Resumo Diabetes é uma doença que não pode ser curada, mas gerenciada, e seu gerenciamento é visto como uma estratégia para contornar suas consequências desagradáveis em diversas situações de vida. Este trabalho tem por objetivo compreender como ocorre o processo de gerenciamento do diabetes mellitus 2 por profissionais e usuários acometidos por essa condição. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, com delineamento observacional e explanatório, que contou com a participação de profissionais de saúde e usuários atendidos por eles, todos da atenção primária à saúde. As informações foram coletadas mediante entrevista semiestruturada e interpretadas usando Análise de Discurso. Para os informantes, os aspectos alimentares são os mais difíceis de lidar. O discurso dos profissionais aponta para práticas alimentares flexíveis, mas os usuários compreendem as orientações como proibições. A alimentação representa um grande desafio tanto para profissionais quanto para usuários, visto que ambos precisam considerar as práticas de gerenciamento como parte do cuidado.
This article aimed to carry out a scoping review of the literature to understand the formal experiences of social participation that have been developed in the context of the Brazilian Primary Health Care (PHC), since the creation of the Brazilian National Health System (SUS) until November 2020. The databases LILACS, PubMed, PsycINFO, and Sociological Abstracts were searched, and 20 articles were included that described the social participation in the context of PHC. The results found were discussed regarding the profile of the participants and the competence to participate, the process of participation and the building of participatory actions, and the centrality of permanent education as a way to strengthen social participation in health. The research revealed distinct experiences of social participation developed in the territories where the PHC operates, highlighting the difficulties faced in the process of implementing the Local Health Councils (LHC). Thus, it is understood that strengthening the PHC, especially the Family Health Strategy (FHS) model, involves, in a dialectical way, the construction and the qualification of participatory spaces, which would result in a central strategy to defend the SUS at this time of resurgence of democratic relations in Brazil.
Resumo O presente artigo objetiva realizar uma revisão de escopo da literatura, com o intuito de compreender as experiências formais de participação social que tem sido desenvolvidas no contexto da Atenção Primária em Saúde (APS) no Brasil, desde a criação do Sistema Único de Saúde (SUS) até novembro de 2020. Foram realizadas pesquisas nas bases Lilacs, PubMed, PsycINFO e Sociological Abstracts, sendo achados 20 artigos abordando a participação social e a APS. Os resultados encontrados foram discutidos no que se refere ao perfil dos participantes e à competência para participar, ao processo de participar e à construção de ações participativas, além da centralidade da educação permanente como forma de fortalecer a participação social em saúde. A pesquisa revelou distintas experiências de participação social desenvolvidas nos territórios onde atua a APS, destacando-se as dificuldades enfrentadas no processo de implementação dos Conselhos Locais de Saúde (CLS). Sendo assim, discute-se que o fortalecimento da APS, principalmente do modelo Estratégia Saúde da Família (ESF), envolve, de modo dialético, a construção e qualificação dos espaços participativos, o que resultaria em uma estratégia central de defesa do SUS em um momento de recrudescimento das relações democráticas no país.
Objetivo: caracterizar as produções científicas sobre a segurança do paciente na Atenção Primária à Saúde (APS). Metodologia: Revisão de Escopo que identificou estudos no PubMed, Scopus e BVS, tendo como descritores indexados: "primary health care" e "patient safety", associados através do operador booleano AND. Foram selecionados 72 artigos originais, publicados na íntegra, nos últimos 5 anos, nas línguas inglesa, espanhola e portuguesa. Resultados: artigos publicados entre 2014 e 2019, em sua maioria quantitativos, cujos sujeitos de pesquisa eram profissionais de saúde. Três temas foram identificados: implementação de medidas para melhorar a cultura de segurança do paciente, descrevendo atendimento em equipe, design de fluxo de trabalho, treinamento e remuneração adequados de profissionais, implementação de oficinas, instruções claras e adequadas nas prescrições médicas e um plano de crise; ameaças para a efetivação da segurança do paciente, destacando uso inadequado de medicamentos, erros na tomada de decisão clínica e má comunicação; e percepção sobre a cultura de segurança do paciente, trazendo a experiência dos profissionais como característica definidora. Conclusão: para maior efetividade a implementação e o fortalecimento da cultura da segurança do paciente na atenção primária deverão ter como foco as práticas dos profissionais e a transformação das condições organizacionais que as determinam.
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