RESUMOEste artigo tem como principal objetivo apresentar breves considerações sobre o instigante desafio à efetivação da educação ambiental no cotidiano escolar. Dessa forma, procura-se contribuir para a ampliação das discussões sobre o tema no contexto atual visando o aperfeiçoamento do processo ensino-aprendizagem, e, por conseguinte, a formação de adolescentes e jovens, futuros homens e mulheres cidadãos, atuantes positivamente nas questões socioambientais. A metodologia adotada baseou-se em uma revisão de literatura, cuja análise dentro do escopo do artigo possibilitou com que fossem escolhidos os tópicos que o compõem (o primeiro envolve as discussões internacionais sobre a questão ambiental, incluindo a educação ambiental; o segundo envolve a educação ambiental no âmbito institucional brasileiro; e o terceiro envolve a questão da educação ambiental no contexto escolar, com ênfase à sua realidade na sala de aula) e que os assuntos fossem discutidos. Para tanto, fez-se levantamento de diferentes artigos, legislações e documentos oficiais publicados na internet. A Educação Ambiental parte de dois pontos básicos: a educação e o meio ambiente, se processando articuladamente. Sendo, portanto, uma educação que deve levar ao conhecimento do meio ambiente, sua estrutura, suas leis, seu funcionamento, e que vise uma mudança de pensamento e de atitude, a partir de uma conscientização da importância da conservação ambiental, assumindo-se uma postura ética em relação ao mesmo. As dificuldades encontradas pelo professor, para a efetivação do trabalho com a educação ambiental, no cotidiano da sala de aula, como sobrecarga horária, turmas superlotadas, e indisciplinas, podem ser amenizadas e solucionadas por meio da aplicação de diferentes tipos de atividades lúdicas que estimulem a curiosidade e a criatividade dos alunos -atividades essas que possibilitem ao estudante não apenas ficar limitado ao espaço da sala de aula, mas também interagir e, quem sabe, reconstruir aspectos da dinâmica do ambiente escolar e da própria comunidade.
Este artigo tem como objetivo apreciar a sustentabilidade ambiental da Comunidade Rural Fazenda do Povo de Ipiaú, Bahia, com ênfase em sua dimensão social e no apego ao lugar de seus membros. No plano conceitual discutimos o conceito de sustentabilidade ambiental e sua articulação com as comunidades rurais sustentáveis, a saúde ambiental e o apego ao lugar. Para avaliar a sustentabilidade ambiental da comunidade foi elaborado um formulário semiestruturado, com base na abordagem bottom-up, e aplicado a cada família da comunidade. Por meio de uma abordagem multimétodos, foi efetuado o levantamento de documentos e dados secundários e para a coleta de dados em campo foi utilizado formulário semiestruturado, entrevista, observação direta, registros fotográficos e de relatos. Para análise dos dados foram empregadas a análise de conteúdo e a matriz SWOT, além de processamento estatístico descritivo e correlacional. A análise qualitativa dos dados nos permitiu abordar o apego ao lugar da comunidade e sua relação com a sustentabilidade local. Como resultado obteve-se que a comunidade encontra-se em estágio geral de média sustentabilidade ambiental, mesma condição de sua dimensão social; apresenta importantes potencialidades internas, com destaque ao forte sentimento comunitário e expressivo apego ao lugar.
Este artigo apresenta uma breve visão da recente transformação sofrida pela Microrregião Cacaueira da Bahia (Brasil), com ênfase nos principais fatores endógenos e exógenos que contribuíram para o processo de transformação regional. No percurso metodológico, foram feitos levantamentos (i) de artigos publicados em revistas científicas; (ii) de artigos disponíveis em portais de periódicos especializados e livros impressos; (iii) de dados secundários de natureza socioeconômica extraísdos dos sites do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do Datasus e do PNUD; (iv) além do levantamento de documentos cartográficos (mapa). Por décadas a predominância da monocultura cacaueira marcou substancialmente a construção socioeconômica local. A última das três principais crises da lavoura cacaueira contribuiu significativamente para que ocorressem mudanças na paisagem tanto ruralmente quanto socioeconomicamente, o que imputou um processo de reorganização socioeconômica e gerou uma ressignificação dessa microrregião. Os principais fatores endógenos identificados foram: forte crise na cacauicultura em razão de estiagens; podridão parda e infestação pela praga crinipellis perniciosa (vassoura-de-bruxa); falta de modernização da produção; descapitalização e endividamento dos cacauicultores; e falências de empresas industriais e comerciais. Os principais fatores exógenos identificados foram: instabilidade macroeconômica; superproduções de cacau em outros países; diminuição dos preços do produto; mudanças estruturais no Brasil; transformações em razão da globalização.Ideias excepcionais: artigo de investigação que se propõe a contribuir para os estudos regionais a partir de uma breve análise da recente transformação pela qual a microrregião cacaueira do sul do estado da Bahia (Brasil) passou e a consequente contribuição dessa mudança para ressignificar a microrregião.
Este artigo tem como principal objetivo apresentar e discutir, a partir de um breve panorama econômico e socioterritorial, os principais fatores que levaram à recente transformação sofrida pela Região Cacaueira da Bahia (Microrregião Ilhéus-Itabuna) e suas implicações na organização do espaço regional. Para que o principal objetivo proposto fosse alcançado, fizeram-se levantamentos bibliográficos e documentais (artigos e livros impressos ou publicados na internet) sobre o tema. Além disso, foram feitos levantamentos de dados secundários de natureza socioeconômica da microrregião em estudo junto a instituições governamentais de planejamento, por meio de técnicas de documentação indireta e levantamento de documento cartográfico (mapa de distribuição da população por municípios segundo o censo de 2010) disponível em site. Os levantamentos bibliográficos e documentais possibilitaram com que fosse feita a fundamentação do artigo na discussão dos resultados. Os dados secundários, tratados e representados por meio de tabelas e gráficos e o documento cartográfico levantado, reforçaram os resultados da pesquisa e as análises feitas. Como resultado obteve-se que nas últimas décadas essa região (microrregião) sofreu substanciais transformações tanto em âmbito econômico quanto também em âmbito socioterritorial, influenciado grandemente pela sua última e até então mais grave crise naquela que por décadas foi a sua principal atividade econômica: a cacauicultura. Tais transformações, no entanto, não se deram apenas e tão somente por esse fator, mas também influenciadas por transformações que já vinham em curso no cenário nacional, bem como no cenário internacional, promovidas em razão do processo de globalização da economia capitalista.
Este artigo tem como principal objetivo apresentar a avaliação do nível de sustentabilidade ambiental atual da Comunidade Rural Fazenda do Povo de Ipiaú, Bahia. Como metodologia, construiu-se um formulário semiestruturado (abordagem bottom-up) o qual foi aplicado a 111 representantes de famílias; e um segundo, aos representantes das famílias que dispunham de unidades produtivas. Levantaram-se dados secundários por meio de pesquisa bibliográfica e documental. No tratamento dos dados, para avaliação do nível de sustentabilidade ambiental da comunidade, por meio de indicadores, utilizou-se uma escala adaptada de Likert. Como resultado, obteve-se que a Comunidade alcançou o índice geral de sustentabilidade ambiental de 1,794 - nível geral de média sustentabilidade ambiental. As três dimensões avaliadas se encontram no nível de média sustentabilidade ambiental, não alcançando o limiar de sustentabilidade “3,2” - limite mínimo da alta sustentabilidade.
ResumoEste artigo tem como objetivo comparar e analisar as influências dos padrões de precipitação pluviométrica, em dois períodos distintos de normais climatológicas (médias do acumulado mensal), sobre a produção agrícola dos municípios de Belmonte e Ipiaú, Bahia. Para isso, fez-se levantamento de dados secundários de natureza socioeconômica para caracterização socioeconômica dos municípios; séries históricas de dados pluviométricos, relativas aos períodos de 1956a 1987, e 1996 (Belmonte) e 1950a 1979 e 1980a 2008. Com isso, fez-se comparação e análise dos dois períodos e a evolução dos principais produtos agrícolas dos municípios, a fim de identificar as influências dos padrões de chuva na produção agrícola. Verificou-se que em Belmonte, na maior parte do período entre os anos de 2004 a 2015, houve diminuição no perfil total de chuva, e os principais produtos agrícolas apresentaram produção crescente ou estável. Em Ipiaú, observou-se que os picos de chuva dentro do total pluviométrico foram maiores no primeiro período analisado (1950 a 1979); e que excessos de chuva influenciaram negativamente alguns cultivos, sobretudo a produção de olerícolas cultivadas por pequenos e médios agricultores. Pode-se inferir que para os períodos analisados o padrão de pluviosidade pouco se alterou, e as mudanças observadas não afetaram a distribuição de chuvas ao longo do ano, mantendo-se relativamente bem distribuída.Palavras-chave: dinâmica climatológica; Agricultura; Normais climatológicas. AbstractThe objective of this article is to compare and analyze the influence of rainfall patterns, in two distinct climatological normal periods (average monthly accumulation), on the agricultural production of the municipalities of Belmonte and Ipiaú, Bahia. For this, secondary socioeconomic data were collected for the socioeconomic characterization of the municipalities; historical series of rainfall data for the periods 1956to 1987and 1996 (Belmonte) and 1950to 1979and 1980to 2008. This led to the comparison and analysis of the two periods and the evolution of the main agricultural products of the municipalities, in order to identify the influence of rainfall patterns on agricultural production. It was verified that in Belmonte, during the majority of the period between the years 2004 to 2015, there was a decrease in the total rainfall profile, and the main agricultural products presented increasing or stable production. In Ipiaú, it was observed that rainfall peaks within the rainfall total were higher in the first period analyzed (1950 to 1979); and that excessive rainfall has negatively influenced some crops, especially the production of small and medium-sized farms. It can be inferred that for the periods analyzed, the rainfall pattern did not change much, and the changes observed did not affect the rainfall distribution throughout the year, remaining relatively well distributed.
Este artigo tem como principal objetivo analisar o empoderamento feminino na agricultura familiar nos Projetos de Assentamento Rural Nova Vida e Limoeiro, estado da Bahia, Brasil. Como método norteador da pesquisa utilizou-se a ferramenta para medir o Índice de Empoderamento das Mulheres na Agricultura (WEAI) adaptada numa perspectiva de aplicação e análise de gênero em assentamentos rurais de reforma agrária. Neste estudo, utilizou-se das respostas dadas especialmente por mulheres sobre os membros de suas famílias, e sobre as suas realidades em relação à comunidade, a partir de um formulário semiestruturado, o qual no Nova Vida foi aplicado no ano de 2020, e no Limoeiro no ano de 2021, ambos presencialmente. O formulário semiestruturado continha os indicadores em cinco domínios de empoderamento feminino: produção, recursos, renda, liderança e tempo. A escala adotada foi a de 0 a 4, com cinco faixas de empoderamento, da pior situação para a mais satisfatória. Os subíndices e o índice geral de empoderamento correspondem à média ponderada simples das pontuações obtidas respectivamente pelos indicadores e pelos cinco domínios. Os resultados indicaram que na comunidade do assentamento Nova Vida, de forma geral, as mulheres se encontravam em situação de baixo-médio empoderamento na agricultura, e na comunidade do assentamento Limoeiro essa situação era de médio empoderamento. Nos dois assentamentos, os indicadores “decisões sobre planejamento e gestão do lote” e “tempo” da rotina diária, evidenciaram que o gênero feminino pouco participava das decisões relativas à produção e que tinham uma sobrecarga em horas somando atividades domésticas e agrícolas. Isso pode estar contribuindo para um menor empoderamento desse gênero, algo que poderia ser amenizado com a maior distribuição das tarefas domésticas destas com companheiros e filhos.
Este artigo tem como principal objetivo apresentar alguns aspectos do sistema agrário no qual estão inseridos os municípios do Território de Identidade Baixo Sul da Bahia, analisando de forma mais específica aspectos socioambientais característicos da comunidade rural Buris, localizada no município de Ibirapitanga, traçando, assim, um panorama do seu sistema agrário. Para tanto, utilizando-se de aspectos da metodologia “análise-diagnóstico de sistemas agrários”, realiza-se leitura interpretativa do mosaico da paisagem dessa comunidade; traça-se breve panorama histórico de formação do sistema agrário local; e faz-se identificação das tipologias dos produtores. Para a apresentação de aspectos do sistema agrário no qual estão inseridos os municípios do Baixo Sul, construiu-se um mapa dos tipos de vegetação predominante nesse território de identidade, de forma a contribuir para o entendimento dos aspectos fisiográficos característicos em seus sistemas agrários; levantaram-se dados do PIB e sua composição; e levantaram-se ainda dados dos estabelecimentos agropecuários dos municípios de forma a apresentar características desses estabelecimentos. As informações foram levantadas em 2018. Os resultados apontaram que 10 dos 15 municípios têm a maior parcela da população vivendo em áreas rurais, o que torna importante a configuração dos sistemas agrários na manutenção dessas populações nessas áreas. Na comunidade rural Buris observou-se uma maioria de produtores tipicamente familiares. Percebeu-se na comunidade a necessidade de se adotarem políticas de desenvolvimento desse espaço considerando as especificidades de sua realidade fisiográfica e geoambiental
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