O papel das obstetrizes e enfermeiras obstetras na promoção da maternidade segura no BrasilThe role of midwives and nurse-midwives in promoting safe motherhood in Brazil
Pesquisa descritiva, exploratória e retrospectiva, com abordagem quantitativa, realizada em uma comunidade carente de São Paulo com o objetivo de verificar se a manutenção do aleitamento exclusivo (AE) nos primeiros seis meses é influenciada pelas variáveis: contato precoce na primeira hora após o nascimento, permanência em alojamento conjunto, tipo de parto e tipo de hospital. Os dados foram coletados de 75 prontuários e analisados com a metodologia de equações de estimação generalizada. Os resultados mostraram que as variáveis alojamento conjunto, tipo de hospital e tipo de parto interferiram na manutenção do AE, o mesmo não ocorrendo com o contato precoce. Concluiu-se que os índices de AE foram maiores nos casos em que mãe e bebê permaneceram constantemente juntos após o parto, em hospitais amigos da criança e após partos normais. Constatou-se que a assistência recebida pela mulher durante o processo de parto e nascimento influencia de forma direta a amamentação.
The objective of this study was to analyze the exercise of competences in prenatal care performed by nurses in the East Zone of the city of São Paulo through the identification of the activities performed by them and their frequency as well as possible difficulties found. This quantitative, descriptive-exploratory study was carried out in 59 health centers, from October 2006 to December 2007, with a sample of 131 nurses. The results showed that nurses did not perform essential competences necessary to obtain a qualified prenatal care due to personal and institutional barriers found in their job. It was concluded that there is a need to review the policies of public health structures in São Paulo to guarantee the implementation of the Unique Health System guidelines regarding the improvement of prenatal care and to provide human and financial resources to reach this purpose.
ResumoEstudo descritivo e exploratório realizado com o objetivo de analisar o exercício das competências para atenção à maternidade por profissionais não médicos que atuavam em serviços públicos de saúde de uma região da cidade de São Paulo. Para isso, foi realizada caracterização dos serviços e dos profissionais, identificação das atividades que desempenhavam e sua frequência, e possíveis obstáculos ou dificuldades. O campo de pesquisa foi composto de 59 unidades básicas de saúde e seis hospitais com leitos obstétricos. A amostra foi constituída de 131 enfermeiros que atuavam no pré-natal e 42 enfermeiros dos hospitais, dos quais seis eram dirigentes de enfermagem e 38 assistiam diretamente as mulheres durante o parto. Os dados foram coletados por meio de formulário para caracterizar a atenção hospitalar e questionários para descrever a caracterização e verificar a frequência de atividades desenvolvidas e os obstáculos referidos. Os principais resultados mostraram que os não médicos não exercem as competências essenciais para a atenção qualificada à maternidade devido às barreiras pessoais e institucionais com que se defrontam em seu trabalho, bem como pela inexistência de protocolos baseados nas melhores práticas para a aplicação de modelo de cuidado humanizado e centrado na mulher. Conclui-se ser necessário que estruturas públicas de São Paulo revisem suas políticas de modo a garantir a implementação das diretrizes do SUS, no que se refere à melhoria da atenção à saúde materno-infantil e à destinação de recursos humanos e financeiros nessa direção.
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