Visando obter subsídios para a instalação de futuros ensaios de campo com adubação boratada do algodoeiro, foi conduzido estudo em casa de vegetação, utilizando-se solo comprovadamente carente em boro para essa cultura. Foram usadas doses de 0, 133, 266 e 532mg de bórax por vaso contendo 5,0kg de terra. Em vasos extras, estudaram-se níveis mais elevados do produto. O efeito de boro sobre a altura média das plantas, peso de capulho, peso de sementes e comprimento de fibra foi significativo estatisticamente e de natureza quadrática. A concentração de B na matéria seca da parte aérea da planta ou da folha cresceu em proporção à dose utilizada. No caso da análise de folhas de plantas carentes, a concentração variou de 10 a 39ppm, com média de 19pmm de B, enquanto em plantas com grave sintoma de toxicidade foi obtido índice superior a 590ppm de B. Em plantas com carência de boro foi observado um ou vários dos seguintes sintomas: paralisação de crescimento, superbrotamento, intumescimento de nós com escurecimento de tecido, deformações do limbo e do pecíolo de cotilédones e de folhas verdadeiras, anéis concêntricos com necroses correspondentes da medula de pecíolos foliares e deformações das flores. Como sintoma de toxicidade, observou-se clorose marginal e internerval do cotilédone e/ou da folha verdadeira, que evoluiu ou não para necrose do tecido, permanecendo as nervuras com coloração verde normal.
Foi conduzido durante quatro anos agrícolas ensaio permanente de calagem e adubação mineral em latossolo roxo, ácido, com 66% de argila, 4,3% de M.O., 5,0 de pH e 0,9, 0,8 e 0,5 meq/100m1 de T.F.S.A. respectivamente de Al3+, Ca2+, Mg2+, originalmente sob vegetação de "cerradão", no município de Guaíra (SP). Em esquema de parcelas subdivididas, o calcário dolomítico (PRNT de 56%) foi incorporado às parcelas nas doses de 0, 1,5, 3,0 e 6,0t/ha, no primeiro ano, e a adubação mineral (P x K, fatorial 3 x 2), nas subparcelas, a cada ano. Empregou-se P2O5, nas doses de 0, 60 e 120kg/ha, sob forma de superfosfato simples, e K2O nas doses de 40 e 80kg/ha, através de cloreto de potássio. A calagem promoveu alterações sensíveis em índices analíticos que refletem a acidez do solo, desde o primeiro ano. Nesse particular, destacou-se a dose máxima que elevou o pH e a soma das bases (Ca2+ Mg2+), respectivamente, a valores acima de 5,5 e de 3,0 meq, tendo eliminado praticamente o A1(3+). Através do tempo, notou-se um aumento logarítmico no teor das bases (até cerca de 4,3 meq), enquanto o índice pH começou a declinar a partir do terceiro ano agrícola, sem ter ultrapassado o índice 6,0. O efeito da calagem sobre a produtividade das plantas foi sempre significativo e de natureza linear, tendo aumentado em intensidade até o terceiro ano agrícola. A ação do superfosfato simples, embora significativa e de natureza quadrática, foi sempre inferior à do calcário. O algodoeiro não reagiu à adubação potássica, assim como não se observou qualquer interação significativa. No ano da aplicação, o calcário promoveu sensíveis aumentos nas concentrações de P, Ca e Mg do limbo foliar, enquanto deprimiu os níveis de K, Fe, Mn e Al. Durante o estudo, não se observou qualquer distúrbio das plantas que pudesse ser atribuído ao uso de altas doses de corretivo, como carência de potássio e/ou de micronutrientes.
SINOPSESão relatados e discutidos resultados de produção do algodoeiro em vinte e nove ensaios de campo, conduzidos no período de 1970 a 1973, onde se estudou o efeito da aplicação de nitrogênio e de potássio, respectivamente nas doses de 0, 50 e 100 kg/ha de N e 0, 50, 100 e 150 kg/ha K 2 O, em esquema fatorial com quatro repetições.Em cinco ensaios conduzidos com a variedade IAC RM3, em solos podzoli¬ zados de Lins e Marília e latossolo vermelho-escuro-fase arenosa, a resposta do do algodoeiro foi mais freqüente para a aplicação de nitrogênio, sendo influenciada pelos teores de fósforo e potássio do solo e pelas condições de cultivo das plantas. A resposta à adubação potássica se relacionou muito bem como os teores de potássio, cálcio e magnésio da análise do solo.Em cinco ensaios conduzidos com a variedade IAC RM3, em solos podzoli¬ zados de Lins e Marília e latossolo vermelho-escuro-fase arenosa, a resposta do algodoeiro foi mais freqüente para o nitrogênio. A ação do potássio não se relacionou claramente com índices de análise química dos solos.( 1 ) Trabalho apresentado parcialmente à XXVI Reunião Anual da SBPC, realizada em Recife, Estado de Pernambuco, em julho de 1974. Recebido para publicação em 12 de fevereiro de 1975.( 2 ) Colaboraram na escolha das glebas e condução dos ensaios os engenheiros-agrô¬ nomos Armando
Um processo contínuo de testes de algodoeiros, em condições naturais de infestação por Fusarrum oxysporum f. vasinfectum (Atk.) Snyder & Hansen, é descrito e discutido. Consiste, basicamente, em ciclos de seleção de três anos. Seleções individuais são feitas no primeiro ano, e as progenies são testadas no segundo. Ainda no segundo ano são realizadas seleções massais nas melhores progênies, e as populações descendentes são estudadas no terceiro ano. A avaliação dos resultados obtidos em dois ciclos consecutivos mostrou que o método foi eficiente, incrementando, em qualquer dos materiais estudados, a tolerância e a resistência à moléstia, expressas em índices apropriados. O progresso foi maior em material suscetível de origem do que em material resistente. Tal diferença diminuiu quando a intensidade da fusariose aumentou Também os ganhos, em valor absoluto, foram menores em condições de maior gravidade da moléstia.
A variedade de algodoeiro IAC 13-1 foi desenvolvida a partir da linhagem norte-americana Acala 5675, conhecida como uma "Acala Oriental", a qual foi selecionada de material primitivo colhido no México. Dadas as boas qualidades da sua fibra, essa linhagem foi objeto de estudos, na Seção de Algodão do Instituto Agronômico, desde a sua introdução. Após nove anos de aclimatação e seleção individual, foi isolada a linhagem IAG 61/60 como material promissor. Desenvolveu-se a IAC 13-1 a partir dessa linhagem por seleção genealógica, no período de 1961 a 1970. A sua semente foi entregue em 1968, pela primeira vez, para multiplicação em campo básico. A IAC 13-1 substitui a IAC 12-2, na lavoura, a partir de 1970, tendo maior produtividade, melhor capulho, maior semente, melhor fibra e maior produção em terrenos infestados porFusarium oxysporumf.vasiniectum(Atk) Snyder e Hansen.
SINOPSEO efeito residual de adubação fosfatada, fornecida por superfosfato simples à variedade paulista de algodoeiro IAC 12-2, foi comparado àquele devido aos termofosfatos Foscal, Foscadu e Fosleucal em. solo Podzólico Vermelho-Amarelo orto, do Estado de São Paulo, durante três anos.No primeiro ano de efeito residual da adubação, o superfosfato simples influenciou favoravelmente a produção e a precocidade das plantas. Tal efeito foi proporcional à dose de adubo utilizada no ano base. A partir do segundo ano, decresceu gradativamente o efeito residual do produto.Os termofosfatos não se igualaram ao superfosfato em efeito residual de primeiro ano. Foscal e Foscadu aproximaram-se mais do superfosfato, a partir do segundo ano. Entretanto, os efeitos dos termofosfatos indicam que dificilmente poderiam competir com o superfosfato simples, no campo da adubação do algodoeiro.
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