Re sumoNo período de junho de 1974 a maio de 1975, foi estudada, através de análises químicas, a água de lava;~em da floresta em três agrupamentos florísticos na Reserva Biológica de Campina . Esta abordagem pro· curou quantificar a entradu de íons e compostos orgà· nicos nutritivos usados por macro e micropopulações como fonte de energia e alimento, lixiviados através das precipitações do dos sei da floresta. Os resultados das determinações químicas e físico-químicas (médias mensais) mostraram que nos três agrupamentos existem pequenas diferenças individuais nas quantidades carreadas de P-total N -NO -3 e C a 2 .... enquanto que N-NH 2 ... ,. N-Orgânico. N·total e Mg 2-+-apresentaram diferenças quantitativas apreciáveis. Entretanto as maiores quantidades lixiviadas foram de material orgânico. Os compostos nitrogenados mostraram ser mais . facilmente carreados, seguidos em ordem decrescente do cálcio, magnésio e f ós foro total em todo o sistema, exceção feita à campina onde a concentração de magnésio superou a do cál c io . As variações sazonais observadas com a liberação e transporte de nutrientes do dossel da floresta para o solo, estão intimamente ligadas à duração, à intensidade e .à distribuição da precipitação pluvial, na área estudada.
INTRODUÇÃONos anos recentes, pesquisas têm sido realizadas na floresta pluvial equatorial, na Amazônia Central, no sentido de quantificar o ciclo de nutrientes minerais em suas formações neste ecossistema (Kiinge & Rodrigues, 1968 e 1974 Stark, 1971 a, b; Brinkmann & Santos, 1970, 1971, 1972 e 1973 Stark & Holley, 1975; Santos & Ribeiro, 1975; Klínge, 1976a Klínge, , b, e 1977 Ribeiro et a!., 1978) .O grande objetivo destas abordagens tem sido a procura de soluções racionais para um melhor aproveitamento dos solos pobres em nutrientes da formação terciária Série das Barreiras.Alguns destes estudos t êm procurado quantificar os elementos biologicamente importantes nos vários compartimentos (serrapilheiras, gotas, água da floresta, precipitação direta, água do solo, etc.). dos ecossistemas f loresta is . Parte del es tem caracterizado especificamente o conteúdo de um ou mais elementos minerais em cada compartimento e sua importância no ciclo de nutrientes, outros mostram dados isolados sem estar relacionados com as variações sazonais e/ou outros parâmetros ambientais.Entretanto, apesar destas abordagens, ainda são escassos os dados a ce rca da recic!agem de elementos nutritivos na floresta pluvial equatorial, quando comparadas às pesquisas e estudos desenvolvidos em outras regiões trop icais e temperadas onde se destacam os trabalhos de Mecklenburg & Tuckey (1964). Tuckey, Mecklenburg & Morgan (1965( , Carlisle et ai. (1966. Borman & Likens (1967), Attwill (1966, Thomas (1969), Wittwer & Teubner (1969). Gosz et ai. (1972) e Borman & Likens (1973.A partir destes estudos, tentamos aplicar no ecossistema Campina Amazônica uma abordagem idêntica com a finalidade de poder quantificar e aval i ar as variações sazonais neste sistema, contribuindo assim para uma melhor...