RESUMONo Brasil, a inclusão escolar tem sido compreendida segundo concepções díspares. Algumas destas concepções contradizem o seu sentido e esvaziam a sua potência de transformação educacional. Nestas Notas, consideramos relevante adotar como eixo estruturante da educação inclusiva a diferença em si mesma, proposta por Gilles Deleuze. Trataremos inicialmente da crítica à representação clássica, destacando o entendimento desse autor. Na sequência, abordaremos o papel de uma escola para todos e seus processos educacionais, notadamente o ensinar e o aprender, a partir da diferença. Nossa intenção neste estudo é contribuir para forjar outras perspectivas de entendimentos e inspirar práticas pedagógicas que assegurem o direito à diferença, no contexto contemporâneo da educação escolar brasileira. PALAVRAS-CHAVE:Diferença. Inclusão. Escola. Ensino. Aprendizagem. ABSTRACTIn Brazil, school inclusion has been being understood according to disparate conceptions. Some of these conceptions contradict the true meaning of inclusion and void its potence to transform education. On those Notes, we consider it to be relevant to adopt difference in itself, as proposed by Gilles Deleuze, as the structural axis for inclusive education. Initially we will discuss the critic to classical representation, highlighting Deleuze's understandings. Following, we will approach the role of a school for everyone and its educational processes, notably teaching and learning, based on the concept of difference. Our intent with this study is to contribute on forging other perspectives of understandings and to inspire pedagogical practices that ensure the right to difference on the context of today's school education in Brazil. KEYWORDS:Difference. Inclusion. School. Teaching. Learning. RESUMENEn Brasil, la inclusión escolar se ha entendido segundo concepciones dispares. Algunos de estos conceptos son contradictorios en su significado y terminan vaciando el poder de la transformación educativa. En estas notas, consideramos relevantes adoptar como estructura de la educación inclusiva en sí la diferencia según lo propuesto por Gilles Deleuze. Inicialmente tratamos de discutir sobre la crítica de la representación clásica, destacando la comprensión de este autor en este concepto. Seguimos la discusión sobre el papel de una escuela para todos y sus procesos educativos, en particular, la enseñanza y el aprendizaje, a partir de la diferencia. Nuestra intención en este estudio es contribuir a forjar otras perspectivas de comprensión e inspirar a las prácticas pedagógicas que pueden garantizar el derecho a la diferencia, en el contexto actual de la educación brasileña.
O artigo toma como problemática o potencial educativo e inclusivo dos patrimônios culturais imateriais nas comunidades, tensionando as referências epistêmicas colonizadoras, hierarquizadas, excludentes e eurocentradas. O objetivo é discorrer sobre os sentidos e os saberes mobilizados nas relações entre corpo, pensamento e linguagem, relativos aos modos como se realizam os processos educativos nas práticas da capoeira. Parte de um curso de formação baseado em reflexões e rodas de conversa, com filmes e temas disparadores, para educadores e capoeiristas. Os dados apontam para o favorecimento de intercâmbios e a promoção de deslocamentos por aprendizagens entre culturas acadêmicas e não acadêmicas.
ResumoO artigo reflete sobre o silenciamento e/ou a amplificação da voz da criança por meio da roda da conversa como instrumento pedagógico no espaço da educação infantil. A metodologia adotada é qualitativa e as técnicas de construção de dados são: a observação participante em uma escola particular, a observação total em um Centro de Educação Infantil -CEI -, diário de campo, entrevista semiestruturada, e desenhos de crianças. A análise dos dados se baseia em Oriolo, Siste, Larrosa, Kohan, entre outros. Os dados permitem afirmar que o educador no espaço de educação infantil, ao se desprender de movimentos rígidos e deterministas, favorece que a criança se constitua como sujeito ativo. A roda da conversa como instrumento pedagógico colabora com a singularização ao amplificar a voz da criança ao mesmo tempo em que potencializa e fomenta práticas democráticas e de escuta qualificada e responsiva. Desta forma, permite rever pensares e fazeres no espaço educativo para além da educação infantil (0-6 anos), contribuindo para a educação da infância (0-10 anos).Palavras-chave: Educação infantil. Infância. Roda da conversa. AbstractThe article reflects about silencing and/or the amplification of the childrens' voice through the conversation circle as an educational tool in the space of early childhood education. The methodology is qualitative and data construction techniques are: participant observation in a private school, the total observation in an early childhood education center -CEI 4 -diary of field, semi-structured interviews and childrens' drawings. Data analysis is based on Oriolo, Siste, Larrosa, Kohan, among others. The study allows to affirm that the educator in a children education space, when freed from rigid and deterministic movements, leads the child to be an active subject. The talk wheel as a pedagogical tool collaborates with singularization when it amplifies the child's voice and also when it potentiates and disseminates democratic practices and provides the exercise of qualified and responsive listening. Besides, it allows 1 Pedagoga, mestre em Educação (Unisal), docente na educação infantil da Prefeitura Municipal de Campinas/S.P.; Coordenadora Pedagógica de Polo (Ead) do Centro Universitário Internacional (Uninter), Campinas/S.P.
O objetivo deste ensaio é procurar afirmar o candomblé como uma comunidade de saber, pautada em matizes e ancestralidades africanas, (re)inventada nas brechas e fissuras de um Brasil colonial violado, extrativista e expropriador de humanidades negadas a povos e culturas que foram extirpadas de seus territórios e escravizadas à revelia. E, nesse sentido, passível de contribuir com o ambiente escolar, orientado por princípios antirracistas, inclusivos e decoloniais. A discussão inspira-se na outridade possível a partir da narrativa de uma jovem, nascida e educada em um terreiro de candomblé, em ocasião de encontros narrativos durante os meses de janeiro e fevereiro de 2022, na cidade de Campinas-SP, para uma pesquisa de doutorado em Educação, em andamento. Frente à necessidade de afirmar a sua existência na escola, no início de sua escolarização, a jovem ressignifica a experiência de si e, quiçá, dos outros, ao dialogar e partilhar sua cosmopercepção com seus pares.
Este artigo discorre brevemente sobre o método psicodramático e a contribuição de Moreno ao campo da saúde mental e da educação sócio-comunitária. Destaca-se a concepção de homem moreniana, a interação do indivíduo com o coletivo, considerado lócus de saúde ou lócus de doença. Nesse referencial, torna-se essencial, a compreensão das redes sociais que o indivíduo estabelece e o tratamento do grupo; afinal, para Moreno, é nas relações sociais que se estabelece um lócus de saúde ou de doença. Conclui-se que o psicodrama é um possível paradigma para o tratamento do transtorno mental e práticas educacionais sócio-comunitária.
Este artigo discute uma prática insurgente no período colonial-escravocrata no Brasil, constituída em linguagem de (re)existência, tornada Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade e difundida mundialmente. Trata-se da Capoeira, um legado diaspórico cuja ancestralidade evoca diferentes matrizes africanas. Interessa indagar se as práticas culturais – nomeadamente, as que surgiram como resistência ao sistema colonial, como a capoeira – seriam potências para (re)existências, capazes de contribuir com a formação humana e acadêmica, pensada numa perspectiva decolonial e inclusiva. Visa, ainda, apontar aspectos formativos deste bem cultural no âmbito educacional, tendo em vista problematizações epistêmicas e étnico-raciais desenvolvidas na esteira do pensamento de autores como: Fanon, Hall, Sousa Santos, Quijano, Dussel, Mignolo e outros. Vale-se, ainda, de excertos de narrativas (auto)biográficas, visando articular no campo da experiência as noções de: pensamento abissal, modernidade, eurocentrismo e colonialidade. Conclui que a capoeira evoca aspectos outros de viver, ser e dizer na diferença colonial, impulsionando um alargamento e tensionamento de fronteiras sociais, culturais e epistêmicas. O "outro" se faz presente, ocupando tempos/espaços e (re)inventando linguagens, culturas, comunidades e processos educacionais pautados em valores ancestrais afro-diaspóricos e pluriversais.
Este artigo tem como objetivo levantar indícios de possibilidades de enfrentamento e superação dos pilares que sustentam a Modernidade/Colonialidade a partir da abordagem decolonial, no campo educativo das práticas meditativas. Os dados são oriundos de levantamento e estudo de produções encontradas no Google Acadêmico, nos portais da Scientific Eletronic Library Online (SciELO) e da Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD). Referem-se a uma pesquisa de abordagem qualitativa, do tipo bibliográfico-documental, de objetivos descritivos e analíticos. As análises tomam como base o pensamento de autoras/es sob a perspectiva decolonial. Há fortes indícios, a partir do referencial teórico, de que os dados apontam para um fortalecimento da postura a-política, de ausência ou incipiente engajamento direto, do sujeito em detrimento do social, que ajudam a fazer a permanência e reafirmação do status quo, isto é, dos pilares da Modernidade/Colonialidade.
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