O câncer de pele não-melanoma é a neoplasia maligna mais comum no Brasil. Seu subtipo menos frequente, o carcinoma espinocelular (CEC), pode ser agressivo, mas, na maioria das vezes, é completamente curado por medidas terapêuticas locais. Relatamos o caso de uma mulher de 75 anos que apresentava lesão de 2,5 cm em dorso da mão esquerda diagnosticada como CEC bem diferenciado. Foi submetida à ressecção da lesão com margem cirúrgica de 1,5 cm. Após 75 dias da cirurgia, paciente retornou com linfadenomegalia axilar esquerda. Foi realizada biópsia, que conclui tratar-se de CEC bem diferenciado metastático. O tratamento proposto foi linfadenectomia axilar com radioterapia adjuvante. Paciente evoluiu com recidiva axilar ulcerada e dor intensa, sendo realizada ressecção ampliada da lesão. Foi proposto à paciente desarticulação interescapulotorácica e a paciente concordou com a realização do procedimento. Atualmente, encontra-se em controle ambulatorial, sem sinais de recidiva ou metástases à distância. O caso clínico mostra uma evolução atípica de um CEC bem diferenciado, com lesão primária em dorso da mão esquerda e metástase linfonodal axilar precoce, com comprometimento da qualidade de vida. Optamos pela desarticulação interescapulotorácica devido à presença de um tumor localmente avançado, a não funcionalidade do membro, a possibilidade de melhor higienização local e a ausência de metástases em outros sítios. Palavras-chave: Câncer de pele. Carcinoma Espinocelular. Metástase. Recidiva. Desarticulação interescapulotorácica.
Na era das cirurgias minimamente invasivas, parece controverso advogar grandes operações. Entretanto, ainda há espaço para grandes intervenções oncológicas. É relatado caso de paciente de 23 anos de idade portador de tumor desmoide em hemitórax direito, com deformidade e erosão de arcos costais, atelectasia parcial do pulmão ipsilateral, compressão e desvio contralateral do mediastino, invasão de nervos do plexo braquial, vasos subclávios e pleura apical direita. Realizada toracectomia, ressecção de tumor em mediastino, amputação do membro superior direito, escapulectomia e reconstrução da parede torácica com tela de márlex e metilmetacrilato e confecção de retalho fasciocutâneo. O paciente encontra-se em seguimento ambulatorial com suas funções diárias quase recuperadas, limitado apenas nas atividades que envolviam o membro desarticulado. Em casos selecionados devem ser consideras grandes intervenções com o objetivo de ressecção R0 (ressecção com margens cirúrgicas livres) e melhora na qualidade de vida, atentando-se sempre para a ressocialização.
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