The Amazonian indigenous peoples depend on natural resources to live, but human activities’ growing impacts threaten their health and livelihoods. Our objectives were to present the principal results of an integrated and multidisciplinary analysis of the health parameters and assess the mercury (Hg) exposure levels in indigenous populations in the Brazilian Amazon. We carried out a cross-sectional study based on a census of three Munduruku indigenous villages (Sawré Muybu, Poxo Muybu, and Sawré Aboy), located in the Sawré Muybu Indigenous Land, between 29 October and 9 November 2019. The investigation included: (i) sociodemographic characterization of the participants; (ii) health assessment; (iii) genetic polymorphism analysis; (iv) hair mercury determination; and (v) fish mercury determination. We used the logistic regression model with conditional Prevalence Ratio (PR), with the respective 95% confidence intervals (CI95%) to explore factors associated with mercury exposure levels ≥6.0 µg/g. A total of 200 participants were interviewed. Mercury levels (197 hair samples) ranged from 1.4 to 23.9 μg/g, with significant differences between the villages (Kruskal–Wallis test: 19.9; p-value < 0.001). On average, the general prevalence of Hg exposure ≥ 6.0 µg/g was 57.9%. For participants ≥12 years old, the Hg exposure ≥6.0 µg/g showed associated with no regular income (PR: 1.3; CI95%: 1.0–1.8), high blood pressure (PR: 1.6; CI95%: 1.3–2.1) and was more prominent in Sawré Aboy village (PR: 1.8; CI95%: 1.3–2.3). For women of childbearing age, the Hg exposure ≥6.0 µg/g was associated with high blood pressure (PR: 1.9; CI95%: 1.2–2.3), with pregnancy (PR: 1.5; CI95%: 1.0–2.1) and was more prominent among residents in Poxo Muybu (PR: 1.9; CI95%: 1.0–3.4) and Sawré Aboy (PR: 2.5; CI95%: 1.4–4.4) villages. Our findings suggest that chronic mercury exposure causes harmful effects to the studied indigenous communities, especially considering vulnerable groups of the population, such as women of childbearing age. Lastly, we propose to stop the illegal mining in these areas and develop a risk management plan that aims to ensure the health, livelihoods, and human rights of the indigenous people from Amazon Basin.
OBJETIVO Analisar o perfil epidemiológico dos casos e o padrão de difusão espacial da maior epidemia de sarampo do Brasil ocorrida no período pós-eliminação, no estado de São Paulo. MÉTODO Estudo transversal, baseado em casos confirmados de sarampo em 2019. Foi conduzida análise bivariada das variáveis socioeconômicas, clínicas e epidemiológicas, segundo vacinação prévia e ocorrência de hospitalização, combinada a uma análise de difusão espacial dos casos por meio da metodologia de interpolação pela ponderação do inverso da distância. RESULTADOS Dos 15.598 casos confirmados, 2.039 foram hospitalizados e 17 evoluíram para o óbito. O pico epidêmico ocorreu na semana epidemiológica 33, após a confirmação do primeiro caso, na semana epidemiológica 6. A maioria dos casos era homem (52,1%), com idade entre 18 e 29 anos (38,7%), identificados como brancos (70%). Adultos jovens (39,7%) e menores de cinco anos (32,8%) foram as faixas etárias mais acometidas. Observou-se maior proporção de vacinação prévia em brancos, quando comparados a pretos, pardos, amarelos e indígenas (p < 0,001), assim como no grupo mais escolarizado, quando comparado às demais categorias (p < 0,001). O risco de hospitalização foi maior em crianças, quando comparado à faixa etária mais idosa (RI = 2,19; IC95% 1,66–2,88), assim como entre não vacinados, quando comparado a vacinados (RI = 1,59; IC95% 1,45–1,75). O padrão de difusão por contiguidade combinado à difusão por realocação seguiu a hierarquia urbana das regiões de influência das principais cidades. CONCLUSÃO Além da vacinação de rotina em crianças, os achados indicam a necessidade de campanhas de imunização de adultos jovens. Adicionalmente, estudos que busquem investigar a ocorrência de clusters de populações vulneráveis, propensas a menor cobertura de vacinação, são essenciais para ampliar a compreensão sobre a dinâmica de transmissão da doença e, assim, reorientar estratégias de controle que garantam a eliminação da doença.
Sistema de informações sobre nascidos vivos: um estudo de revisãoBrazilian live birth information system: a review study
O objetivo foi analisar a ocorrência de clusters e fatores associados ao ressurgimento de casos de sarampo da maior epidemia do período pós-eliminação, ocorrida no Estado de São Paulo, Brasil, em 2019. Fatores sociossanitários e assistenciais foram analisados por modelos de Poisson inflacionado de zero (ZIP) e ZIP com efeito espacial estruturado e não estruturado. A estatística de varredura SCAN foi usada para analisar a ocorrência de clusters de casos. Foram identificados clusters de casos de alto risco em municípios que compõem a região intermediária de São Paulo. No modelo ZIP, foram observadas como fatores de risco no nível municipal as variáveis chefes de domicílio menores de 18 anos (RR ajustado = 1,39; ICr95%: 1,27-1,53), desigualdade na distribuição de renda (RR ajustado = 36,67; ICr95%: 26,36-51,15), desocupação em maiores de 18 anos (RR ajustado = 1,10; ICr95%: 1,08-1,12) e iluminação pública inexistente (RR ajustado = 1,05; ICr95%: 1,04-1,05). Nos modelos ZIP com efeito espacial estruturado e não estruturado, foram identificados como fatores de risco os indicadores chefes de domicílio menores de 18 anos (RR ajustado = 1,36; ICr95%: 1,04-1,90) e desigualdade na distribuição dos rendimentos do trabalho (RR ajustado = 3,12; ICr95%: 1,02-9,48). Em ambos os modelos, a cobertura de agentes de saúde se apresentou como fator de proteção. Os achados reforçam a importância de intensificar as ações de vigilância de sarampo articuladas à Estratégia Saúde da Família, especialmente em áreas de maior vulnerabilidade social, para garantir coberturas vacinais equânimes e satisfatórias e reduzir o risco de reemergência da doença.
Resumo: Estimativas de mulheres que fizeram aborto provocado em localidades cujas leis são restritivas ainda são escassas na literatura científica, e a não coincidência de estimativas oriundas dos métodos hoje em uso clama pela aplicação de métodos inovadores, como novos métodos indiretos. Tal necessidade é especialmente aguda nas áreas mais densamente povoadas, como as capitais brasileiras, dada a magnitude do fenômeno e os danos e riscos daí decorrentes. O artigo objetiva estimar o número de mulheres que fez aborto provocado no Município do Rio de Janeiro, Brasil, em 2011, por meio de um modelo hierárquico bayesiano. Ele foi aplicado aos dados de um inquérito domiciliar que subsidiou a utilização do método network scale-up, no Município do Rio de Janeiro, um modelo hierárquico bayesiano utilizando as informações indiretas baseadas na rede de contatos dos participantes selecionados de forma aleatória da população. Das 1.758.145 mulheres de 15-49 anos residentes no Município do Rio de Janeiro (13.025; ICr95%: 10.635; 15.748) mulheres fizeram aborto provocado em 2011, resultando numa incidência acumulada média de 7,41 (ICr95%: 6,05; 8,96) para cada 1.000 mulheres de 15-49 anos. O estudo de autovalidação do modelo permitiu identificar padrões de subestimação em subpopulações estigmatizadas com baixa visibilidade social, como mulheres fizeram aborto provocado. O abortamento provocado é uma prática recorrente entre as mulheres no Município do Rio de Janeiro. Novos métodos de estimação indireta podem contribuir para a apreensão mais precisa do evento, considerando o contexto de ilegalidade, e contribuir para formulação de políticas de saúde.
This study aimed to analyze the factors associated with likely TB deaths, likely TB-related deaths and deaths from other causes. Understanding the factors associated with mortality could help the strategy to End TB, especially the goal of reducing TB deaths by 95% between 2015 and 2035. Methods A retrospective, population-based cohort study of the causes of death was performed using a competing risk model in patients receiving treatment for TB. Patients had started TB treatment in Brazil 2008-2013 with any death certificates dated in the same period. We used three categories of deaths, according to ICD-10 codes: i) probable TB deaths; ii) TB-related deaths; iii) deaths from other causes. Results In this cohort, 39,997 individuals (14.1%) died, out of a total of 283,508 individuals. Of these, 8,936 were probable TB deaths (22.4%) and 3,365 TB-related deaths (8.4%), illustrating high mortality rates. 27,696 deaths (69.2%) were from other causes. From our analysis, factors strongly associated with probable TB deaths were male gender (sHR = 1.33, 95% CI:
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