RESUMO -O objetivo do estudo foi caracterizar o desempenho escolar da criança vítima de violência doméstica atendida no Fórum Judicial. Participaram do estudo 20 crianças vitimizadas comparadas com seus pares da mesma sala de aula, mesmo sexo e mesma faixa etária, mas sem histórico de violência doméstica, suas respectivas mães e professoras. As crianças responderam ao Teste de Desempenho Escolar, Inventário de Estilos Parentais e ao Teste de Raven (Escala Especial) e apresentaram o caderno escolar. As mães responderam a uma entrevista e a Escala de Táticas de Conflitos Revisada (CTS-2). As professoras apresentaram sua opinião sobre o desempenho acadêmico dos participantes. Os dados obtidos mostraram que a criança vitimizada tem desempenho escolar inferior ao grupo controle. Os resultados da CTS-2 indicaram que a maioria das crianças vitimizadas estava exposta à violência conjugal. O estudo mostrou que, além da violência doméstica direta e indireta, tais crianças estavam expostas a outros fatores de risco, tais como, pobreza, baixa escolaridade materna e uso de álcool e/ou droga por familiares.Palavras-chave: violência doméstica; desempenho escolar; criança vitimizada; educação inclusiva. School Performance of Victimized Children seen by the Judiciary SystemABSTRACT -The aim of this study was to characterize the school performance of victimized children assisted by the Judicial System. Twenty victimized children's school performances were compared to their peers of the same classroom, gender, age, but without a history of family violence. Their respective mothers and teachers also took part in this study. Children from both groups answered The Academic Performance Test, Parenting Styles Inventory and the Raven's Progressive Matrices Test. The children also gave samples of their notebook production. Children's mothers answered a family interview and the Revised Conflict Tactics Scales (CTS-2). Teachers offered their impressions on student's academic performance. Results indicated inferior academic performance by the victimized child, when compared with their matched group. According to teachers, victimized children had inferior academic performance in relation to their non-victim peers. CTS-2 results indicated that most of victimized children were exposed to marital violence. Moreover, the study shows that, besides direct and indirect domestic violence, these children were exposed to other risk factors, such as, poverty, maternal low educational level and alcohol/drugs used by relatives.
A palavra juventude abrange inúmeras conceituações, definições e indefinições que suscitam um debate acerca do próprio conceito e, principalmente, dos sujeitos inseridos nessa categoria. Ao se incluir a temática do uso de drogas na discussão das juventudes, particularmente dos jovens pobres, amplia-se o campo para estigmatizações, ambiguidades, simplificações e equívocos, associando-se, de forma preconceituosa, drogas e pobreza, sem se buscar a compreensão devida dos sujeitos que fazem parte desse panorama. Apresentam-se aqui dados de duas pesquisas de mestrado filiadas teórico-metodologicamente à Terapia Ocupacional Social e apoiadas pelas contribuições da etnografia e da etnometodologia. Ambas foram realizadas com jovens pobres de uma cidade de médio porte do interior do estado de São Paulo, as quais objetivaram uma maior aproximação e apreensão do universo desses jovens e as relações estabelecidas com e por meio das drogas em seu cotidiano. As pesquisas apontaram que a inserção das drogas na vida deles se dá de maneira diversa daquela assumida pelo senso comum, ou seja, afigura-se, apenas, como mais um dos muitos fatores de vulnerabilização a que estão expostos em um cotidiano de desigualdade social. Com isso, consideramos que, a fim de que se possa de fato propor ações profissionais em terapia ocupacional que se façam efetivas frente às temáticas droga e juventude pobre e suas interrelações, é preciso que se busque maior aproximação com o universo dos jovens e que se compreenda, a partir do olhar deles, as faces e as interfaces dessas temáticas numa sociedade pautada pela desigualdade socioeconômica.
http://dx.doi.org/10.5902/1984686X5471 A inclusão escolar surgiu na década de 80, pautada no movimento de inclusão social, propondo um novo paradigma para o atendimento de crianças com necessidades educacionais especiais. A literatura aponta uma grande dificuldade para a implantação de projetos de inclusão escolar e, na literatura nacional são poucos os estudos sobre a inserção de crianças com necessidades educacionais especiais em creches (Educação Infantil). O objetivo deste estudo foi realizar um levantamento, segundo a perspectiva das professoras, das crianças com necessidades especiais inseridas em creches da rede municipal da cidade de Catanduva, estado de São Paulo, e identificar a concepção das diretoras de creche sobre inclusão escolar. Participaram da pesquisa 54 professoras e 15 diretoras; que preencheram o Instrumento de Identificação de Crianças com Necessidades Educacionais Especiais e responderam a uma entrevista, respectivamente. Os resultados mostraram que, na concepção das professoras, nas creches da referida cidade estavam inseridas 40 crianças com necessidades especiais, na maioria meninos, com maior incidência na faixa etária de dois a três anos, sendo que 27,5% foram identificadas em situação de risco. O estudo revelou ainda que as diretoras tinham conhecimento superficial sobre inclusão escolar, priorizando seus aspectos práticos. Palavras-chave: Educação infantil; Inclusão escolar; Creche.
Medidas socioeducativas podem ser aplicadas quando um adolescente comete um ato infracional. Este estudo descritivo, de natureza qualitativa objetivou descrever a concepção de adolescentes em privação de liberdade sobre a medida socioeducativa de internação e sobre os fatores protetivos à reincidência ao ato infracional. Os dados foram coletados em uma entrevista semiestruturada que abordou aspectos ocupacionais dos sujeitos; relacionamento social; a internação; concepção de fatores protetivos ao ato infracional e sua reincidência. Os dados foram analisados pelo método de análise de conteúdo temático-categorial, obtendo-se cinco categorias: concepção sobre a privação de liberdade; atividades realizadas na instituição; mudanças na vida após a internação; concepção sobre fatores protetivos; e projeto de vida. Percebeu-se a escola e cursos profissionalizantes como fatores protetivos ao ato infracional e que as medidas socioeducativas que potencializem as habilidades do adolescente devem ser consonantes à elaboração do seu projeto de vida, possibilitando o enfrentamento das adversidades em seu contexto.
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