Este artigo apresenta um estudo bibliográfico que visa apresentar o percurso histórico de constituição do campo da educação não formal nos contextos internacional e nacional, de modo a perceber como se deu a criação conceitual e teórica desse campo, bem como suas implicações. Dessa forma, a educação não formal tangencia as relações com a educação formal e apresenta algumas problemáticas advindas de suas origens e mudanças histórico-conceituais envolvendo os públicos atendidos por programas e projetos do terceiro setor, organizações de capital público, privado e misto, em ações realizadas fora da escola. O artigo traz subsídios para a fundamentação teórica e prática nesse campo conceitual e educacional. Conclui-se que o lugar atribuído ao campo da educação não formal orbita a periferia e as margens em relação à centralidade do campo da educação formal. Entender, conceitualmente, os dois campos como autônomos e independentes, que se interpenetram, com mobilidade e sem fronteiras definidas, talvez seja um caminho para a integração e valorização de muitas formas de se praticar educação, sem desmerecimentos e descréditos, possibilitando, inclusive, a diversidade de propostas educacionais.
RESUMO: Baseando-se nas obras de autores que focalizam a velhice e a memória, valemo-nos da proposta de construção de conjuntos fotográficos e da metodologia de análise para elaborar um exercício/desafio semelhante para crianças da faixa etária de 9-10 anos. Em concordância com os autores, também nos propusemos a pensar sobre como a memória das crianças -assim como a dos velhos -pode se construir e se organizar por meio de suportes fotográfi-cos representativos de fragmentos da vida cotidiana. Os dois grupos compostos por seres que se encontram nas margens do tempo, se distanciam e se aproximam nessa particularidade. Intuitiva e re-* Uma versão resumida deste trabalho foi apresentada no
Resumo: Na Educação Infantil o tema do espaço-tempo é uma problemática de enfrentamento, pois a partir dela se estruturam e organizam as práticas educativas infantis. Este artigo apresenta e analisa o curso de formação nesta temática, para professores, agentes, monitores e especialistas da Educação Infantil da Rede pública de Campinas-SP. Metodologicamente, o curso se estruturou sob a forma de discussão de conceitos, bases teóricas, vídeos, textos para leitura e exercícios corporais em grupo. Os princípios norteadores foram o autoconhecimento e a experiência por meio de reflexões e de exercícios corporais. O referencial teórico baseia-se em conceitos derivados da Filosofia/Psicanálise, Sociologia e Pedagogia, a partir de Larrosa, Norbert Elias, Maturana, Freinet entre outros. Considerase que, para uma ação docente refletida e adequada, é preciso tomar referências teóricas e práticas de outros lugares e fazer novas perguntas para deslocar-se e re-conhecer-se, assumindo a formação continuada por meio de ensaios e experimentações e não por indicações prescritivas que direcionam o fazer educativo. Palavras-chave: Educação Infantil; Espaço-tempo; Formação continuada.Abstract: The theme of space-time in Infant Education is a problematic focused, because from it are structured and organized educational practices with children. This article presents and analyzes the training course in this subject, for teachers, agents, monitors and specialists of the municipal school of early childhood education, Campinas, SP. Methodologically, the course was structured in the form of discussion of concepts, theoretical bases, videos, texts for reading and group exercises. The guiding principles were self-knowledge and experience through reflections and body exercises. The theoretical reference is based on concepts derived from Philosophy / Psychoanalysis, Sociology and Pedagogy, from Larrosa, Norbert Elias, Maturana, Freinet and others. It is considered that, for a reflected and adequate teaching action, it is necessary to take theoretical and practical references from other places Revista Práxis Educacional, Vitória da Conquista -Bahia -Brasil, v. 15, n. 32, p. 316-336, abr./jun. 2019. Revista 317and ask new questions to move and get to know one another, taking on the continuous formation through tests and experiments and not for Prescriptive directions that guide the educational achievement.Resumen: En la Educación Infantil el tema del espacio-tiempo es una problemática de enfrentamiento, pues a partir de ella se estructuran y organizan las prácticas educativas infantiles. Este artículo presenta y analiza el curso de formación en esta temática, para profesores, agentes, monitores y especialistas de Educación Infantil de la Red pública de Campinas-SP. Metodológicamente, el curso se estructuró bajo la forma de discusión de conceptos, bases teóricas, videos, textos para lectura y ejercicios corporales en grupo. Los principios orientadores fueron el autoconocimiento y la experiencia por medio de reflexiones y de ejercicios corporales. El...
Sua distração maior é cortar e recortar trapos e sobras de pano que ninguém mais quer, na perspectiva de conseguir fazer roupas, que sonha para si, pra a bonequinha de pano, já ensebada, desbotada, recosturada e recheada de palha de milho que Vó Dindinha lhe fizera ao completar quatro anos. Tão querida, tão companheira, como jamais o foram as irmãs e coleguinhas da escola da velha mestra! Às vezes deixa que a irmãzinha caçula participe da sessão do "faz-de-conta" das costuras, tirando o velho vestidinho para experimentar o novo que nada mais é do que pedaços de pano com abertura para passar a cabeça, dois furos para os braços e, se tiver sorte, uma cinta passada por cima, de velhas fitas que tia Lucinda tem nos guardados e que, vez ou outra, passa pela limpeza e lhe parecem sem serventia, guardadas há tempo que já nem cor têm, definida. Mas como é bem recebida pela menina! (...) Idéias mil surgem na sua cabecinha para aproveitar as fitinhas. E lá vai para um cantinho da copa, onde pode se refestelar com o novo tesouro, sem incomodar os adultos que transitam pela casa (...). (Tahan, 1989, p. 13-4) RESUMO: As narrativas de infância de três educadoras são o ponto de partida para discutir as relações dessas mulheres com aspectos de sua meninice, de sua experiência escolar, profissional, de maternidade e com o grupo social dos bairros em que cresceram e, posteriormente, os efeitos e as interferências dessas vivências em suas práticas educativas com crianças e jovens de baixo poder aquisitivo, freqüentadores de um projeto de educação não-formal. Palavras
Este artigo se refere a uma pesquisa de mestrado em andamento que traz reflexões acerca dos registros realizados por professores na educação infantil que atuam na região leste da rede municipal na cidade de Campinas/SP, Brasil. O interesse é pelas razões de produção dos registros e para quem se destinam. Para tanto, leva em consideração a maneira como os profissionais percebem o cotidiano e suas práticas por meio de observações e das escolhas de episódios selecionados para os registros que realizam ou não (sob a forma de imagens, fotos, filmagens, anotações, produções das crianças) e as possíveis reflexões que surgem a partir deste ato. O objetivo é verificar se a necessidade e a importância do registro por parte dos professores se referem a uma parte constituinte de suas práticas diárias. A pesquisa sobre a prática docente se vale de uma metodologia qualitativa, tendo como técnica de coleta de dados o questionário para mapeamento exploratório das práticas e posterior entrevistas individualizadas com os sujeitos da pesquisa, que compõem uma amostra menor, permitindo se debruçar sobre os dados e os processos de reflexão implicados no pensar sobre o fazer docente. Para aprimoramento do questionário, oito voluntárias de outras regiões do município se propuseram a respondê-lo e os resultados estão delineados neste artigo, como parte importante para a reconstrução deste instrumento de coleta de dados.
As imagens, a imaginação e o imaginárioImaginar é dar ao imaginário, um pedaço de real para roer (SARTRE) Significar é produzir relações entre coisas, sinais e eventos do mundo que nos rodeia e perpassa. Dar significado é uma característica que particulariza e identifica o ser humano por este ser, fundamentalmente, um ser histórico, social e cultural.As percepções do mundo real ou do contexto social são registradas e conservadas na memória como imagens que são formadas a partir das experiências mantidas com o meio social e natural. Esse repertório de imagens vem a constituir o campo do imaginário individual e social.
Estou acostumada a organizar as lembranças da minha vida em torno de um rol de namorados e de livros. Os diversos relacionamentos que tive e as obras que publiquei são as referências que marcam minha memória, transformando o ruído informe do tempo em uma coisa ordenada. "Ah, aquela viagem ao Japão deve ter sido na época em que eu estava com J., pouco depois de escrever Te tratarei como uma rainha", penso e imediatamente as reminiscências daquele período, as desgastadas migalhas do passado, parecem instituir-se em seu lugar. Todos os seres humanos recorrem a truques parecidos; sei de gente que conta sua vida pelas casas em que morou, ou pelos filhos, empregos e até mesmo pelos carros. (Montero, 2004, p. 7).* Este texto é uma parte revista e resumida de um capítulo de minha tese de doutorado defendida em 2005, sob orientação da Profa. Dra. Olga Rodrigues de Moraes von Simson.
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