Este artigo discute o conceito de “guerra cibernética” e outros afins, de modo a verificar e delimitar sua aplicabilidade técnica. A partir da revisão conceitual acerca do fenômeno da guerra, tal como seapresenta na obra de Clausewitz, são apontados elementos essenciais e generalizáveis a qualquer guerra. Posteriormente, as diferentes noções sobre “guerra cibernética” são esmiuçadas, buscando-se verificar até que ponto elas condizem com a teoria consolidada na área e se podem ser úteis para análise dos fenômenos bélicos contemporâneos. Em seguida, examina-se a Guerra Russo-Georgiana como estudo de caso para ilustrar a abrangência e os limites dos conceitos discutidos. Conclui-se que a ideia da “guerra cibernética” é, de fato, válida somente quando os instrumentos cibernéticos são empregados em assistência a operações convencionais de guerra, que envolvem destruição e aplicação de força cinética.
Este artigo tem como objetivo realizar a análise comparativa das políticas de petróleo e gás de Brasil e Rússia nas últimas três décadas. Para tal serão realizadas avaliações de políticas públicas ligadas ao setor em cada país, buscando verificar a eficácia dos outputs, bem como realizar uma análise descritiva do processo em torno do ciclo das políticas. Resultados apontam como relevantes para a consecução de políticas públicas do setor: (1) a estrutura de representação de interesses entre lideranças da indústria de combustíveis e as elites governantes; (2) a urgência ou não de exploração de novas reservas para o avanço da produção; (3) a natureza dos objetivos estratégicos em torno do setor; (4) o domínio tecnológico adequado pelas empresas nacionais.
Gomes (PPGEST/INEST) 1RESUMO: Neste texto busca-se sistematizar o papel da indústria do petróleo e gás (P&G) no fortalecimento geopolítico da Federação Russa no pós-Guerra Fria. A análise concentra-se nas ações tomadas pelo país a partir da chegada de Vladimir Putin ao poder, uma vez que a natureza corporativista de seu governo, baseada em uma "vertical do poder", favorece o uso do referido setor para fins geopolíticos. A motivação para a realização de artigo é contribuir com os estudos sistemáticos das iniciativas do Kremlin ao redor da alavanca energética de poder e as reações suscitadas por essas iniciativas nos outros atores da região. O nosso objetivo é caracterizar a variável "setor de petróleo e gás russo". Isso será realizado a partir de análise quantitativa no que diz respeito à verificação de elementos de aferição ligados à variável, como volumes de exportação, porém será também lançado mão da análise qualitativa. Resultados indicam três frentes de atuação central da grande estratégia russa no que tange o setor: Europa, China e estrangeiro próximo, a partir de projetos de construção de oleodutos, gasodutos e investimentos estratégicos em países parceiros. Palavras-chave: Federação Russa; Geopolítica Energética; Petróleo e Gás.
O presente texto se desenvolve na área de estudo das instituições e das relações entre Estado e sociedade. Busca-se, nele, sistematizar o papel da indústria do petróleo e gás na recuperação econômica da Federação Russa. O nosso objetivo é entender a relação causal entre o regime corporativista estabelecido por Putin e o desenvolvimento econômico. A análise comparativa entre dois momentos distintos da vida da Federação Russa, um no governo Yeltsin, e outro a partir da ascensão de Putin ao poder, servirá para indicar diferentes posturas do Estado frente à sociedade, o que renderá diferentes resultados. Adotamos o arcabouço teórico da abordagem institucionalista, que aponta para a permanência da capacidade estatal para coordenação do desenvolvimento econômico, ainda que no contexto da globalização. Buscamos utilizar o estudo de caso russo como evidência empírica que corrobora a teoria. Assim, estruturas corporativistas de poder serão entendidas aqui como variável independente, enquanto o desenvolvimento econômico é entendido como variável dependente, em uma relação causal a ser verificada no estudo de caso. Resultados apontam para a validação parcial da hipótese, de modo que o regime corporativista representa uma possível forma de manutenção – ainda que limitada – da capacidade estatal no contexto da globalização, indo de encontro com perspectivas segundo as quais nesse novo contexto o Estado perderia progressivamente sua autonomia no que diz respeito a políticas públicas voltadas para o desenvolvimento econômico.
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