Adaptive water governance involves collaboration among multiple actors, social learning, and flexibility to deal with shocks and surprises. Crises thus become a useful context to assess how the institutional arrangements contribute to adaptation. However, an important part of the specialized literature has focused on these issues as they occur in highly institutionalized settings in the Global North. This paper, instead, analyzes basin organizations in settings with variable degrees of institutionalization in South America. The objective is to analyze the actions (or lack thereof) conducted or encouraged by basin committees in watersheds of Argentina, Brazil, and Uruguay, in the face of water crises. We analyze three case studies, involving basin committees that faced different water crises (all affecting drinking water supply) at different scales: (1) Chubut River Basin committee and a turbidity crisis in the Lower Valley in 2017 (Chubut, Argentina), (2) Piracicaba-Capivari-Jundiaí (PCJ) River Basins committee and a drought that occurred in 2014-2015 (São Paulo, Brazil), and (3) Laguna del Cisne Basin commission and a crisis associated with a failure in the water treatment operation in 2019 (Canelones, Uruguay). In each case, we analyze the institutional design of the committee and the actions (or lack thereof) undertaken regarding the crisis, including the perceptions of key stakeholders of those actions. Findings showed that stakeholders tend to act and communicate through fast channels when water crises occur, referring to basin committees only for technical and additional support (Brazil), information sharing (Uruguay), or not convening the committee at all (Argentina). Our cases in South American countries with different contexts provided empirical evidence of the barriers that basin committees face as politicalinstitutional frameworks to foster adaptive water governance (e.g., limited stability, centralization, lack of leadership).
RESUMO Entende-se como governança da água um conjunto de processos e estratégias político, organizacionais e administrativos, dentro de estruturas previamente definidas, que conduzem a tomada de decisão. Essas decisões produzem escalas que vão além de unidades de planejamento de gestão e se constituem em redes de poder que articulam diferentes atores, de acordo com os interesses e objetos em negociação. Assim, entende-se que a governança da água extrapola as fronteiras físicas destas unidades de planejamento e assume configurações dinâmicas, flexíveis e multiescalares que refletem relações hidrossociais. Nesse sentido, o conceito de território hidrossocial, constituído a partir de redes multiescalares socioambiental e espacialmente delimitadas e ativadas para garantir o acesso à água, poderia fundamentar novas práticas de governança da água.
TADEU, N. D. Assessment of water impacts of eucalyptus monoculture in the portion of the Basin of the Paraíba do Sul River in São Paulo (BRASIL). Master's Thesis. Graduate Program of Environmental Science, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2014.Modifications in the natural land cover can change the hydrological cycle, which might have an impact on water availability. In the river basin of the Rio Paraíba do Sul (RBPS), the natural vegetation has been being replaced due to the expansion of eucalyptus monocultures. This research assessed the impacts on water availability (both qualitative and quantitative), caused by eucalyptus forestry for pulp production in the RBPS part in Sao Paulo. The water footprint (WF) method was applied to assess the water used on the cellulose production of native forest and eucalyptus, given the use of this method by the industry. Also, the Climatic Water Balance, General Water Balance methods and the Ecosystem Services approach were used in order to perform an extended and integrated analysis of the hydrological behavior of the basin. By analyzing these methods, it was found that the products WF only assesses the efficiency in water use, which can mask high water consumption with higher productivity per hectare. This because a smaller value for wood WF was observed, in m 3 per ton for eucalyptus, and higher total water use, in m 3 per hectare peryear, compared to the native forest. The results observed by the Climatic Water Balance analysis for the main vegetation cover showed that the eucalyptus presented higher evapotranspiration and smaller water surplus. The General Water Balance, analyzed on a monthly basis, showed that the vegetation has an impact on the water provision service and competes for water with other users in the basin (natural and anthropic) in periods with less precipitation. Finally, it was concluded that local measurements are required to determine the runnof volumes (superficial and subsurface), infiltration, as well as the process of leaching and soil loss in order to have a more accurate assessment of the hydrological impacts of the eucalyptus monoculture.
Ao meu orientador, Paulo Sinisgalli, por todos os anos de aprendizado e desenvolvimento.Aos professores de todas disciplinas que cursei durante toda minha trajetória até a finalização deste doutorado, pois todos tiveram importantes contribuições.Aos professores do Bluegrass, Pedro Jacobi, Ana Paula Fracalanza, Leandro Giatti, que participaram do projeto no Brasil; à equipe internacional, aos professores Franck Poupeau e Gilles Massardier, por todo o aprendizado proporcionado pela oportunidade de participar desta pesquisa e, especialmente, à Lala Rahzafamihefa por toda a disponibilidade e atenção para o suporte à todos os casos do projeto.Especialmente às "bluegirls", Ana Sanches, Izabela Santos e Estela Alves, que ao longo dos anos se tornaram grandes amigas, das quais tive a oportunidade de compartilhar momentos importantes acadêmicos e pessoais, além de me proporcionarem mais aprendizados do que a academia poderia ensinar.Ao Comitê de Bacias Hidrográficas do Litoral Norte, pelo espaço e apoio à esta pesquisa.Aos colegas e amigxs, mais novos e mais antigos, do PROCAM e agregados (Rê, Carol, Laize, Marcelo, Lui, Felipe, Daniel, Adilson, Ana e Rayssa).Aos amigxs que fiz durante a dura jornada de lutas por direitos na Pós Graduação e em defesa da ciência no país.Aos amigxs e companheirxs de muitas jornadas e lutas, Mari, Mari, Paty, Carlos, Felipe, Jander, Mariana, Bruno, pelas muitas conversas e muitos embates de ideias, cujos convívio e aprendizados também se refletem nesta tese.Aos amigos e colegas do grupo de estudos EcoMarx, nossas leituras e discussões foram de grande valia.Aos companheirxs na luta pela água da USP, da UFABC, do FAMA e dos movimentos sociais pelos momentos de acalorados debates, trocas e atividades conjuntas, que proporcionaram um aprendizado que levo para a vida.Ao professor Jaime Hoogesteger, pela disponibilidade em me receber na Universidade de Wageningen, o que não ocorreu em função da redução de verbas para a ciência brasileira (a partir de 2017), que acabou por afetar as possibilidades de intercâmbios.Ao IEE e à USP, por todo o apoio, infraestrutura, espaços de convívio e aprendizados proporcionados. Aqui também incluo meus agradecimentos à secretaria de pós graduação. À Capes, pela bolsa concedida. À Fapesp, pelo financiamento do projeto de pesquisa dentro do qual meu doutorado foi desenvolvido.Por fim, mas sem menor importância, ao Henry e à minha família por todo o apoio, paciência e compreensão em muitos momentos deste doutorado. Todos tiveram importância fundamental nesta jornada de amadurecimento, desenvolvimento pessoal e aprendizagem! "Água é vida, é saúde, é alimento, é território, é direito humano, é um bem comum sagrado." (FAMA, 2018) Palavras chave: conflito por água; coalizões políticas multiníveis; territórios hidrossociais; ciclo hidrossocial.
Apesar do uso do método da Pegada Hídrica (PH) como uma ferramenta de gestão pelo setor privado, poucos são os estudos publicados que consideram as três frações do método no seu cálculo: Pegada Hídrica Azul-PH azul , Pegada Hídrica Verde-PH verde e Pegada Hídrica Cinza-PH cinza. No caso específico da celulose, a PH cinza não foi considerada no único artigo publicado devido a dificuldade de acesso aos dados referentes a composição dos efluentes gerados no processos produtivo e à qualidade dos corpos de água em seu estado natural. Nesse contexto, o objetivo deste artigo é analisar a contribuição da fração da PH cinza do processo industrial no valor total da PH da celulose e suas consequências sobre ações para diminuir o impacto ambiental deste processo produtivo sobre os corpos hídricos. Os dados foram produzidos a partir de uma indústria hipotética localizada na bacia hidrográfica do Rio Paraíba do Sul, Brasil. Os poluentes analisados foram o cloreto total, fósforo total e fenol, todos característicos da produção de celulose e presentes na legislação dos três principais países produtores. Os resultados demonstraram que a PH cinza do processo industrial pode responder a até 55% do valor total da PH da celulose. Além disso, os resultados apresentaram elevada variação em função dos parâmetros ambientais e do poluente de referência. Por fim, a redução dos valores da PH cinza não deve ser considerada por si só, como um fim, isolada do contexto ambiental e político onde a produção de bens está inserida.
Este artigo, elaborado a partir de alguns resultados da tese da primeira autora, que foi defendida em 2019 no PROCAM-USP, realiza uma análise do conflito por acesso à água que ocorre na sub-bacia hidrográfica dos rios São Sebastião/Frade, Ilhabela (SP/Brasil) a partir do marco teórico e analítico de ciclos hidrossociais. O conflito ocorre em uma sub-bacia que apresenta relativa alta disponibilidade hídrica (quali e quantitativa); no entanto, parte da população foi afetada pela falta de água em 2012. Esse conflito socioambiental envolve uma comunidade local e um condomínio de casas de segunda residência de alto padrão (casas de veraneio) que disputam o uso da água em uma região não atendida pela companhia de saneamento responsável, a Sabesp. A partir da abordagem de ciclos hidrossociais, propõe-se a aprofundar a discussão sobre as relações de poder envolvidas nos processos sociopolíticos e econômicos, que transformam e são transformados pela água, em uma relação dialética. Conclui-se que a disponibilidade hídrica reduzida foi importante, porém não foi a única responsável pelo conflito observado. Os atores locais e do Litoral Norte realizaram articulações para viabilizar propostas alternativas (tecnológicas e políticas), que fortaleceriam o nível local. No entanto os
No abstract
Este artigo buscou compreender como a estratégia de reescalonamento é empregada para influenciar as relações sociopolíticas e de poder, bem como meio de promoção de determinados interesses que acabam produzindo injustiças hídricas em escala local, tomando como base o estudo de caso em Ilhabela (Litoral Norte - SP). Esta pesquisa se insere no campo da Ecologia Política da Água e emprega conceitos de ‘construção de novas configurações de escalares’ e territórios hidrossociais. Foi possível verificar que no território hidrossocial local, a injustiça hídrica, que leva ao cerceamento de acesso à água por determinados grupos sociais, não é determinada pela disponibilidade hídrica, mas sim por aspectos sociopolíticos e econômicos, sendo fortemente influenciada pela reorganização da estrutura organizacional e administrativa após a formação de uma região metropolitana.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.