Este trabalho investiga como o filme I am Mother (2019), dirigido por Grant Sputore, traz para o centro da narrativa a relação entre mãe e filha e faz convergir na primeira as figuras da mãe nutridora e da mãe destruidora, ora uma mãe-máquina, ora um corpo-monstruoso, na tentativa de criar um ser humano perfeito. Logo, buscaremos analisar, com recurso à poética gótica, as relações entre as personagens femininas que em momentos diferentes ocupam o lugar central do ser mãe, assim como também questionaremos o processo de construção de identidade feminina em um futuro pós-humano. Para atingir tais objetivos, foram utilizados como referencial teórico, sob a lente do gótico contemporâneo, conceitos de monstruosidade, de mãe nutridora/destruidora e de abjeção.
Entrevista com a professora doutora Patricia Marouvo em torno de sua produção acadêmica sobre a autora inglesa Virginia Woolf e de seus projetos de pesquisa e de extensão, focando sobretudo em leituras contemporâneas de Woolf, da sua contemporaneidade e da poética hídrica que Marouvo desenvolve para pensar o romance As ondas (1931), assim como o tema do devir-minoritário em outros trabalhos da autora.
This year Brazil celebrates the 100 th anniversary of the Modern Art Week, that took place in São Paulo. That being the case, we, at Palimpsesto, had the honour of talking to Jane Goldman, scholar, professor, literary critic, and poet. Goldman is Reader in English Literature (Avant-garde Poetics and Creative Writing) at University of Glasgow, Scotland. She has extensive work in the field of Modernism, as well as significant contributions to Woolfian studies, having published books such as
Este artigo destaca a relação presente entre o romance gótico de Charlotte Dacre, Zofloya, or the Moor (1806), e o de Percy Shelley, Zastrozzi: a romance (1810), a fim de constatar a importante contribuição da autora à produção literária da época, sobretudo a de poética gótica, bem como redimir o histórico silêncio crítico que a cerca. Muito é dito sobre as influências góticas na escrita do poeta, de modo que Dacre é ocasionalmente mencionada. Isto, no entanto, limita-se a uma abordagem superficial ou apenas de caráter documental. Assim, torna-se necessário resgatar a autora do obscurantismo que envolve o seu nome, bem como introduzi-la em um cânone literário majoritariamente masculino com o intuito de garantir-lhe mais diversidade.
Pretendendo figurar como uma homenagem pelos seus mais de cinquenta anos de magistério superior, o diálogo com o gramático e professor recém aposentado do Programa de Pós-graduação em Letras da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, José Carlos Santos de Azeredo, abarca os impactos percebidos, a partir de 1922, sobre a língua enquanto “expressão da identidade literária do Brasil” (AZEREDO, 2023, p. 6). Em acréscimo a comentários sobre o regionalismo brasileiro, discute-se a necessidade de abordar a língua das importantes obras da Literatura Brasileira, sinalizando para futuros pesquisadores um campo profícuo de investigação.Durante nove anos, o entrevistado desenvolveu projeto, como bolsista do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), sobre o verbo na obra literária de autoria de Graciliano Ramos, Vidas Secas (1928). Os resultados alcançados não escapam ao debate, ainda que apresentados resumidamente. O autor da Gramática Houaiss da Língua Portuguesa (2018) foi, ainda, questionado sobre sua a motivação para a escolha da variedade padrão escrita do português nos exemplos constantes nessa obra. Por fim, analisa-se o desenvolvimento da competência oral face à instituição de uma cultura grafocêntrica, pelo olhar aguçado do experiente mestre.
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