Uma coletânea plural, pautada sobre uma miríade de olhares, possibilidades e perspectivas, por intermédio de autoras que partem de múltiplos saberes, como o Direito, a Antropologia, o Serviço Social e as Ciências da Saúde, os quais, em alguma medida, se entrecruzam, reverberam e contribuem entre si – e para além de si, com o objetivo de lançar luz aos desafios dos feminismos nesta era pós-democrática tão complexa, representada, sobretudo, e infelizmente, pela centralidade da lógica mercantil e pelo parco apreço – ou completo desapreço – aos direitos humanos e à democracia substancial.
O tráfico de mulheres para fins de exploração sexual é uma realidade que atinge milhares de pessoas no mundo todos os anos. Alguns fatores têm se apresentado nesse contexto como catalisadores dessa modalidade de crime, sendo um deles apontado pela Organização das Nações Unidas (ONU) como os conflitos armados, pois forçam fluxos migratórios e agravam a vulnerabilidade social da população que vive nessa situação. Nesse sentido, o objetivo geral deste artigo é refletir sobre a incidência do tráfico de mulheres em conjunturas de conflitos armados. Aspectos referentes à desigualdade e violência de gênero foram abordados, uma vez que estão diretamente relacionados com o tráfico de mulheres. A metodologia adotada compreende uma abordagem qualitativa, tendo em vista que as informações são de natureza majoritariamente subjetiva. Privilegiou-se a pesquisa bibliográfica e documental para debater as categorias propostas e aprofundar o tema. Identificou-se que a desigualdade de gênero fomenta práticas de violência contra a mulher, promovendo graves violações de direitos humanos, sendo uma das expressões dessa realidade o tráfico de mulheres para fins de exploração sexual. Os conflitos armados, que têm eclodido com muito mais frequência nos últimos trinta anos, acentuam diversas situações de pressão econômica, falta de oportunidades laborais e educacionais, impulsionando várias práticas violatórias de direitos humanos, como a violência sexual e o tráfico de mulheres e meninas para fins de exploração sexual.
de graduações nas áreas do Direito e da Filosofia. Atua principalmente como professor universitário em algumas instituições no Brasil e desenvolve estudos interdisciplinares que abrangem, dentre outras categorias, o escopo do racismo e as suas raízes histórico-estruturais.Na pesquisa publicada sob o título de Racismo estrutural, Almeida apresenta, de modo criativo e inovador, o racismo não apenas como uma manifestação concernente à esfera individual e institucional, mas especialmente a partir de complexas relações de poder que se reinventam num macroprocesso histórico e sistêmico, capaz de se manter hegemônico na organização política e econômica da sociedade contemporânea. As consequências desse movimento refratam em desigualdades e violências hodiernas que, apesar dos avanços legais e democráticos, continuam a hierarquizar a humanidade a partir da racialização. Conforme reforça o intelectual, "Pessoas racializadas são formadas por condições estruturais e institucionais." (Almeida, 2020, p. 64).Para demarcar esse racismo estrutural, o intelectual questiona as concepções construídas por interpretações equivocadas desse racismo, por vezes percebido como um fenômeno de orientação individual ou institucional. Essa classificação, dada por Almeida, tem por objetivo esclarecer o leitor, de modo didático, sobre as nuances e limitações dessas percepções e sobre a importân-
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.