RESUMO Objetivo Diversos comprometimentos da deglutição têm sido relatados em indivíduos com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), tendo como causa a desvantagem mecânica da musculatura respiratória devido à hiperinsuflação. Dentre as estratégias terapêuticas, até o momento, não foram encontrados relatos na literatura sobre o uso da terapia manual (TM) no manejo dos transtornos da deglutição nesta população. O objetivo do estudo foi verificar os desfechos de um programa de TM sobre a biomecânica da deglutição de indivíduos com DPOC. Método Foram avaliados 18 indivíduos com idade média 66,06±8,86 anos, 61,1% (11) homens e VEF1%médio 40,28±16,73 antes e após-programa de TM. As medidas analisadas foram: tempo de trânsito oral, tempo de trânsito faríngeo (TTF), número de deglutições, resíduos em valéculas (VL) e seios piriformes, penetração/aspiração e excursão hiolaríngea na deglutição das consistências líquida e pastosa. Resultados Houve diferença significativa no TTF (p=0,04), resíduos em VL (p=0,03), elevação máxima do hioide (p=0,003) e deslocamento do hioide (p=0,02) na deglutição da consistência pastosa. Na consistência líquida apenas redução de resíduos em VL (p=0,001). Conclusão O programa de TM interferiu na biomecânica da deglutição de indivíduos DPOC demonstrada pela redução do TTF, resíduos em VL e maior elevação e deslocamento do hioide na consistência pastosa. Na consistência líquida houve redução de resíduos em VL.
Objetivo: investigar os efeitos da terapia manual (TM) sobre a função respiratória e qualidade de vida de indivíduos com DPOC. Métodos: foram avaliados 18 indivíduos com idade média 66,06±8,86 anos, 61,1% (11) homens e %VEF1 médio 40,28±16,73 após-programa de TM. As medidas de desfecho foram: frequência cardíaca (FC), frequência respiratória (FR), saturação periférica de oxigênio (SpO2), pressão inspiratória (PIM) e expiratória (PEM) máximas, sensação de dispneia (MRC) e qualidade de vida (SGRQ). Resultados: houve diferença significativa para FC (p=0,04), FR (p=0,007), SpO2 (p<0,0001), PIM e %PIM (p<0,0001), PEM e %PEM (p=0,001). Na qualidade de vida os domínios sintomas (p=0,001), impacto (p=0,001) e pontuação total (p=0,001) diferiram antes e após o programa. Conclusão: o programa de TM melhorou os parâmetros vitais, aumentou a força muscular respiratória e interferiu positivamente na qualidade de vida.
Introdução: Estudos sobre análise quantitativa da deglutição são de extrema importância, porém ainda não estão definidos na literatura os parâmetros de normalidade e existem diferentes escalas de avaliação dos fenômenos biomecânicos desta função. Investigar as diferentes definições das variáveis quantitativas temporais pode contribuir para a melhor definição e determinação dos tempos e marcadores fisiológicos da deglutição para diferentes populações. Objetivo: Analisar, de forma quantitativa, a fase oral da deglutição de indivíduos com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC). Método: Foram incluídos 25 indivíduos adultos clinicamente estáveis com DPOC, média de idade de 65,7±8,9, de ambos os sexos. A análise foi feita a partir da Videofluoroscopia da deglutição (VFD). Três juízes cegados e treinados realizaram a análise da variável quantitativa temporal Tempo de Trânsito Oral seguindo a classificação proposta por dois diferentes autores (TTO e TTOT), bem como das variáveis visuoperceptuais. O estado de conservação dentária também foi avaliado. Resultados: Observou-se TTO de 2,09s para líquido e 1,61s para pastoso, e TTOT de 2,34s e 1,84s para líquido e pastoso, respectivamente. Os TTOs estão alterados e maiores à medida que a gravidade da DPOC aumenta. Para ambas as consistências, o local do disparo da deglutição ocorreu em regiões anatômicas superiores. Houve ausência de escape posterior precoce e resíduo faríngeo na maioria dos pacientes. Conclusão: Observou-se alteração na fase oral da deglutição em indivíduos com DPOC, os quais apresentaram TTO aumentado e mau estado de conservação dentária. Palavras-chave: doença pulmonar; transtornos de deglutição; saúde bucal; fenômenos biomecânicos; análise quantitativa; fluoroscopia.
Introdução: A limitação crônica irreversível e progressiva do fluxo aéreo que ocorre na Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica pode prejudicar a respiração, a saúde geral e a voz do sujeito. Objetivo: Verificar a correlação entre grau e impacto da doença no estado de saúde geral de indivíduos com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), sensação de dispneia e qualidade de vida em voz. Método: A amostra foi composta por um grupo de 37 sujeitos diagnosticados com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, de ambos os sexos, entre 35 e 89 anos de idade. Foram realizados: Escala Modified Medical ResearchCouncil (mMRC); COPD Assessment Test (CAT); questionário Qualidade de Vida em Voz e determinação da gravidade da doença pela limitação ao fluxo aéreo, conforme Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease (GOLD). Resultados: A maioria apresentou grau da doença e CAT moderado e grave; mMRC1 a 3; além de Qualidade de Vida em Voz, com escore total e domínio físico, abaixo do ponto de corte. Esta última variável foi correlacionada, significativa e inversamente, com o CAT. Conclusões: Os sujeitos com DPOC se distribuíram homogeneamente entre os sexos, eram mais velhos, com impacto da doença na saúde geral e sensação de dispneia situadas em graus moderado e grave, e a qualidade de vida em voz abaixo do ponto de corte. Verificou-se que, quanto menores os resultados do questionário de qualidade de vida em voz, maior foi o impacto dos sintomas da doença pulmonar obstrutiva crônica no estado de saúde geral.
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