A região amazônica constitui uma provín-cia fitogeográfica bem individualizada, e é caracterizada pela fisionomia, isto è pela paisagem apresentada pela floresta tropical úmida de grande biomassa e heterogeneidade. Outra de suas características é a grande variação de local para local e essa variação é tanto-maior quanto mais se distanciam as áreas entre si.Até o momento, são conhecidas 130 famí-lias de Dicotiledóneas e 31 de Monocotiledô-neas ocorrentes na região. Apenas as Dialypetalanthaceae, Duckeodendraceae e Rhabdodendraceae, famílias pequenas com poucas espé-cies, estão confinadas à Amazônia. Outras 13 famílias de Dicot. e 5 de Monoc. são neotropicais e algumas possuem o centro de distribuição na Amazônia. Isto mostra que a sua vegetação foi amplamente derivada de outras áreas (Prance, 1978). 0 número de gêneros de Angiospermas endêmicos na Amazônia é pequeno se comparado com sua grande área, entretanto em ní-vel específico, o quadro se modifica, pois a maioria das espécies está confinada à Amazô-nia.As alterações climáticas no Pleistoceno e, posteriormente, a ocupação de vários tipos de biótopos, permitiram isolamento e divergência com a conseqüente evolução de sua flora.Prance (1977a) baseado em dados de distribuição das famílias Chrysobalanacéae, Caryocaraceae, Dichapetalaceae, Connaraceae, Lecythidaceae, na sua maioria, com centro de distribuição na Amazônia, discutiu alguns dos sistemas anteriores de subdivisão fitogeográfi-ca desta região (Ducke & Black, 1954; Rizzini, 1963) e propôs o modelo que se segue (Mapa 1).1 -Costa Atlântica -começa no oeste, no delta do Orinoco, estendendo-se através da parte norte das Guianas, nos limites orientais da Amazônia, no Maranhão e oeste do rio Xingu.2 -Jari/Trombetas -demarcado pelo rio Javari, ? no leste, limites dos Estados do Amazonas e Pará, no oeste, e rio Amazonas, no sul.3 -Xingu/Madeira -delimitado ao norte pelo rio Solimões e leste do Amazonas em Tefé, ao sul pelo Planalto Central do Brasil, a leste pelo rio Xingu e a oeste pela base do rio Purus, no sul de Lábrea.4 -Roraima/Manaus -subdividida em duas, para distinguir a grande savana de Roraima que se estende na Guiana.a -Roraima -a floresta qúe limita as " savanas é diferente da encontrada no sul da Amazônia. b -Manaus -área de grande número de endemismos com espécies até agora, pelo menos, confinadas aí.5 -Noroeste/Alto Rio Negro -formada pela base do rio" Negro a oeste de Barcelos, indo até aos limites do Brasil com a Colômbia e a Venezuela.6 -Solimões/Amazonas Ocidental -base dos rios Solimões, Japurá e Putumayo.
RESUMO Neste trabalho, estudou-se a taxonomia, distribuição geográfica, fenologia e biologia floral das Orchidaeeae da Reserva Biológica de Campina, estrada Manaus-Caracaraí, km 62. Apresentou-se também, uma tabela comparativa de todas as orquídeas já coletadas ou citadas das campinas da Amazônia Central. Coletou-se Bulbophyllum correae Pabst pela primeira vez fora do local da descrição original e indicou-se Ornithidium parviflorum (Poepp. & Endl.) Rchb, f. como nova para o Estado do Amazonas. Os espectros fenológicos aos espécies da campina estudada foram bastante variáveis, estando dispersos pelos 12 meses do ano. A maioria das síndromes de polinização das plantas da Reserva Biológica mostrou-se adaptada aos Hymenoptera; a seguir vieram os Lepidoptera, os Diptera e os Trochillidae. Rodriguezia secunda H.B.K. foi anteriormente reportada como sendo polinizado por Trochillidae. Neste estudo, observou-se Heliconius hermanthena (Hewitson) (Lepidoptera) como o real polinizador na área.
-(Reproductive biology of Pseudolaelia corcovadensis Porto & Brade (Orchidaceae): melittophyly and selfcompatibility in a basal Laeliinae). The floral biology, mating systems and phenology of Pseudolaelia corcovadensis (Orchidaceae), in the "Estação de Pesquisa e Desenvolvimento Ambiental de Peti", São Gonçalo do Rio Abaixo, Minas Gerais state was studied. This species flowers from April to September, with a higher availability of flowers in June and July. The flowers are dark-pink, strongly zygomorphic, and have osmophores and nectar-guides absorbing ultraviolet light. However, the flowers of P. corcovadensis do not present nectar and are pollinated by Bombus (Fervidobombus) atratus Franklin, 1913 (Hymenoptera: Apidae) by deceit. Apparently, the flowers do not form a model-mimic pair with other species in the community, but mimic a generalized melittophilous food-flower. As a consequence, visits are very rare and fruit set is low (18%). Pseudolaelia corcovadensis is self-compatible and presents inbreeding depression in the early stages of development. The phylogenetic position of the genus Pseudolaelia and studies on floral biology in related genera suggest that melittophyly and selfcompatibility are basal characters in the subtribe Laeliinae, with subsequent adaptive radiation to pollination by hummingbirds, Lepidoptera, Diptera and other Hymenoptera.
lisbôa (3) e Raimunda Conceição Queiroz Vilhena (3) Resumo Estudo das Rhizophoraceas da Amazônia abrangendo 5 gêneros: Rhizophora, Cassipourea, Ste.. rigmapetalum, Polygonanthus e Anisophyllea. Doze espécies dos referidos gQneros são estudadJs e descritas. Novos taxa não foram encontrados, porém, diversos nomes foram colocados em sinonímia. Apresentada a descrição do pólen de algumas espé-cies. INTRODUÇÃODurante o Curso de Botânica Tropical, na disciplina de Sistemática, realizamos em conjunto o estudo da família Rhizophoraceae, a fim de demonstrarmos os métodos e proceclimentos de um estudo taxonômico. A escolha desta família entre várias outras não menos interessantes, deu-se em razão de ser Rhizophoraceae uma família razoavelmente pequena, com diversos gêneros, e larga distribuição por toda a Amazônia, ocupando habitats os mais diversos, desde o mangue até a mata da terra firme. Devemos ressaltar também que desde o trabalho de Engler (1876) Arvores ou arbustos. Folhas simples, inteiras, opostas, alternas ou verticiladas, peciolad:~s, glabras ou com pelos simples, às vezes com pontuações negras. Estípulas presentes, pequenas ou grandes, interpeciolares, axilares, caducas. lnflorescências em panículas, ráce-mos especiformes, cimeiras ou corimbos dicó-tomos, fasciculadas ou de flores solitárias, axilares, ou extraxilares. Flores actinomorfas, bissexuais ou unissexuais por aborto, monói-cas, dióicas ou polígamas; disco presente, raro ausente; sépalas 4-7, mais ou menos unidas na base, valvares, persistentes; pétalas do mesmo número das sépalas, geralmente menores, de ápice inteiro, lobado, laciniado, fimbriado ou esterigmiforme; estames 8-40, freqüentemente dispostos em pares opostos às pétalas, inseridos na margem externa de um di~co, ou raro coalescentes na base (Sterigmapetalum); filetes em geral curtos; anteras in-
ResumoAs Orchidaceae são muito apreciadas por suas flores exóticas e exuberantes. É a maior família de plantas apresentando mais de 24000 espécies, o que denota uma alta diversidade de formas e adaptações a diferentes ambientes, como também para atração, engano e manipulação de visitantes na realização da polinização cruzada. Cattleya eldorado ocorre em áreas de campinas, que são formações vegetais típicas da região amazônica, que se encontram sob forte ação antrópica. Este trabalho tem como um de seus principais objetivos conhecer parte dos processos biológicos de C. eldorado fornecendo subsídios para conservá-la e manejá-la em seu habitat natural. Este estudo foi desenvolvido na Reserva Biológica de Campina, de 2000 a 2006, durante a sua floração. C. eldorado é uma espécie epifítica que apresenta a síndrome de melitofilia, estando adaptada ao seu polinizador, a abelha Eulaema mocsaryi, que reconhece suas flores pelo odor e pelo estímulo visual através de sua coloração e reflexão de luz ultravioleta. C. eldorado é uma espécie autocompatível, embora necessite de um agente polinizador para a transferência do polinário até sua deposição na cavidade estigmática da flor. PalavRas-Chave: Euglossina, melitofilia, orquídea. Reproductive biology of Cattleya eldorado, a species of Orchidaceae from the Amazonian white sand campinas* abstRaCtThe orchid plants are highly prized for their lush exotic flowers. It is the largest plant family with more than 24000 species, which indicates a high diversity of forms and adaptations to different environments, including the capacity to attract, deceive and manipulate visitors involved in cross-pollination. Cattleya eldorado occurs in areas of white sand campinas, a typical vegetation type of the Amazon region, which is under strong anthropogenic pressure. This work's main objectives to know the biological processes of C. eldorado providing subsidies to maintain and manage it in its natural habitat. This study was conducted from 2000 to 2006 in the Campina Biological Reserve, during its flowering period. C. eldorado is an epiphytic orchid species that has the melittophyly syndrome and is adapted to its pollinator, the bee Eulaema mocsaryi recognizing their flowers by smell and by visual stimuli, through their color and reflection of ultraviolet light. C. eldorado is self-compatible, even if it requires a pollinating agent for the transfer of the pollinarium until its deposition in the stigmatic cavity of the flower.
Resumo O autor com este trabalho começa uma série sobre as orquídeas do Amazonas e sua biologia floral. Nesta primeira publicação, foi analisada a biologia floral de Stanhopea candida Barb. Rodr. Esta espécie foi incluída no grupo grandiflora, pois possui mecanismo da polinização do tipo "queda". As estratégias de atração da espécie também são bem elaboradas. Quanto à sua polinização, na região de Manaus, Eulaema mocsaryi é o polinizador efetivo, enquanto que Euglossa ignita comporta-se como "ladrão de odor".
O presente t rabalho result a da necessidade de responder a uma parte das questões qut~ são feitas sobre a campina; trata-se de um levantamento botân ico das espécies que ocorrem nas pequenas i lhas situadas nas áreas mais abertas, tendo em vista verificar a ocorrência de associação entre as espécies de cada ilha e a ocorrência das espécies em re lação à área das ilhas.É conveniente ress'altar, o importante par;el que estas pequenas comunidades vegeta·
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