Dada a importância social e econômica da carcinicultura para o Nordeste brasileiro e o destaque da Bacia do Rio Açu como polo produtor no Rio Grande do Norte, torna-se importante o levantamento de informações detalhadas sobre esta cadeia produtiva regional, que possam subsidiar ações de gestão visando seu fortalecimento e crescimento sustentável. Este trabalho tem como objetivo caracterizar a situação da carcinicultura praticada no Vale do Rio Açu com ênfase na capacidade produtiva, nível tecnológico e geração de empregos diretos.A pesquisa foi realizada através da aplicação de questionário semiestruturado em 20 fazendas de camarão localizadas em 04 municípios potiguares: Macau, Pendências, Carnaubais e Alto do Rodrigues. Segundo os resultados, em 2013 a área total de lâmina d’agua ocupada por viveiros de camarão nas 20 fazendas foi de 1843,7 hectares, produziram 6.294,1 toneladas e geram um total de 661 empregos diretos. As fazendas utilizam águas com salinidades que variam de 0 a 60 g/l, sendo a maior parte delas de médio (35%) e grande porte (45%) e elevado nível tecnológico.Praticamente toda a produção de camarão do Valle do Açu do ano de 2013 foi comercializada no mercado nacional, principalmente para os estados do Rio de Janeiro e São Paulo. As patologias que afetaram o maior número de fazendas foram IMNV, Vibriose e NHP e WSSV foi considerada a patologia que representava o maior risco futuro para a atividade. Os resultados demonstram que no período estudado a carcinicultura passava por uma fase de reestruturação e crescimento.
Disease in Pacific white shrimp Litopenaeus vannamei caused by the infectious myonecrosis virus (IMNV) causes significant socioeconomic impacts in infection-prone shrimp aquaculture regions. The use of synthetic dsRNA to activate an RNA interference (RNAi) response is being explored as a means of disease prophylaxis in farmed shrimp. Here, survival was tracked in L. vannamei injected with long synthetic dsRNAs targeted to IMNV open reading frame (ORF) 1a, ORF1b, and ORF2 genome regions prior to injection challenge with IMNV, and real-time RT-PCR was used to track the progress of IMNV infection and mRNA expression levels of the host genes sid1, dicer2, and argonaute2. Injection of dsRNAs targeting the ORF1a and ORF1b genes but not the ORF2 gene strongly inhibited IMNV replication over a 3 wk period following IMNV challenge, and resulted in 90 and 83% shrimp survival, respectively. Host gene mRNA expression data indicated that the Sid1 protein, which forms a transmembrane channel involved in cellular import/export of dsRNA, increased in abundance most significantly in shrimp groups that were most highly protected by virus-specific dsRNA injection. Subclinical IMNV infections present in the experimental L. vannamei used increased markedly in the 2 d between injection of any of the 4 virus-specific or non-specific dsRNAs tested and IMNV challenge. While handling and injection stress are implicated in increasing IMNV replication levels, the underlying molecular factors that may have been involved remain to be elucidated.
Desde o final dos anos 90 que a atividade da carcinicultura cresce no Brasil gerando renda e empregos. Entretanto, a partir do ano de 2004 a indústria brasileira de camarão marinho cultivado sofre uma significativa diminuição em sua produção e produtividade, ocasionada principalmente por enfermidades virais. Este trabalho tem o objetivo de caracterizar a carcinicultura familiar praticada no baixo rio Pirangi, Ceará, e as condicionantes em sua produtividade, levando em consideração os seus parâmetros socioeconômicos, ambientais, tecnológicos e zootécnicos antes do aparecimento da doença da mancha branca ocasionada pelo vírus da mancha branca (White Spot Syndrome Virus -WSSV).
A carcinicultura brasileira é uma atividade essencialmente praticada nos Estados Nordestinos com predominância dos micro e pequenos carcinicultores. Durante os anos 70, 80 e 90 e início dos anos 2000 a atividade da carcinicultura no Brasil não teve grandes problemas com enfermidades virais, passando de uma atividade semiextensiva para semiintensiva e intensiva, tendo como consequência um dos maiores índices de produtividade mundial de 6.080 kg/ha/ano, porém a partir do ano de 2004 com o surgimento das doenças virais de maior impacto como o vírus da mionecrose infecciosa (IMNV), nos Estados do Nordeste e o vírus da mancha branca (WSSV), inicialmente no Sul do País e posteriormente no Nordeste, a indústria brasileira de camarão marinho cultivado vem sofrendo uma significativa diminuição em sua produção e produtividade. Portanto, o objetivo deste artigo consiste em uma revisão sobre a importância das doenças virais para o desenvolvimento da carcinicultura brasileira, seus impactos e estratégias para a gestão da saúde dos camarões cultivados.
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