, only the presence of companion and skin to skin contact occurred with the majority of women. The others had low adherence. It is necessary the commitment from the organization and the team in order to make good practices effectively adopted.RESUMENObjetivo: analizar las buenas prácticas adoptadas en el cuidado de la mujer y el recién nacido en un hospital público de Bahía apoyado por la Rede Cegonha. Método: es un estudio descriptivo y retrospectivo con enfoque cuantitativo, basado en datos secundarios. La investigación documental utilizó los registros médicos de 337 mujeres, en septiembre de 2015. El estudio fue aprobado por el Comité de Ética en Investigación del hospital (registrado como número 1185928/2015). Resultados: las mujeres predominantes en el estudio fueron de 20 a 35 años, afrodescendientes, con educación secundaria y en el primer parto. Se identificó el uso de las siguientes buenas prácticas: presencia de acompañante (79,2%), métodos no farmacológicos de alivio del dolor (23,1%), contacto inmediato piel a piel (51,6%) y lactancia materna en la sala de partos (38%). La mayoría de los partos (95,3%) fueron atendidos por médicos. Conclusión: entre las buenas prácticas analizadas, solo la presencia del compañero y el contacto piel con piel ocurrió con la mayoría de las mujeres. Los otros tenían poca adherencia. Es necesario el compromiso de la organización y el equipo para hacer que las buenas prácticas se adopten efectivamente. DOI: http://dx.doi.org/10.12957/reuerj.2017.26442
<p>Objetivo: analisar a produção científica de profissionais de saúde sobre as práticas de humanização no trabalho de parto e parto. Metodologia: revisão integrativa de literatura realizada nas bases de dados SciELO e LILACS no mês de maio de 2016 com os descritores: “parto”, “parto humanizado”, “salas de parto”, “hospitais”, “hospitalizações”, “maternidade”, “assistência hospitalar”, “humanização da assistência” e “gestantes”. O recorte temporal foi de 2011 a 2015. Foram selecionados 21 artigos. Resultados: o cuidado humanizado prestado à parturiente esteve relacionado às práticas assistenciais e à dimensão subjetiva relacional. Conclusão: as práticas de humanização realizadas com a parturiente no ambiente hospitalar coadunam-se com a Política Nacional de Humanização e com as recomendações de boas práticas de atenção ao nascimento da Rede Cegonha dispensadas às mulheres no trabalho de parto e parto, iniciativas relevantes e capazes de agregar qualidade ao processo de parturição.</p><p>Descritores: Parto. Humanização da assistência. Gestante</p>
OBJECTIVE: To analyze prenatal care quality indexes of public health services in Salvador, Bahia following the implementation of the Prenatal and Birth Humanization Program (PBHB). METHODS: This quantitative descriptive study was conducted in primary care units in Salvador that adopted the Prenatal and Birth Humanization Program. RESULTS: Few pregnant women registered in the Prenatal and Birth Humanization Program had the benchmark of six prenatal consultations (9.76%). More than half of these registered pregnant women received all basic exams. However, only few women received puerperal consultations (5.66%), which conclude their maternal care. CONCLUSION: Prenatal care in Salvador, carried out through the Prenatal and Birth Humanization Program in 2002, had a low performance in basic exams, and in prenatal and puerperal consultations.
Objetivo: estimar uma magnitude dos indicadores de um alerta pré-natal e uma relação entre o Ãndice de adequação pré-natal e a raça / cor das mulheres. Método: estudo transversal de base populacional realizado com dados da Pesquisa Nacional de Saúde. Realizou-se uma análise bivariada por modelo multinomial usando-se odds ratio (OR) como medida de associação, e seus respectivos Ãndices de confiança de 95%. Resultados: a prevalência global de pré-natal foi de 10,8%. A adequação do pré-natal se tornou baixa tanto para o grupo de mulheres brancas como para as negras, 15,51% e 8,56%, respectivamente; noberior o conjunto positivo entre o negro e o ter pré-natal reduzido. Discussão: embora tenha havido Uma Crescente inclinação , QUANDO OS Aspectos Relacionados à adequação da Educação diminuÃram significativamente Neste percentual. Conclusão: mulheres negras têm menor chance de realizar pré-natal adequado. Descritores: Cuidado pré-natal; desigualdades em saúde; saúde pública
Resumo Esta investigação teve como objetivo caracterizar as mulheres que realizaram o pré-natal no Brasil segundo raça/cor e variáveis sociodemográficas e verificar associação entre os indicadores de processo do cuidado no pré-natal e a raça/cor das mulheres. Estudo transversal de base populacional empreendido com dados da Pesquisa Nacional de Saúde de 2013. Realizou-se análise bivariada mediante modelo de regressão logística multinível, estimando-se as odds ratio para medir a associação entre os indicadores de processo do cuidado pré-natal adequado e raça/cor das mulheres e verificando os respectivos intervalos de confiança de 95%. Os achados evidenciaram que mulheres negras possuem menor chance de iniciar o pré-natal antes das 12 semanas de gestação, ter seis ou mais consultas, realizar teste de HIV, exame VDRL e receber orientações referentes aos cuidados na gestação e parto. Identificamos desigualdades na atenção à saúde das mulheres brasileiras atendidas no pré-natal relacionadas à raça/cor e a outras características sociodemográficas. Conclui-se que ser negra e ocupar lugares sociais desfavoráveis acarretam desvantagens para as mulheres quanto ao acesso a um pré-natal considerado adequado segundo os critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde do Brasil.
The study aimed to characterize women that attended prenatal care in Brazil according to ethnicity/skin color and sociodemographic variables and to verify the association between the indicators of the prenatal care process and the women’s ethnicity/skin color. This was a population based, cross-sectional study carried out with data from the National Health Survey of 2013. A bivariate analysis was performed using the multilevel logistic regression model, estimating the odds ratio and the respective 95% confidence intervals to test the association between the indicators of the adequate prenatal care process and the women’s ethnicity/skin color. The findings showed that black women have a lower chance of starting prenatal care before 12 weeks of gestation, having 6 or more consultations, performing the HIV test, performing the VDRL exam or receiving advice related to care during gestation and childbirth. Inequalities were identified in the healthcare of Brazilian women during prenatal care, related to ethnicity/skin color and other sociodemographic characteristics. It was concluded that being of black ethnicity and living in a socially disadvantaged area entails disadvantages for women regarding access to a prenatal care considered to be adequate according to the criteria established by the Brazilian Ministry of Health.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
334 Leonard St
Brooklyn, NY 11211
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.