Partant d'une définition du modèle d'organisation comme «référentiel » dont la propriété est d'articuler représentations cognitives et schémas types d' organisation sociale, P. Veltz et P. Zarifian proposent ici une contribution originale à la question du post-taylorisme. Loin de plaider pour l'unité d'un nouveau modèle en gestation, la thèse d'un changement structurel profond, défendue par les auteurs, met l'accent sur la diversité, l'hétérogénéité, voire l'indétermination des formes de travail de demain. Elle prend appui sur l'analyse d'une triple crise - du concept d'opération, des modèles de coopération et d' innovation - propres à l'axiomatique taylorienne. Elle soumet à débat deux notions, placées au cœur des modèles émergents : l'événement et la communication.
O modelo japonês de organização e de relações industriais se tornou uma referência sistematicamente utilizada pelos meios patronais dos países ocidentais. As razoes desse interesse, na verdade, desse entusiasmo, são fáceis de entender: a produtividade japonesa surpreende, sua competitividade preocupa, seu grau de eficiência intriga.Porém, existe um risco, o do modelo japonês ser visto de forma truncada: um conjunto de receitas, na verdade, de princípios de administração, totalmente isolados de seu contexto, de sua história e das contradições sociais no cerne das quais foram gerados.Gostaríamos de tentar fornecer um esclarecimento sobre o modelo japonês, visto do ângulo da realidade social japonesa, sem dissimular o interesse representado pelo alto grau de eficiência econômica atingido por suas grandes empresas, mas acentuando o preço que se paga por essa eficiência e as crescentes contradições do modelo.Uma força incontestável: a dinâmica da competência tecnológica no Japão 1. Da assimilação ao autodesenvolvimento da inovação tecnológica: uma trajetória particular.Partiremos de uma idéia central, expressa por Afonso Fleury (1): "a indústria japonesa adotou uma trajetória particular de desenvolvimento de sua competência tecnológica que permitiu fazer emergir novos princípios de eficácia industrial".Propositalmente, falaremos primeiro de tática de competência tecnológica e não simplesmente de tecnologia. Muito freqüentemente, associamos esta última a um conjunto de técnicas, de máquinas, de sistemas mais ou menos sofisticados, concebidos pelos pesquisadores e engenheiros e aplicados nas fábricas.
O tempo do trabalho o tempo-devir frente ao tempo espacializado
PHILIPPE ZARIFIAN PALAVRAS-CHAVE:sociologia do trabalho, tempo espacializado, tempo-devir.
RESUMO:Este artigo investiga a questão da produtividade do trabalho sob o prisma da interioridade recíproca entre o tempo e o trabalho. Essa interioridade revela, no plano conceitual, o enfrentamento entre duas concepções do tempo: o tempo espacializado, quantitativo e físico, medido pela sucessão de instantes materializados no relógio; e o tempo-devir, qualitativo e psicológico, entendido como duração, na qual há um ímpeto permanente da totalidade do passado em direção ao futuro. Esses tempos apresentam frente ao trabalho modos diferentes de manifestação social: o tempo espacializado se manifesta como disciplina e regulação dos atos de trabalho e o tempo-devir como mobilização da experiência passada e antecipação do porvir. Mostra-se, finalmente, que, embora estejam necessariamente vinculados ao trabalho, sendo ambos produtos sociais efetivos, existe um desequilíbrio claro na manifestação dos dois tipos de tempo.Diretor de pesquisas junto ao LATTS -ENPC,
O presente artigo origina-se da apresentação feita, sob o mesmo título, pelo professor Philippe Zarifian no Workshop Internacional "Para onde caminham as organizações?", promovido pelo Departamento de Engenharia de Produção da Escola Politécnica da USP em agosto de 1994. O autor é Diretor de Pesquisas no LATTS/ENPC (Laboratoire Techniques, Territoires et Sociétés, da École Nationale des Ponts et Chaussées) e professor titular na Université de Marne la Vallée. O artigo aborda os sistemas de gestão da empresa industrial, particularmente os de gestão econômica, e as novas necessidades decorrentes do surgimento e da adoção de novos modelos de organização da produção. Considerando que, nas atuais empresas industriais, as características de desempenho estão sofrendo radical mudança, o autor procura traçar um quadro preciso dessas transformações, mostrando que os sistemas tradicionais de gestão - baseados na contabilidade analítica e moldados de acordo com a lógica clássica de organização - não correspondem às novas exigências quanto ao desempenho e não se coadunam com o tipo de organização que vem sendo implementado. A originalidade da contribuição do autor consiste em associar organização e gestão, pondo em foco a necessidade de se instaurar uma nova coerência entre estrutura de organização e sistema de gestão.
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